Nenhuma surpresa no pedido de socorro de Portugal. O bailout neste caso demorou mais que o esperado, mas sua inevitabilidade já era esperada, exceto, quem sabe, pelo goveno portugues. Espanha é, naturalmente, o próximo da fila, em que pese o sucesso obtido nesta quinta-feira. O mercado é cheio de surpresas e, as vezes, o respiro não é sinal de uma fase melhor, mas apenas o último antes da morte. Mas, ao contrário de Portugal, a Espanha é uma economia que deu sinais de estar no caminho correto e o problema maior esta na esfera dos governo regionais e por isto, o bailout, se vier a ser solicitado, será o resultado de mais um capricho do mercado. Inevitável, no momento, ele seguramente não é.
No front interno, mais uma medida para evitar mais "inevitável": a apreciação do real, como sabemos, veio para ficar e sem alteração no diferencial da taxa de juros interna vis a vis a internacional é uma luta ingloria, com algum resultado marginal, apenas no curto prazo. Infelizmente não o suficiente para alterar a tendência de apreciação do real.