Na democracia nem sempre o resultado é do nosso agrado e este é caso, ainda não concretizado, da eleição da Sra Marina para Presidente da Republica. Ela deve ter lá seus meritos, mas confesso que, apesar de todo o meu esforço, ainda não consegui encontra-los. A retórica dela é impecável, ainda que longe da maestria do grande Cicero: no máximo a colocaria ao lado de Obama que, com uma bela retórica, conseguiu ganhar a vaga da Hillary Clinton, que era a candidata muito melhor preparada. Deu no que deu e agora é tarde para chorar sobre o leite derramado. Felizmente, ainda não é o caso do Brasil: a boa performance na pesquisa eleitoral no momento atual , não implica em vitoria certa nas urnas, exceto se o terceiro colocado jogar a toalha e reagir à queda, como se ela fosse um nocaute. Não me parece ser o caso. Melhor levantar,sacudir a poeira e dar a volta por cima, como nos ensina um velho cantor popular.
Há candidatos para todos os gostos, mas seguramente Marina é a pior de todos. Não tanto pelas propostas, mas pelo histórico de incapacidade de fazer política devido ao seu messianismo que, como sabemos, na política, não raro tem um forte componente autoritario. Ela acuso os dois maiores partidos, PT e PSDB, de serem responsaveis pela divisão do pais que ela e somente ela, poderia resolver liderando uma governo onibus, ou seja com a participação de todos. Dificil levar a serio este discurso , haja vista, a sua dificuldade de relacionamento com os membros do partido que a hospeda, para não mencionar sua participação no governo Lula. Divisão, conflito e a política baseada na idéia de predestinação, são as marcas do agir político da Marina. Se eleita, será um desastre. A repetição da trágica experiencia dos governos Janio e Collor.
Espera-se que a direita e a centro direita tenham aprendido um pouco com as aventuras em que se meteram na história do país no pós guerra e consigam resistir ao canto de sereia marineiro. Instabilidade política e por consequencia instabilidade econômica não interessa a ninguem.