quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Funeral do meu pai
Meu pai perdeu esta tarde a única batalha que ninguem pode vencer. Curiosamente foi no mesmo dia e quase a mesma hora em que ele se casou com a minha mãe em 1955.O velorio e enterro é no Cemiterio Congonhas no Jardim Marajoara.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
História
Sempre gostei de história. Ela, juntamente com geografia, eram as disciplinas em que obtinha as melhores notas. Se a memoria não falha, acho que no ensino fundamental e no médio a minha menor nota em história foi 9,0. Não tinha grandes dificuldades com a matematica, mas nada comparável com a minha facilidade em historia, geografia e literatura. E os professores eram rigorosos: o número de alunos que tinham que fazer o exame final era sempre alto.
Apesar desta paixão nunca pensei em estudar historia ou escrever dissertação/tese nesta área. Tão pouco tenho grande interesse pela história econômica. Nunca fui, por ex, professor desta disciplina. Em economia minha paixão sempre foi a teoria econômica, dai o meu interesse pela historia do pensamento econômico. O contexto histórico, importante, é verdade, nunca me interessou muito.
Minha grande paixão, ou melhor uma das grandes paixões, é ler livros sobre Esparta, Normandos, Espanha no período do dominio arabe e europa a partir do fim do seculo XIX. Um interesse recente é o continente africano: aguardo ansiosamente a chegada dos livros da amazon.com que comprei em 2 de novembro e ate agora ainda não recebi...
Não consigo ver o conhecimento histórico a partir de um ponto de vista utilitarista e tenho serias dúvidas quanto a sua relevância na formação do economista. Na crise atual, por ex,o pessoal que não gosta de teoria econômica e que venera história, erraram feio. Então porque ler livros de historia: porque gosto de conhecer como outros povos viveram, sua produção cultural, intelectual, etc. O que menos interessa é o lado econômico.
Apesar desta paixão nunca pensei em estudar historia ou escrever dissertação/tese nesta área. Tão pouco tenho grande interesse pela história econômica. Nunca fui, por ex, professor desta disciplina. Em economia minha paixão sempre foi a teoria econômica, dai o meu interesse pela historia do pensamento econômico. O contexto histórico, importante, é verdade, nunca me interessou muito.
Minha grande paixão, ou melhor uma das grandes paixões, é ler livros sobre Esparta, Normandos, Espanha no período do dominio arabe e europa a partir do fim do seculo XIX. Um interesse recente é o continente africano: aguardo ansiosamente a chegada dos livros da amazon.com que comprei em 2 de novembro e ate agora ainda não recebi...
Não consigo ver o conhecimento histórico a partir de um ponto de vista utilitarista e tenho serias dúvidas quanto a sua relevância na formação do economista. Na crise atual, por ex,o pessoal que não gosta de teoria econômica e que venera história, erraram feio. Então porque ler livros de historia: porque gosto de conhecer como outros povos viveram, sua produção cultural, intelectual, etc. O que menos interessa é o lado econômico.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Cade o derrumbre, camaradas?
Para desespero da oposição da nova direita e dos tresloucados da extrema esquerda, os números da economia brasileira insistem em negar o cenário catastrofico por eles pintados no inicio da crise: captações do Tesouro e das grandes firmas brasileiras em alta e com taxas menores que as do período anterior a crise. Risco-país abaixo de 200 pontos e "os juros de empréstimos bancários para pessoa física são os menores desde julho de 1994, quando o Banco Central começou a série histórica"(Uol on line).
Os números são tão bons que ate no jornal da Ditabranda a ficha finalmente caiu e é a manchete principal da edição desta terça-feira.
Como diria um velho amigo dos tempos em que eramos estudantes e enfrentavamos a direita brava em perdizes e divertiamos com as maluquices da esquerda revolucionária marxista-leninista-stalinista-trotskista-albanesa-moscovita-cubanita e outros istas: cade o derrumbre, camaradas?
Os números são tão bons que ate no jornal da Ditabranda a ficha finalmente caiu e é a manchete principal da edição desta terça-feira.
Como diria um velho amigo dos tempos em que eramos estudantes e enfrentavamos a direita brava em perdizes e divertiamos com as maluquices da esquerda revolucionária marxista-leninista-stalinista-trotskista-albanesa-moscovita-cubanita e outros istas: cade o derrumbre, camaradas?
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
domingo, 27 de dezembro de 2009
sábado, 26 de dezembro de 2009
Dream Song 75: Turning it over, considering, John Berryman
Turning it over, considering, like a madman
Henry put forth a book.
No harm resulted from this.
Neither the menstruating stars (nor man) was moved
at once.
Bare dogs drew closer for a second look
and performed their friendly operations there.
Refreshed, the bark rejoiced.
Seasons went and came.
Leaves fell, but only a few.
Something remarkable about this
unshedding bulky bole-proud blue-green moist
thing made by savage & thoughtful
surviving Henry
began to strike the passers from despair
so that sore on their shoulders old men hoisted
six-foot sons and polished women called
small girls to dream awhile toward the flashing & bursting
tree!
Henry put forth a book.
No harm resulted from this.
Neither the menstruating stars (nor man) was moved
at once.
Bare dogs drew closer for a second look
and performed their friendly operations there.
Refreshed, the bark rejoiced.
Seasons went and came.
Leaves fell, but only a few.
Something remarkable about this
unshedding bulky bole-proud blue-green moist
thing made by savage & thoughtful
surviving Henry
began to strike the passers from despair
so that sore on their shoulders old men hoisted
six-foot sons and polished women called
small girls to dream awhile toward the flashing & bursting
tree!
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Mais piadas sobre economia e economistas
Um dia um homem entrou na biblioteca, foi a seção de referência e pediu por livros de economia. Para a surpresa da bibliotecária nenhum dos livros de economia estavam na seção de referência. "Não há problema. Eu posso ir a outra biblioteca. Sou um homem muito ocupado e tirei este fim de semana para estudar economia"
Curiosa com a figura, a bibliotecária não resistiu e perguntou ao sujeito: "Mas por que é tão urgente para o senhor estudar economia ?"
"É que eu sou economista. Estou dando aulas nesta universidade já fazem dez anos. Como eu tenho uma importante reunião da segunda-feira, imagino que a economia tenha mudado nos últimos dez anos."
