Férias no verão paulistano com cara de verão londrino é um convite a leitura de um dos livros da pilha que não para de crescer. Não fosse pelo kindle, ela seria mais alta. Romances, politica internacional, filosofia, teologia, ..., Compro com a desculpa que um dia encontroarei tempo pra ler alguns deles, sabendo que a maioria, infelizmente, ficara relegada a estante, fruto de um desejo incontrolável pela posse de um objeto de desejo. Compra de impulso. No caso da maioria dos bens, compro somente depois de um longo namoro, com direito a noivado e inumeras dúvidas: compro! não compro! Nos livros, a paixão fulminante leva ao seu acumulo pelos comodos da minha casa. Ainda não é a bibliocasa do saudoso poeta Haroldo de Campos, mas ainda chego lá.
Leio é claro, nas férias, o valor econômico, financial times e assisto ao Quest na CNN. Inevitável, nesta era de midia sociail, ignorar os debates e controversias na comunidade de economia. O ultimo artigo do Samuel Pessoa, por ex, me lembrou, os ultimos do Beluzzo e do seu lugar-tenente. Hoje encontrei, por acaso, mais uma obra prima: " A quem serve o Banco Central? Li, reli. Tentei mais uma vez. Incrivel, a sindrome de teoria conspiratoria que acomete o tempo todo a esquerda do grande bananão. É claro que existem grupos de interesses, pressões, etc, sobre o BC em um país democratico. É parte do jogo e por isto mesmo ele deveria ter autonomia operacional, como é o caso em outros países. Lembro que o foco do BC deve ser a inflação e para faze-la convergir a meta é dificil deixar de lado o mais poderoso instrumento a sua disposição: a taxa de juros. Elevar a selic é o que recomenda a velha e boa teoria econômica. Pode não agradar a todos, mas o BC não esta participando de concurso de miss simpatia ou algo que valha. Seu único compromisso e lutar contra o dragão da inflação que não esta mais cochilando.