Proposta radical do Soros que só seria viável se a zona do euro fosse de fato um Estado Unificado, como não é o caso, é apenas uma análise que aponta para a direção correta, mas sem nenhuma aplicabilidade para o curto prazo.
Financial markets are driving the world towards another Great Depression with incalculable political consequences. The authorities, particularly in Europe, have lost control of the situation. They need to regain control and they need to do so now.
Three bold steps are needed. First, the governments of the eurozone must agree in principle on a new treaty creating a common treasury for the eurozone. In the meantime, the major banks must be put under European Central Bank direction in return for a temporary guarantee and permanent recapitalisation. The ECB would direct the banks to maintain their credit lines and outstanding loans, while closely monitoring risks taken for their own accounts. Third, the ECB would enable countries such as Italy and Spain to temporarily refinance their debt at a very low cost. These steps would calm the markets and give Europe time to develop a growth strategy, without which the debt problem cannot be solved.
This is how it would work. Since a eurozone treaty establishing a common treasury would take a long time to conclude, in the interim the member states have to appeal to the ECB to fill the vacuum. The European Financial Stabilisation Fund is still being formed but in its present form the new common treasury is only a source of funds and how the funds are spent is left to the member states. It would require a newly created intergovernmental agency to enable the EFSF to cooperate with Europe’s central bank. This would have to be authorised by Germany’s Bundestag and perhaps by the legislatures of other states as well.
The immediate task is to erect the necessary safeguards against contagion from a possible Greek default. There are two vulnerable groups – the banks and the government bonds of countries such as Italy and Spain – that need to be protected. These two tasks could be accomplished as follows.
The EFSF would be used primarily to guarantee and recapitalise banks. The systemically important banks would have to sign an undertaking with the EFSF that they would abide by the instructions of the ECB as long as the guarantees were in force. Banks that refused to sign would not be guaranteed. Europe’s central bank would then instruct the banks to maintain their credit lines and loan portfolios while closely monitoring the risks they run for their own account. These arrangements would stop the concentrated deleveraging that is one of the main causes of the crisis. Completing the recapitalisation would remove the incentive to deleverage. The blanket guarantee could then be withdrawn.
To relieve the pressure on the government bonds of countries such as Italy, the ECB would lower its discount rate. It would then encourage the countries concerned to finance themselves entirely by issuing treasury bills and encourage the banks to buy the bills. The banks could rediscount the bills with the ECB but they would not do so as long as they earned more on the bills than on the cash. This would allow Italy and the other countries to refinance themselves for about 1 per cent a year during this emergency period. Yet the countries concerned would be subject to strict discipline because if they went beyond agreed limits the facility would be withdrawn. Neither the ECB nor the EFSF would buy any more bonds in the market, allowing the market to set risk premiums. If and when the premiums returned to more normal levels the countries concerned would start issuing longer-duration debt.
These measures would allow Greece to default without causing a global meltdown. That does not mean that Greece would be forced into default. If Greece met its targets, the EFSF could underwrite a “voluntary” restructuring at, say 50 cents on the euro. The EFSF would have enough money left to guarantee and recapitalise the European banks and it would be left to the International Monetary Fund to recapitalise the Greek banks. How Greece fared under those circumstances would be up to the Greeks.
I believe these steps would bring the acute phase of the euro crisis to an end by staunching its two main sources and reassuring the markets that a longer-term solution was in sight. The longer-term solution would be more complicated because the regime imposed by the ECB would leave no room for fiscal stimulus and the debt problem could not be resolved without growth. How to create viable fiscal rules for the euro would be left to the treaty negotiations.
There are many other proposals under discussion behind closed doors. Most of these proposals seek to leverage the EFSF by turning it into a bank or an insurance company or by using a special purpose vehicle. While practically any proposal is liable to bring temporary relief, disappointment could push financial markets over the brink. Markets are likely to see through inadequate proposals, especially if they violate Article 123 of the Lisbon treaty, which is scrupulously respected by my proposal. That said, some form of leverage could be useful in recapitalising the banks.
The course of action outlined here does not require leveraging or increasing the size of the EFSF but it is more radical because it puts the banks under European control. That is liable to arouse the opposition of both the banks and the national authorities. Only public pressure can make it happen.