________________________________________
Uma mulher estava caminhando pela vizinhança quando um menino dirigiu-se a ela: "Senhora, você gostaria de ter estes cachorrinhos ? Eles são recém-nascidos, mas daqui a pouco já podem se mudar"
"Oh, que bonitinhos! Que raça são eles ?"
"São economistas."
A mulher gostou dos cachorros e falou com seu marido. Uma semana depois o marido viu os cachorros.
"Senhor, gostaria de um cachorrinho ?"
"Minha mulher falou com você há uma semana atrás. Que raça são eles mesmo ?"
"São analistas de decisão"
"Imaginei que minha mulher tivesse dito que eram economistas."
"Claro, é que eles abriram os olhos durante esta semana."
________________________________________
Dois guardas estavam perseguindo um bandido. Um deles então começou a calcular a estratégia mista ótima para a perseguição, enquanto outro protestou: "Você está bobeando! Ele está fugindo!", "Relax", respondeu o policial adepto a Teoria dos Jogos."Ele estará pensando no assunto também, não estará ?"
________________________________________
Um economista experiente e um economista não tão experiente estavam andando, quando avistaram uma merda na calçada.
O economista experiente falou: "Se você comer esta merda eu te dou $ 20.000,00". O economista não experiente calculou o problema de otimização e concluiu que o ótimo seria comer a merda a fim de pegar o dinheiro.
Os dois continuaram andando pela rua até que quase pisaram em outra merda. O economista não tão experiente disse: "Agora se vo-cê comer esta merda eu te dou $ 20.000,00."
Após avaliar cuidadosamente, o economista experiente comeu a merda e pegou o dinheiro.
Continuaram caminhando, enquanto o economista não tão experiente divagava: "Veja, nós dois temos a mesma quantidade de dinheiro que tínhamos antes, mas ambos comemos merda. Eu não nos vejo em uma posição ótima."
O economista experiente disse. "Bem, é verdade, mas você está subestimando o fato de que nós dois estivemos envolvidos num comércio de $ 40.000,00!"
Curiosa com a figura, a bibliotecária não resistiu e perguntou ao sujeito: "Mas por que é tão urgente para o senhor estudar economia ?"
"É que eu sou economista. Estou dando aulas nesta universidade já fazem dez anos. Como eu tenho uma importante reunião da segunda-feira, imagino que a economia tenha mudado nos últimos dez anos."
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Uma mulher estava caminhando pela vizinhança quando um menino dirigiu-se a ela: "Senhora, você gostaria de ter estes cachorrinhos ? Eles são recém-nascidos, mas daqui a pouco já podem se mudar"
"Oh, que bonitinhos! Que raça são eles ?"
"São economistas."
A mulher gostou dos cachorros e falou com seu marido. Uma semana depois o marido viu os cachorros.
"Senhor, gostaria de um cachorrinho ?"
"Minha mulher falou com você há uma semana atrás. Que raça são eles mesmo ?"
"São analistas de decisão"
"Imaginei que minha mulher tivesse dito que eram economistas."
"Claro, é que eles abriram os olhos durante esta semana."
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Dois guardas estavam perseguindo um bandido. Um deles então começou a calcular a estratégia mista ótima para a perseguição, enquanto outro protestou: "Você está bobeando! Ele está fugindo!", "Relax", respondeu o policial adepto a Teoria dos Jogos."Ele estará pensando no assunto também, não estará ?"
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Um economista experiente e um economista não tão experiente estavam andando, quando avistaram uma merda na calçada.
O economista experiente falou: "Se você comer esta merda eu te dou $ 20.000,00". O economista não experiente calculou o problema de otimização e concluiu que o ótimo seria comer a merda a fim de pegar o dinheiro.
Os dois continuaram andando pela rua até que quase pisaram em outra merda. O economista não tão experiente disse: "Agora se vo-cê comer esta merda eu te dou $ 20.000,00."
Após avaliar cuidadosamente, o economista experiente comeu a merda e pegou o dinheiro.
Continuaram caminhando, enquanto o economista não tão experiente divagava: "Veja, nós dois temos a mesma quantidade de dinheiro que tínhamos antes, mas ambos comemos merda. Eu não nos vejo em uma posição ótima."
O economista experiente disse. "Bem, é verdade, mas você está subestimando o fato de que nós dois estivemos envolvidos num comércio de $ 40.000,00!"
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Economista
Afinal qual o pre-requisito para alguem ser economista? Graduação em economia seria a resposta lógica se lembrarmos que esta é a exigência para o advogado( Bresser Pereira, Belluzzo) e o engenheiro( Malan, Simonsen), profissionais que ao longo dos anos, com um mestrado e doutorado em economia, disputam o emprego do economista. Anti-corporativo e meritocratico por natureza, o graduado em economia, em geral aceita este estado de coisas , argumentando que se alguem consegue uma boa nota no exame da anpec e é aceito em um bom programa de mestrado é porque ele é de fato, ainda que não de direito, um economista. Tendo a concordar com esta linha de argumentação, mas acho que ela também se aplica as demais áreas de conhecimento. Se alguem consegue, por ex., ser aprovado no exame da OAB deveria ter o direito de exercer a profissão de advogado.Isto não ocorre devido ao poder da corporação dos advogados.
Não sei qual o peso disto na baixa procura e consequente fechamento de vários cursos de graduação em economia. Talvez a solução seja oferecer uma curso básico e deixar para a pós-graduação a formação profissional em economia, administração, contabilidade e direito entre outras áreas. E a partir dai exigir o devido certificado para o exercicio profissional.
Não sei qual o peso disto na baixa procura e consequente fechamento de vários cursos de graduação em economia. Talvez a solução seja oferecer uma curso básico e deixar para a pós-graduação a formação profissional em economia, administração, contabilidade e direito entre outras áreas. E a partir dai exigir o devido certificado para o exercicio profissional.
domingo, 20 de dezembro de 2009
sábado, 19 de dezembro de 2009
That nature Is a heraclitean fire and of the comfort of the resurrection, Gerard Manley Hopkins
Cloud-puffball, torn tufts, tossed pillows ' flaunt forth, then chevy on an air-
built thoroughfare: heaven-roysterers, in gay-gangs ' they throng; they glitter in marches.
Down roughcast, down dazzling whitewash, ' wherever an elm arches,
Shivelights and shadowtackle in long ' lashes lace, lance, and pair.
Delightfully the bright wind boisterous ' ropes, wrestles, beats earth bare
Of yestertempest's creases; in pool and rut peel parches
Squandering ooze to squeezed ' dough, crust, dust; stanches, starches
Squadroned masks and manmarks ' treadmire toil there
Footfretted in it. Million-fuelèd, ' nature's bonfire burns on.
