quarta-feira, 3 de setembro de 2014
Aqui se faz, aqui se paga: Dilma e os unicampistas....
Os números da economia brasileira não deixam dúvidas quanto ao fracasso retumbante de mais uma experiência heterodoxa liderada pelos desenvolvimentistas da linha da Unicamp. O primeiro, para quem tem memoria, curta foi o plano cruzado. Neste caso o fracasso foi compartilhado com a PUC-Rio que, ao contrário dos unicampistas, aprenderam com o erro e continuaram influenciando fortemente a formatação da agenda da política economica brasileira.
Os unicampistas na matriz e nas várias filais espalhadas Brasil afora, continuaram com o seu bla, bla, de sempre, ignorando a produção mais recentes em economia, assim como o uso de instrumentos mais refinados, como é caso da econometria, na avaliação de medidas de política econômica. É o tipo de discurso que pela simplicidade tem forte apelo junto aos jovens preocupados com a terrivel situacão social do país. Agrada. tambem, aqueles que sem a devida formação em economia, podem passar por economistas.
A Presidente que tem uma boa formação em economia - graduada pela federal gaucha - comprou a vista a retorica vazia desta linha desenvolvimentista e por teimosia manteve na Fazenda um dos seus representantes menos preparado. Agora paga a conta pelo erro e pela teimosia. Não seria um problema, se isto não colocasse em risco a politica social que apresenta bons resultados na melhoria da vida dos brasileiros. Política esta que não requer a reinvenção da política econômica em linhas heterodoxas para gerar bons frutos.
Para tentar reverter o favoritismo do Janio de saias é fundamental reconhecer os erros da atual gestão e não somente os seus vários acertos. Modestia, neste momento delicado da corrida eleitoral, é uma grande virtude. A arrogância, por sua vez, é o beijo de morte. É fundamental sinalizar que haverá mudanças na equipe a começar pela Fazenda. O tempo é curto, mas como se diz: eleição não se ganha na vespera e tão pouco se perde.
A direita e a centro direita andam assanhadas com a possibilidade de tirar o PT do poder e mais uma vez flerta com a instabilidade política e econômica. O fracasso do Aecio, não é apenas dele, mas do Partido que no momento melhor representa o pensamento de centro direita e que possui mais competitividade eleitoral. Jogar a toalha é um equivoco e um desserviço a democracia brasileira.