Nunca li Stephen King, mas gosto dos filmes e series adaptadas dos seus livros. Algumas series, me parece, que são idéias originais: sem versão em livro. Cinema é outra linguagem e a maioria das adaptações de bons livros ficam muito a desejar, para ser gentil com uma longa lista de diretores culpados de crimes contra a literatura. Talvez isto explique a boa qualidade dos filmes adaptados de trabalhos do King: ate mesmo livros ruins, nas mãos de um bom diretor, podem se tornar uma obra prima. É o caso do filme O Iluminado do Kubrick.
A critica não gosta dos trabalhos do King, mas esta não é a razão pela qual nunca li nada dele: estava ocupado com a literatura policial britanica, revistas e livros de teologia e filosofia moral. Pra não mencionar a minha atividade profissional de professor e economista, que implica em ler livros e artigos da área. Neste depto a minha dieta diaria inclui o Financial Times e o Valor e o Quest means business na CNN. Dia cheio. Verdade, mas confesso, modestia a parte, que sou uma raridade: leitor de livros de poesia e de contos. Mais do primeiro que do segundo. Nunca li muitos romances. Já poesia li os considerados mais importantes em tradução e, sempre que possível, na lingua original. Li tambem, os chamados poetas menores, uma defina cretina da critica literaria.
Enfim, vou encarar o meu primeiro Stephen King: On Writing. Mistura de biografias, com conselhos sobre o oficio de escrever. Gostei da regra, mencionada pelo uol, de um numero de horas diarias de leitura e escrita. Já havia lido conselho semelhante em um artigo sobre como escrever papers academicos com uma imensa carga letiva.
Mudando de assunto. A Universidade em que trabalho está discutindo a extinção dos deptos e a reação contrária, pelo que li no jornal do sindicato, ainda não conseguiu apresentar bons argumentos, acadêmicos, em defesa da estrutura departamental. Há vários, mas não vou lista-los, porque são de uma obviedade ululante. Adianto, que nenhum deles justificam a manutenção do status quo. É necessario repensa-los...e a destruição criativa Schumpeteriana não é uma má ideia...