But quench her bonniest, dearest ' to her, her clearest-selvèd spark
Man, how fast his firedint, ' his mark on mind, is gone!
Both are in an unfathomable, all is in an enormous dark
Drowned. O pity and indig ' nation! Manshape, that shone
Sheer off, disseveral, a star, ' death blots black out; nor mark
Is any of him at all so stark
But vastness blurs and time ' beats level. Enough! the Resurrection,
A heart's-clarion! Away grief's gasping, ' joyless days, dejection.
Across my foundering deck shone
A beacon, an eternal beam. ' Flesh fade, and mortal trash
Fall to the residuary worm; ' world's wildfire, leave but ash:
In a flash, at a trumpet crash,
I am all at once what Christ is, ' since he was what I am, and
This Jack, joke, poor potsherd, ' patch, matchwood, immortal diamond,
Is immortal diamond.
built thoroughfare: heaven-roysterers, in gay-gangs ' they throng; they glitter in marches.
Down roughcast, down dazzling whitewash, ' wherever an elm arches,
Shivelights and shadowtackle in long ' lashes lace, lance, and pair.
Delightfully the bright wind boisterous ' ropes, wrestles, beats earth bare
Of yestertempest's creases; in pool and rut peel parches
Squandering ooze to squeezed ' dough, crust, dust; stanches, starches
Squadroned masks and manmarks ' treadmire toil there
Footfretted in it. Million-fuelèd, ' nature's bonfire burns on.
But quench her bonniest, dearest ' to her, her clearest-selvèd spark
Man, how fast his firedint, ' his mark on mind, is gone!
Both are in an unfathomable, all is in an enormous dark
Drowned. O pity and indig ' nation! Manshape, that shone
Sheer off, disseveral, a star, ' death blots black out; nor mark
Is any of him at all so stark
But vastness blurs and time ' beats level. Enough! the Resurrection,
A heart's-clarion! Away grief's gasping, ' joyless days, dejection.
Across my foundering deck shone
A beacon, an eternal beam. ' Flesh fade, and mortal trash
Fall to the residuary worm; ' world's wildfire, leave but ash:
In a flash, at a trumpet crash,
I am all at once what Christ is, ' since he was what I am, and
This Jack, joke, poor potsherd, ' patch, matchwood, immortal diamond,
Is immortal diamond.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Reynaldo Fernandes
Conheci o Reynaldo, ex-Presidente do Inep, no meu primeiro emprego como professor universitário, em 1987. Havia retornado de uma breve viagem de estudos na Bocconi e conversamos longamente sobre Pasinetti e outros italianos. Diverti muito com o formato das isoquantas da dissertação de mestrado que receberam um apelido que termina com " ndas". Não recordo de quem foi a idéia, provavelmente do amigo do guitarrista de uma conhecida banda de rock.
Vários membros do grupo, todos do mestrado da USP, tem(tiveram) participação destacada no atual governo, o que é curioso, já que não eram petistas, mas mostra a competencia deles. Conseguiram furar o cerco da mediocricidade da "partidocracia" - hoje presente nos grandes partidos - e prestaram um grande serviço ao querido bananão.
O trabalho do Reynaldo já é parte da historia dos avanços e solavancos da educação brasileira. Vai fazer falta, mas deixa um ótimo legado e inscreve seu nome ao lado de outros grandes da educação brasileira.
Vários membros do grupo, todos do mestrado da USP, tem(tiveram) participação destacada no atual governo, o que é curioso, já que não eram petistas, mas mostra a competencia deles. Conseguiram furar o cerco da mediocricidade da "partidocracia" - hoje presente nos grandes partidos - e prestaram um grande serviço ao querido bananão.
O trabalho do Reynaldo já é parte da historia dos avanços e solavancos da educação brasileira. Vai fazer falta, mas deixa um ótimo legado e inscreve seu nome ao lado de outros grandes da educação brasileira.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Terra desolada
Para a tristeza da oposição da nova direita e de extrema esquerda os números da economia brasileira são cada vez melhores. Aumento no emprego formal e a taxa de juros oferecida pelos títulos colocados no mercado internacional não deixam dúvidas quanto ao bom momento da economia brasileira.
Enquanto isto,na terra da chuva, tentamos sobreviver as consequêncis de anos de incompetencia dos amigos do serrágio e dele próprio. Não por acaso ele é um dos icones da turma de sempre...
Enquanto isto,na terra da chuva, tentamos sobreviver as consequêncis de anos de incompetencia dos amigos do serrágio e dele próprio. Não por acaso ele é um dos icones da turma de sempre...
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Credito e bolha
Bom artigo do Paulo Rabello de Castro na edição desta quarta feira do jornal da ditabranda. Acho que ele tem razão: o crédito por aqui está longe de estar criando bolhas. Quanto ao futuro, bem, ele, a Deus pertence....
"A Folha noticiou em manchete, no domingo passado, que 21 milhões de brasileiros já carregam dívidas de, pelo menos, R$ 5.000 por cabeça, o que perfaz um total de R$ 430 bilhões devidos aos bancos. O Brasil, como sabemos, amargou duas décadas perdidas em termos de consumo, principalmente pela falta de acesso a crédito em condições razoáveis de prazo e taxas.
Vinte e tantos anos de enorme escassez de linhas normais de financiamento para as famílias e empresas coincidiram com a maior escalada feita pelo governo brasileiro sobre as fontes de crédito existentes nos bancos e nos fundos, tudo para rolar a brutal dívida pública e das empresas estatais.
Na raiz do ataque ao setor privado, que os economistas chamam com o nome pomposo de "crowding-out" (do inglês, empurrar para fora), o governo visava a cobrir seu deficit fiscal. A carga tributária saltou, no período, de 25% do PIB, um nível correto, para mais de 35% nos dias de hoje. Parte do deficit continua sendo fruto da despesa com juros sobre a dívida pública, desproporcionalmente elevada e que compete em importância negativa com duas outras rubricas de gastos excessivos: pessoal e Previdência, ambas superando qualquer parâmetro de comparação com outros países.
