O Principe dos sociologos e teorico da redenção nacional via submissão ao Imperio ataca novamente. Depois do fracasso dos candidatos que se recusavam( e ainda recusam?) a reconhecer os meritos do seu governo, ele resolveu, incorporar, mais uma vez, o papel de lider da oposição, em "paper" a ser publicado na revista "interesse nacional. Ainda não li o texto, apenas o que saiu no jornal da ditabranda. A tese central é interessante : dar adeus ao "povão" e capturar a classe média arredia ao Lula e que ainda não teria embarcado, totalmente, no projeto da atual administração. Vale recordar que tese semelhante, fundamentou várias escolhas do seu governo e tem sido a pratica em várias democracias: o foco é na sua base eleitoral e na implementação de medidas que permita a sua ampliação. Isto implica em maldades contra quem sabidamente nunca votará no seu partido/candidato e bondades com que já faz parte do seu eleitorado ou não possui uma aversão não negociável ao seu projeto político.
A novidade na tese do sociologo antecipada, alias, na última campanha presidencial, é, na verdade, mais sutil: reformular o discurso da oposição em direção ao eleitorado conservador e pouco sofisticado, uma direita envergonhada, que seria convidada a assumir o que de fato pensa sobre o país. Trata-se no caso de repetir, inicialmente, a estrategia usada com sucesso pelo conservadores do norte rico( e parcialmente no pobre): dominar a agenda econômica e política via cebraps da vida que, no mundo atual, assumiria a forma de blogs com atuação coordenada.
Aparentemente uma novidade, é na verdade uma retomada, com algumas inovações importantes, da estratégia da velha direita nos anos 50. Com isto o principe assumiria, definitivamente, o papel de lider intelectual e político da nova direita o que, alias, não é pouca coisa para alguem próximo de completar 80 anos.