Jabuticaba existe somente no Brasil e na vida acadêmica e política prosperam diferente tipos de jabuticabas exóticas. Uma delas é o marxista reacionário de direita. Aparentemente uma contradição, ele, na verdade se considera consistente e marxista, apesar de postura e propostas serem claramente do receituário da direita mundo afora. É dialetico, ou melhor dizendo, adota o materialismo histórico na analise da realidade economica, social e política. Na hora do vamos ver, acaba optando por candidatos que num passado distante - como ele - pertenceram a um partido de esquerda: via de regra o conhecido partido que defendia a tese que a URSS era o paraiso dos trabalhadores. Naqueles tempos d'antanho, criticar a patria do socialismo era o suficiente para colocar qualquer desavisado no campo do inimigo: um agente a serviço do imperialismo e outras perolas bem conhecidas do vocubulario da época.
Novos tempos, nova filiação partidaria, novo posicionamento ideologico, para usar uma palavra do agrado deles. Infelizmente, sem tempo habil para dominar a literatura no campo que no passado era o do adversario, mantem-se fieis ao mesmo instrumental analitico que tem um aspecto positivo: permite manter a respeitabilidade em certos circulos e agradar aos incautos de sempe. Ficam profundamente ofendidos quando não são colocados no campo da esquerda, mas como coloca-los se a negam na praxis ?
Alguns, adotam o niilismo de catedra traduzido no discurso que nenhum político presta e defendem o voto nulo. Não, não são anarquistas. Apenas a nova direita que tem vergonha de sair do armario...