Não espanta que o brasileiro tenha ido às compras agora, em 2009, justamente no meio da crise externa e contrariando previsões pessimistas. Por quê? É que o governo, eterno sugador de recursos, resolveu dar uma folga temporária na sua escalada, em razão da paradeira geral, ocorrida ao fim de 2008 e que ameaçava liquidar com as perspectivas de 2009. Agiu sobre os dois elementos críticos, juros e carga tributária. Baixou os dois com vigor, trazendo a taxa básica Selic para um patamar inédito de um dígito, e cortando impostos, como o IPI, para estimular a volta às compras. O consumidor brasileiro deu uma resposta de livro-texto de economia, pois aproveitou os incentivos de preço a ele oferecidos, exatamente como se previu que acontecesse.
A expansão recente do crédito no Brasil não tem quase nada a ver com a bolha de crédito americana. É verdade que o crédito pessoal aqui tem crescido muito. A equipe da RC Consultores estima que o crédito pessoal e habitacional (exclusive a empresas) tem evoluído ao ritmo de R$ 25 bilhões ao trimestre. Deve ultrapassar acréscimo de R$ 120 bilhões por ano durante 2010. É uma nova e poderosa máquina de circular riqueza no Brasil, que ocupa rapidamente os espaços disponíveis nos orçamentos das famílias. Guarda, contudo, uma diferença fundamental em relação aos Estados Unidos: o crédito de longo prazo -que é o habitacional- ainda representa parcela bastante pequena no conjunto do endividamento familiar, embora se expandindo à velocidade de quase 30% ao ano. Portanto, não há que falar em bolha de crédito no Brasil. Ainda chegaremos lá, mas não em 2010.
O desconforto que os observadores mais atentos enxergam é de outra natureza. A poupança interna é baixa no Brasil, fruto dos ataques gêmeos do governo com seus juros ainda altos e tributos indecentes.
Portanto, a capacidade do brasileiro de colaborar no financiamento da expansão futura do país fica reduzida. A poupança interna, como mecanismo de acumulação individual de riqueza, precisa ficar do tamanho da ambição do Brasil, de crescer a 6% ao ano e dobrar sua renda per capita em dez anos. E a taxa de investimentos, chegar aos 25% do PIB"
Fonte: FSP
"A Folha noticiou em manchete, no domingo passado, que 21 milhões de brasileiros já carregam dívidas de, pelo menos, R$ 5.000 por cabeça, o que perfaz um total de R$ 430 bilhões devidos aos bancos. O Brasil, como sabemos, amargou duas décadas perdidas em termos de consumo, principalmente pela falta de acesso a crédito em condições razoáveis de prazo e taxas.
Vinte e tantos anos de enorme escassez de linhas normais de financiamento para as famílias e empresas coincidiram com a maior escalada feita pelo governo brasileiro sobre as fontes de crédito existentes nos bancos e nos fundos, tudo para rolar a brutal dívida pública e das empresas estatais.
Na raiz do ataque ao setor privado, que os economistas chamam com o nome pomposo de "crowding-out" (do inglês, empurrar para fora), o governo visava a cobrir seu deficit fiscal. A carga tributária saltou, no período, de 25% do PIB, um nível correto, para mais de 35% nos dias de hoje. Parte do deficit continua sendo fruto da despesa com juros sobre a dívida pública, desproporcionalmente elevada e que compete em importância negativa com duas outras rubricas de gastos excessivos: pessoal e Previdência, ambas superando qualquer parâmetro de comparação com outros países.
Não espanta que o brasileiro tenha ido às compras agora, em 2009, justamente no meio da crise externa e contrariando previsões pessimistas. Por quê? É que o governo, eterno sugador de recursos, resolveu dar uma folga temporária na sua escalada, em razão da paradeira geral, ocorrida ao fim de 2008 e que ameaçava liquidar com as perspectivas de 2009. Agiu sobre os dois elementos críticos, juros e carga tributária. Baixou os dois com vigor, trazendo a taxa básica Selic para um patamar inédito de um dígito, e cortando impostos, como o IPI, para estimular a volta às compras. O consumidor brasileiro deu uma resposta de livro-texto de economia, pois aproveitou os incentivos de preço a ele oferecidos, exatamente como se previu que acontecesse.
A expansão recente do crédito no Brasil não tem quase nada a ver com a bolha de crédito americana. É verdade que o crédito pessoal aqui tem crescido muito. A equipe da RC Consultores estima que o crédito pessoal e habitacional (exclusive a empresas) tem evoluído ao ritmo de R$ 25 bilhões ao trimestre. Deve ultrapassar acréscimo de R$ 120 bilhões por ano durante 2010. É uma nova e poderosa máquina de circular riqueza no Brasil, que ocupa rapidamente os espaços disponíveis nos orçamentos das famílias. Guarda, contudo, uma diferença fundamental em relação aos Estados Unidos: o crédito de longo prazo -que é o habitacional- ainda representa parcela bastante pequena no conjunto do endividamento familiar, embora se expandindo à velocidade de quase 30% ao ano. Portanto, não há que falar em bolha de crédito no Brasil. Ainda chegaremos lá, mas não em 2010.
O desconforto que os observadores mais atentos enxergam é de outra natureza. A poupança interna é baixa no Brasil, fruto dos ataques gêmeos do governo com seus juros ainda altos e tributos indecentes.
Portanto, a capacidade do brasileiro de colaborar no financiamento da expansão futura do país fica reduzida. A poupança interna, como mecanismo de acumulação individual de riqueza, precisa ficar do tamanho da ambição do Brasil, de crescer a 6% ao ano e dobrar sua renda per capita em dez anos. E a taxa de investimentos, chegar aos 25% do PIB"
Fonte: FSP
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Liberation theology ‘is still a danger’
Leitura da última manifestação do Bento XVI sobre a Teologia da Libertação, publicado no Tablet, jornal do chamado campo católico progressista britanico.
Pope Benedict XVI has said that a Marxist-driven liberation theology is continuing to cause great harm to the Church in Brazil 25 years after he first tried to crack down on its proliferation.
“Its consequences, more or less visible, in the form of rebellion, division, dissent, offence [and] anarchy, are still being felt,” the Pope said last Saturday to the heads of some 28 dioceses in southern Brazil, including the metropolitan sees of Porto Alegre and Florianopolis. He told the bishops, who were in Rome for their five-yearly ad limina visit, that liberation theology was “creating great suffering and a serious loss of vital force in [their] diocesan communities”. In 1984, as Cardinal Joseph Ratzinger, he was prefect of the Congregation for the Doctrine of the Faith and issued an instruction, Libertatis Nuntius, which strongly condemned a number of elements in liberation theology.
