Muito interessante o encontro com o FMI no conhecido country club da rua itapeva. O FMI sem dúvida alguma mudou, mas é bem verdade que a caricatura cantada em verso e prosa nunca lhe fez justiça. As vezes parece que ele passou da agua para o vinho, mas este deslocamento para o outro extremo do novo FMI seria tão indesejável quanto a posição do antigo FMI. E isto, felizmente, não ocorreu, como ficou claro nas intervenções desta tarde. Longe do mambo jambo da heterodoxia chic, o novo FMI mostra-se mais flexivel e pragmático, sem, contudo, abrir mão do rigor teórico. Isto somente foi possível com a crise econômica de 2008, que acelerou o processo de abertura intelectual que vinha acontecendo - lentamente é verdade - desde o fim da guerra fria.
A vitoria inconteste da economia de mercado- principalmente a versão americana - , era a grande responsável pela lentidão, mas 2008 demonstrou, também, que apesar de vitorioso e superior à alternativa derrotada, ele não havia perdido o seu lado nada agradável. Neste novo mundo pós(?) crise, o discurso ideológico - no campo econômico - perdeu a força que antes possuía e isto tem demonstrado ser um grande ganho para o debate econômico. Felizmente isto ainda não é o caso em conhecido aparelho...