In his meeting with the Brazilian bishops the Pope said it was “worth recalling” the twenty-fifth anniversary of that document. “It underlined the danger inherent in an a-critical acceptance by some theologians of theses and methodologies coming from Marxism,” he said. “I implore all those who in some way feel attracted, involved or intimately touched by certain deceptive principles of liberation theology to look again at the instruction and accept the benign light it offers with outstretched hands,” the Pope said.
Pope Benedict appeared particularly concerned that Brazil’s Catholic universities were teaching “deceptive principles” of liberation theology. He told the bishops these institutions were “not the property of those who founded or frequent them [i.e. religious orders], but an expression of the Church and her patrimony of faith”.
He did not mention any universities by name, but Brazil has more Vatican-established universities – six – than any other single country except Italy. One of them, the Pontifical Catholic University of the State of Rio Grande do Sul in Porto Alegre, has been the headquarters of the “World Forum on Theology and Liberation” since 2003. The WFTL brings hundreds of theologians together every two years just before the World Social Forum to discuss ways that Christian faith can help bring justice to the poor and oppressed.
The Pope may be concerned about liberation theology because it still has many adherents in Brazil, even though today it has a strong ecumenical flavour. After the Vatican started challenging Catholic liberation theologians in the 1980s Protestants, especially Lutherans, started to embrace its ideas. Last month one of Brazil’s leading Lutheran theologians, the Revd Dr Walter Altmann, said liberation theology’s “death certificate has been issued prematurely”. In an article published on 19 November by the World Council of Churches, he said: “It is true that [some] liberation theologians used Marxist categories for socioeconomic analysis and for a critique of capitalism’s evils.” But Dr Altmann said the core of liberation theology had never been Marxist. “It is rather the compassionate identification with the poor and their struggle for justice, inspired by the life and teachings of Jesus himself, which is at its heart,” he said.
Pope Benedict XVI has said that a Marxist-driven liberation theology is continuing to cause great harm to the Church in Brazil 25 years after he first tried to crack down on its proliferation.
“Its consequences, more or less visible, in the form of rebellion, division, dissent, offence [and] anarchy, are still being felt,” the Pope said last Saturday to the heads of some 28 dioceses in southern Brazil, including the metropolitan sees of Porto Alegre and Florianopolis. He told the bishops, who were in Rome for their five-yearly ad limina visit, that liberation theology was “creating great suffering and a serious loss of vital force in [their] diocesan communities”. In 1984, as Cardinal Joseph Ratzinger, he was prefect of the Congregation for the Doctrine of the Faith and issued an instruction, Libertatis Nuntius, which strongly condemned a number of elements in liberation theology.
In his meeting with the Brazilian bishops the Pope said it was “worth recalling” the twenty-fifth anniversary of that document. “It underlined the danger inherent in an a-critical acceptance by some theologians of theses and methodologies coming from Marxism,” he said. “I implore all those who in some way feel attracted, involved or intimately touched by certain deceptive principles of liberation theology to look again at the instruction and accept the benign light it offers with outstretched hands,” the Pope said.
Pope Benedict appeared particularly concerned that Brazil’s Catholic universities were teaching “deceptive principles” of liberation theology. He told the bishops these institutions were “not the property of those who founded or frequent them [i.e. religious orders], but an expression of the Church and her patrimony of faith”.
He did not mention any universities by name, but Brazil has more Vatican-established universities – six – than any other single country except Italy. One of them, the Pontifical Catholic University of the State of Rio Grande do Sul in Porto Alegre, has been the headquarters of the “World Forum on Theology and Liberation” since 2003. The WFTL brings hundreds of theologians together every two years just before the World Social Forum to discuss ways that Christian faith can help bring justice to the poor and oppressed.
The Pope may be concerned about liberation theology because it still has many adherents in Brazil, even though today it has a strong ecumenical flavour. After the Vatican started challenging Catholic liberation theologians in the 1980s Protestants, especially Lutherans, started to embrace its ideas. Last month one of Brazil’s leading Lutheran theologians, the Revd Dr Walter Altmann, said liberation theology’s “death certificate has been issued prematurely”. In an article published on 19 November by the World Council of Churches, he said: “It is true that [some] liberation theologians used Marxist categories for socioeconomic analysis and for a critique of capitalism’s evils.” But Dr Altmann said the core of liberation theology had never been Marxist. “It is rather the compassionate identification with the poor and their struggle for justice, inspired by the life and teachings of Jesus himself, which is at its heart,” he said.
domingo, 13 de dezembro de 2009
sábado, 12 de dezembro de 2009
It's this way, Nazim Hikmet
I stand in the advancing light,
my hands hungry, the world beautiful.
My eyes can't get enough of the trees--
they're so hopeful, so green.
A sunny road runs through the mulberries,
I'm at the window of the prison infirmary.
I can't smell the medicines--
carnations must be blooming nearby.
It's this way:
being captured is beside the point,
the point is not to surrender.
my hands hungry, the world beautiful.
My eyes can't get enough of the trees--
they're so hopeful, so green.
A sunny road runs through the mulberries,
I'm at the window of the prison infirmary.
I can't smell the medicines--
carnations must be blooming nearby.
It's this way:
being captured is beside the point,
the point is not to surrender.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Bacha
Escrevi o último post antes de conhecer os dados do último trimestre que simplesmente confirmam o que escrevi ontem: ainda é prematuro discutir a taxa de juros de 2010. No geral os dados são positivos, destacando-se os numeros do investimento(fbkf). O consumo das familias continua em bom patamar. Para tristeza da oposição de extrema esquerda e da nova direita a economia brasileira continua se recuperando e promete um ótimo 2010.
Não concordo, necessariamente, com tudo que ele fala, mas é sempre uma opinião respeitável, afinal o Edmar Bacha, é um dos melhores, economistas do grande bananão, isto para não mencionar o papel fundamental na criação do depto de economia da puc-rio, depois de tentativa semelhante na UNB. A turma de sempre discorda, mas isto é porque desconhecem o seu ótimo manual de macro kaleckiana. Dominio da literatura econômica não é o forte deles, afinal não gostam de teoria econômica.
FOLHA - Vocês vão reduzir as projeções para o PIB?
EDMAR BACHA - Embora a gente vá rever a previsão do PIB de 2009 [de alta de 0,3%] para baixo, vamos manter a previsão de 6% para 2010. A economia vai estar numa trajetória mais forte do que aquilo que a gente estima que seja o potencial de crescimento [expansão máxima sem causar inflação].
FOLHA - Qual o espaço para crescer sem inflação como efeito colateral?
BACHA - A gente estima em 5%, mantendo inflação sob controle e o passivo externo sem explodir. Esses 5% são confortáveis porque ninguém gosta de dever, mas também não gosta de deixar de crescer. É um crescimento que tem de pedir emprestado dinheiro lá fora. Mas o grosso desse dinheiro tem vindo em reais e em portfolio. São os estrangeiros que estão correndo risco cambial. É bem diferente das experiências de crescimento com deficit externo que tivemos no passado, que significava falta de dólares. Aqui tem excesso de dólar. O que dá conforto é que o mundo está atrás [do Brasil] para aplicação de seu capital. O Brasil está ajudando a equilibrar a economia mundial.
FOLHA - O fato de o PIB vir mais fraco reduz a urgência de aumentar os juros a partir de março?
BACHA - Não acho. A gente está vendo em outros indicadores que o ritmo de crescimento da economia está bastante forte. Precisamos relativizar um pouco esse resultado do PIB porque os indicadores indiretos, que são de emprego, de capacidade ociosa e de produção industrial, não são afetados por revisões metodológicas do IBGE. Essa questão do PIB trimestral dessazonalizado, como o próprio IBGE reconheceu, é sujeita a revisões muito substanciais de curto prazo. E essas revisões podem vir contrárias ao que foi dito. Não existe nada de inusitado nisso.
FOLHA - Então o BC terá de subir os juros no início do ano?
BACHA - Dito tudo isso, é mais um elemento que qualifica aquela avaliação de que o BC precisaria começar [a subir os juros] já em março, embora sempre exista essa questão de quanto mais cedo ele começar, menos próximo da eleição vai estar quando terminar.
FOLHA - Há esse "timing" político?
BACHA - Quanto mais próximo da eleição [subir a taxa], pior. Mexer na política monetária é uma coisa muito sensível. É para não perturbar o processo eleitoral. Nenhum Banco Central no mundo gosta de contaminar o processo eleitoral. Se puder ficar parado durante o processo, é o ideal.
FOLHA - Esse dado do PIB pode estimular o governo a gastar mais e a adotar mais políticas de estímulo?
BACHA - Espero que não. Quanto mais tiver estímulo agora, mais o juro terá que subir depois. Essa previsão nossa de crescimento de 6% tinha uma folga [para eventuais estímulos]. Se me perguntar qual o risco [de errar a previsão], diria que é mais subestimar o crescimento no ano que vem.
FOLHA - Há dúvidas no mercado se o BC vai mexer mesmo nos juros em um ano eleitoral?
BACHA - É uma dúvida natural, não somente porque é um ano eleitoral, mas porque a gente não sabe como vai ser o BC em 2011. O prêmio de risco aumenta, isso é uma consequência. A taxa de juros a médio prazo tem um componente de risco que, em circunstância de indefinição eleitoral, é maior do que quando não há eleições. Mas também o que se vai fazer? Esse é o custo da democracia.
FOLHA - O processo eleitoral vai trazer volatilidade em 2010?
BACHA - Sim, mas nada parecido com 2002. Há muitos consensos na política econômica.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Ainda o IOF
Para os economistas do Citi, segundo leio na Coluna do VT, no jornal da Ditabranda, o IOF impediu a queda do dolar para um patamar abaixo do 1,70. Eles não são os únicos com esta avaliação- um amigo e colega da pucsp, expressou a mesma opinião semana passada. Acho que eles tem razão, mas o sucesso é relativo e limitado ao curto prazo. Foi um sinal ao mercado que o Governo estaria disposto a implementar outras medidas para evitar a continua valorização do real. Digo relativo, porque reduziu a velocidade do movimento de valorização do real, mas não o o seu sentido. E, como sabemos, em ano eleitoral não se implementa medidas radicais e muito menos as anti-populares, dai ser prematuro afirmar que a taxa de juros vai atingir o patamar acima do cantado em verso e prosa pelo mercado. Ate mesmo este patamar é politicamente complicado. É sempre bom lembrar que trata-se de Política Econômica e não de um seminário de Macroeconomia. Diferença nem sempre reconhecida por bons economistas, como Alexandre "eram os deuses astronatuas" e levado ao extremo oposto pela turma de sempre. No caso destes últimos trata-se de desconhecimento da teoria econômica e ate mesmo, como argumenta, um outro amigo, odio da ciência econômica.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
O exercito de Brancaleone
Nem sempre concordo com a opinião do "Alexandre eram os Deuses astronautas", mas acho que ele, mais uma vez, tem razão nas criticas aos "economistas" que insistem em apresentar as mesmas críticas, sem fundamentos, a política econômica do atual Governo. É claro que ela está longe de ser uma Brastemp, mas seguramente é bem melhor que a defendida pelos criticos, inclusive alguns com acesso ao ouvido do Presidente que, felizmente, parece estar surdo.
Já escapamos - é verdade com um preço exorbitante para a Academia - da tragedia que seria "o avvocato" na presidencia do Bacen, mas o risco de algo ainda pior esta a nos rondar...
Já escapamos - é verdade com um preço exorbitante para a Academia - da tragedia que seria "o avvocato" na presidencia do Bacen, mas o risco de algo ainda pior esta a nos rondar...
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Mais piadas sobre economia e economistas
Dois homens estavam andando de balão e se perderam. Decidiram baixar o balão e perguntar para algum transeunte.
"Ei, você poderia nos dizer onde estamos ?"
"Vocês estão em um balão", respondeu o transeunte.
"A resposta é correta e absolutamente inútil. Este homem deve ser um economista", comentaram entre eles, no balão.
"E você deve ser um empresário", respondeu o transeunte.
"Exato. Como você sabe disto ?"
"Você tem uma excelente visão de onde está e mesmo assim você não sabe onde está."
________________________________________
— Quantos economistas com MBA são necessários para trocar uma lâmpada ?
— Somente um, se você me contratar. Na verdade eu posso trocar a lâmpada, eu mesmo. Eu tive uma extensa experiência em troca de lâmpadas em minhas funções anteriores. Também fui reconhecido como Especialista em Troca de Lâmpadas e já lecionei a disciplina Gerenciamento de Lâmpadas. Minha única fraqueza é que em meu tempo vago, sou um trocador de lâmpadas compulsivo.
"Ei, você poderia nos dizer onde estamos ?"
"Vocês estão em um balão", respondeu o transeunte.
"A resposta é correta e absolutamente inútil. Este homem deve ser um economista", comentaram entre eles, no balão.
"E você deve ser um empresário", respondeu o transeunte.
"Exato. Como você sabe disto ?"
"Você tem uma excelente visão de onde está e mesmo assim você não sabe onde está."
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— Quantos economistas com MBA são necessários para trocar uma lâmpada ?
— Somente um, se você me contratar. Na verdade eu posso trocar a lâmpada, eu mesmo. Eu tive uma extensa experiência em troca de lâmpadas em minhas funções anteriores. Também fui reconhecido como Especialista em Troca de Lâmpadas e já lecionei a disciplina Gerenciamento de Lâmpadas. Minha única fraqueza é que em meu tempo vago, sou um trocador de lâmpadas compulsivo.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
What is living and what is dead in social democracy?
Interessante artigo do Tony Judt publicado na The New York Review of Books sobre a Social Democracia. Leitura recomendável, principalmente, para a turma de sempre.
The following is adapted from a lecture given at New York University on October 19, 2009.
Americans would like things to be better. According to public opinion surveys in recent years, everyone would like their child to have improved life chances at birth. They would prefer it if their wife or daughter had the same odds of surviving maternity as women in other advanced countries. They would appreciate full medical coverage at lower cost, longer life expectancy, better public services, and less crime.
When told that these things are available in Austria, Scandinavia, or the Netherlands, but that they come with higher taxes and an "interventionary" state, many of those same Americans respond: "But that is socialism! We do not want the state interfering in our affairs. And above all, we do not wish to pay more taxes."
This curious cognitive dissonance is an old story. A century ago, the German sociologist Werner Sombart famously asked: Why is there no socialism in America? There are many answers to this question. Some have to do with the sheer size of the country: shared purposes are difficult to organize and sustain on an imperial scale. There are also, of course, cultural factors, including the distinctively American suspicion of central government.
And indeed, it is not by chance that social democracy and welfare states have worked best in small, homogeneous countries, where issues of mistrust and mutual suspicion do not arise so acutely. A willingness to pay for other people's services and benefits rests upon the understanding that they in turn will do likewise for you and your children: because they are like you and see the world as you do.
Para ler o resto do artigo clique aqui
The following is adapted from a lecture given at New York University on October 19, 2009.
Americans would like things to be better. According to public opinion surveys in recent years, everyone would like their child to have improved life chances at birth. They would prefer it if their wife or daughter had the same odds of surviving maternity as women in other advanced countries. They would appreciate full medical coverage at lower cost, longer life expectancy, better public services, and less crime.
When told that these things are available in Austria, Scandinavia, or the Netherlands, but that they come with higher taxes and an "interventionary" state, many of those same Americans respond: "But that is socialism! We do not want the state interfering in our affairs. And above all, we do not wish to pay more taxes."
This curious cognitive dissonance is an old story. A century ago, the German sociologist Werner Sombart famously asked: Why is there no socialism in America? There are many answers to this question. Some have to do with the sheer size of the country: shared purposes are difficult to organize and sustain on an imperial scale. There are also, of course, cultural factors, including the distinctively American suspicion of central government.
And indeed, it is not by chance that social democracy and welfare states have worked best in small, homogeneous countries, where issues of mistrust and mutual suspicion do not arise so acutely. A willingness to pay for other people's services and benefits rests upon the understanding that they in turn will do likewise for you and your children: because they are like you and see the world as you do.
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domingo, 6 de dezembro de 2009
sábado, 5 de dezembro de 2009
a pretty a day, E. E. Cummings
a pretty a day
(and every fades)
is here and away
(but born are maids
to flower an hour
in all,all)
o yes to flower
until so blithe
a doer a wooer
some limber and lithe
some very fine mower
a tall;tall
some jerry so very
(and nellie and fan)
some handsomest harry
(and sally and nan
they tremble and cower
so pale:pale)
for betty was born
to never say nay
but lucy could learn
and lily could pray
and fewer were shyer
than doll. doll
(and every fades)
is here and away
(but born are maids
to flower an hour
in all,all)
o yes to flower
until so blithe
a doer a wooer
some limber and lithe
some very fine mower
a tall;tall
some jerry so very
(and nellie and fan)
some handsomest harry
(and sally and nan
they tremble and cower
so pale:pale)
for betty was born
to never say nay
but lucy could learn
and lily could pray
and fewer were shyer
than doll. doll
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Google and the New Digital Future
Importante artigo do Robert Darnton sobre o admirável mundo novo que está sendo criado pelo Google.
November 9 is one of those strange dates haunted by history. On November 9, 1989, the Berlin Wall fell, signaling the collapse of the Soviet empire. The Nazis organized Kristallnacht on November 9, 1938, beginning their all-out campaign against Jews. On November 9, 1923, Hitler's Beer Hall Putsch was crushed in Munich, and on November 9, 1918, Kaiser Wilhelm II abdicated and Germany was declared a republic. The date especially hovers over the history of Germany, but it marks great events in other countries as well: the Meiji Restoration in Japan, November 9, 1867; Bonaparte's coup effectively ending the French Revolution, November 9, 1799; and the first sighting of land by the Pilgrims on the Mayflower, November 9, 1620.
On November 9, 2009, in the district court for the Southern District of New York, the Authors Guild and the Association of American Publishers were scheduled to file a settlement to resolve their suit against Google for alleged breach of copyright in its program to digitize millions of books from research libraries and to make them available, for a fee, online. Not comparable to the fall of the Berlin Wall, you might say. True, but for several months, all eyes in the world of books—authors, publishers, librarians, and a great many readers—were trained on the court and its judge, Denny Chin, because this seemingly small-scale squabble over copyright looked likely to determine the digital future for all of us.
Google has by now digitized some ten million books. On what terms will it make those texts available to readers? That is the question before Judge Chin. If he construes the case narrowly, according to precedents in class-action suits, he could conclude that none of the parties had been slighted. That decision would remove all obstacles to Google's attempt to transform its digitizing of texts into the largest library and book-selling business the world has ever known. If Judge Chin were to take a broad view of the case, the settlement could be modified in ways that would protect the public against potential abuses of Google's monopolistic power.
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November 9 is one of those strange dates haunted by history. On November 9, 1989, the Berlin Wall fell, signaling the collapse of the Soviet empire. The Nazis organized Kristallnacht on November 9, 1938, beginning their all-out campaign against Jews. On November 9, 1923, Hitler's Beer Hall Putsch was crushed in Munich, and on November 9, 1918, Kaiser Wilhelm II abdicated and Germany was declared a republic. The date especially hovers over the history of Germany, but it marks great events in other countries as well: the Meiji Restoration in Japan, November 9, 1867; Bonaparte's coup effectively ending the French Revolution, November 9, 1799; and the first sighting of land by the Pilgrims on the Mayflower, November 9, 1620.
On November 9, 2009, in the district court for the Southern District of New York, the Authors Guild and the Association of American Publishers were scheduled to file a settlement to resolve their suit against Google for alleged breach of copyright in its program to digitize millions of books from research libraries and to make them available, for a fee, online. Not comparable to the fall of the Berlin Wall, you might say. True, but for several months, all eyes in the world of books—authors, publishers, librarians, and a great many readers—were trained on the court and its judge, Denny Chin, because this seemingly small-scale squabble over copyright looked likely to determine the digital future for all of us.
Google has by now digitized some ten million books. On what terms will it make those texts available to readers? That is the question before Judge Chin. If he construes the case narrowly, according to precedents in class-action suits, he could conclude that none of the parties had been slighted. That decision would remove all obstacles to Google's attempt to transform its digitizing of texts into the largest library and book-selling business the world has ever known. If Judge Chin were to take a broad view of the case, the settlement could be modified in ways that would protect the public against potential abuses of Google's monopolistic power.
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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Radio Eldorado
É uma entrevista antiga, mas foi uma boa oportunidade para expressar o que penso sobre a experiência do leste europeu.
É so clicar aqui
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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Krugman
Krugman, cada vez mais um bom jornalista e pessimo economista, ve risco de bolha no Brasil e outras tolices. É bom lembrar que ele errou feio no diagnóstico da crise da economia japonesa e, por isto mesmo, defendeu medidas equivocadas, que felizmente nunca foram implementadas pelo governo japones. No caso da crise americana ele se saiu melhor, mas mostrou-se incapaz de perceber, antes de todos, o que estava acontecendo. Surpreso com a rapida recuperação da economia brasileira, ele me parece, estar completamente equivocado quando a probabilidade, significativa, de bolhas na economia brasileira. Chuvas e trovoadas são sempre possíveis e perfeitamente normais, afinal equilibrio único e estável é apenas uma brincadeira dos economistas m...
Já os problemas do tal país baltico são bem conhecidos e a moratória é realmente possível. Ouvi isto de um economista nativo de tal país, que para quem não sabe o nome começa com L, termina, com A e a quarta letra é U.
Já os problemas do tal país baltico são bem conhecidos e a moratória é realmente possível. Ouvi isto de um economista nativo de tal país, que para quem não sabe o nome começa com L, termina, com A e a quarta letra é U.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
The irresistible rise of the Renminbi
Importante artigo do Eichengreen sobre o futuro da moeda chinesa.
China is making a big push to encourage greater international use of its currency, the renminbi. It has an agreement with Brazil to facilitate use of the two countries’ currencies in bilateral trade transactions. It has signed renminbi swap agreements with Argentina, Belarus, Hong Kong, Indonesia, South Korea, and Malaysia. Last summer, it expanded renminbi settlement agreements between Hong Kong and five mainland cities, and authorized HSBC Holdings to sell renminbi bonds in Hong Kong. Then, in September, the Chinese government issued in Hong Kong about $1 billion worth of its own renminbi-denominated bonds.
All of these initiatives are aimed at reducing dependence on the dollar both at home and abroad by encouraging importers, exporters, and investors to make more use of China’s currency. The ultimate goal is to ensure that China eventually gains the flexibility and financial prerogatives that come with being a reserve-currency country.
No one questions that the renminbi is on the rise. For the same reasons that the global economy has become more multipolar, the international monetary system will become more multipolar, with several currencies sharing reserve-currency status. And no one questions, given China’s size and growth prospects, that one day the renminbi will be an important international currency.
The question is when. Cautious observers warn that making the renminbi a true international currency will take time. Making it attractive for private and official international use will require China to build deep and liquid financial markets. This will mean the development of more reliable and transparent clearing and settlement systems. It will require a benchmark asset, a well-defined yield curve, and a critical mass of market participants. All of these dimensions of liquid markets take time to build.
Moreover, those markets will have to be open to the rest of the world. In other words, China will have to fully open its capital account before the renminbi can become a true international currency. This will require putting banks and state-owned enterprises on a fully commercial footing, and moving to a more flexible exchange rate. In short, it will entail fundamental changes in the Chinese growth model. All this is a reminder that the task will not be completed overnight.
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China is making a big push to encourage greater international use of its currency, the renminbi. It has an agreement with Brazil to facilitate use of the two countries’ currencies in bilateral trade transactions. It has signed renminbi swap agreements with Argentina, Belarus, Hong Kong, Indonesia, South Korea, and Malaysia. Last summer, it expanded renminbi settlement agreements between Hong Kong and five mainland cities, and authorized HSBC Holdings to sell renminbi bonds in Hong Kong. Then, in September, the Chinese government issued in Hong Kong about $1 billion worth of its own renminbi-denominated bonds.
All of these initiatives are aimed at reducing dependence on the dollar both at home and abroad by encouraging importers, exporters, and investors to make more use of China’s currency. The ultimate goal is to ensure that China eventually gains the flexibility and financial prerogatives that come with being a reserve-currency country.
No one questions that the renminbi is on the rise. For the same reasons that the global economy has become more multipolar, the international monetary system will become more multipolar, with several currencies sharing reserve-currency status. And no one questions, given China’s size and growth prospects, that one day the renminbi will be an important international currency.
The question is when. Cautious observers warn that making the renminbi a true international currency will take time. Making it attractive for private and official international use will require China to build deep and liquid financial markets. This will mean the development of more reliable and transparent clearing and settlement systems. It will require a benchmark asset, a well-defined yield curve, and a critical mass of market participants. All of these dimensions of liquid markets take time to build.
Moreover, those markets will have to be open to the rest of the world. In other words, China will have to fully open its capital account before the renminbi can become a true international currency. This will require putting banks and state-owned enterprises on a fully commercial footing, and moving to a more flexible exchange rate. In short, it will entail fundamental changes in the Chinese growth model. All this is a reminder that the task will not be completed overnight.
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