Fonte: FT
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Merkel
Ao contrário do cenário pintado pelos marinheiros de primeira viagem e analistas de orelhada, o parlamento alemão aprovou as medidas necessárias ao fortalecimento do EFSF. É um resultado importante para a Merkel que não precisou contar com os votos da oposição para garantir a maioria necessária à aprovação das medidas e confirma, para os céticos, o compromisso da atual administração e da oposição com o projeto da zona do euro. É um resultado que, naturalmente, não resolve, ainda, o problema grego, mas sinaliza que uma proposta para soluciona-la é perfeitamente viável e não enfrentará obstaculos políticos incontornaveis na alemanha. Dificil saber se a votação de hoje justifica a política vacilante da Merkel, mas o fato é que, apesar do resultado da votação, sua liderança esta bem aquém de outros figuras importantes da alemanha do pós guerra. Definitivamente Estadista para ser um animal político extinto.
No Imperio, a revisão, para melhor, de alguns números, não altera em absoluto a opinião deste bloger sobre o estado atual e perspectivas futuras de sua economia: anêmica e com 50% de probalibilidade de um segundo mergulho. O resultado da votação acima mencionado, desmente o comentário de Pepino, o breve, vulgo Obama sobre zona do euro vis à vis a da aguia envelhecida.No velho continente o céu não é de brigadeiro, mas o sistema político ainda mantém a racionalidade há muito perdida no Império.
No Imperio, a revisão, para melhor, de alguns números, não altera em absoluto a opinião deste bloger sobre o estado atual e perspectivas futuras de sua economia: anêmica e com 50% de probalibilidade de um segundo mergulho. O resultado da votação acima mencionado, desmente o comentário de Pepino, o breve, vulgo Obama sobre zona do euro vis à vis a da aguia envelhecida.No velho continente o céu não é de brigadeiro, mas o sistema político ainda mantém a racionalidade há muito perdida no Império.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Novidades do front nacional e internacional..
Segundo o Valor desta terça-feira, em evento no famoso Country Club da Rua Itapeva, "câmbio 'ideal' para o mercado local ganha defesa". Difícil discordar desta tese, resta saber qual seria este câmbio e os meios que seriam usados para alcança-lo. A ausência de qualquer menção a inflação diz tudo. Crescimento com alguma inflação parece ser, novamente, o mantra dos velhos e dos novos desenvolvimentistas.
Interessante, também, a tese do meu orientador de mestrado: "A economia brasileira vai ser comandada pelas expectativas de consumo interno, não vejo como o crescimento possa ser comandado pela exportações" que, aparentemente, recebeu a aprovação do Steinbruch: "Se o valor for conflitante, devemos olhar um câmbio que mantenha nosso mercado interno e sacrificar as exportações [de manufaturados]". "Pela primeira vez temos um mercado interno forte e podemos crescer com isso". Seria um retorno a velha e conhecida estratégia de crescimento para dentro e abandono definitivo do crescimento para fora. Dado a dimensão do mercado interno e a política social da atual administração não deixa de ser uma boa opção. O problema é que ela poderá ser usada como justificativa para proteger a ineficiente produção nacional como era pratica corrente no período do nacional desenvolvimentismo. Ressuscita-lo me parece ser uma idéia infeliz e totalmente fora de lugar. A melhor opção é fazer bom uso do mercado interno sem deixar de lado a preocupação com as exportações. Sei que no atual cenário da economia mundial é bem dificil, mas fundamental para não incorrer nos mesmos erros do passado.
Enquanto isto na zona do euro as negociações avançaram bastante com apresentação de proposta de default administrado de 50% da divida grega, mais recursos para o EFSF e forte recapitalização dos bancos da zona do euro. É um bom ponto de partida que ainda depende de complicadas negociações políticas em que a Alemanha, mais um vez, tem papel decisivo. Dado seu papel na historia europeia do seculo passado seu grau de manobra é bem menor que o assumido por vários analistas do grande bananão. Não estou afirmando que esta proposta será aprovado sem alterações, mas que contem os elementos fundamentais da versão final. Há detalhes importantes a serem negociados, mas são detalhes...
Ela resolve o problema de curto prazo, mas não tem impacto, obviamente, sobre a questão estrutural: a ineficiência de alguns países da zona de euro que é grande responsável pela crescimento anêmicos de sua economia. Este é um problema antigo e que requer outros tipos de medidas, assim como período de tempo razoável e já era bem conhecido quando da adesão a zona do euro. Se ela fosse apenas um projeto econômico eles não teriam sido aceitos, mas como já mencionei várias vezes é e continua a ser fundamentalmente um projeto político a procura de fundamentos econômicos. A alemanha já encontrou o seu, mas faz de conta não ser este o caso... Engana que eu gosto
Interessante, também, a tese do meu orientador de mestrado: "A economia brasileira vai ser comandada pelas expectativas de consumo interno, não vejo como o crescimento possa ser comandado pela exportações" que, aparentemente, recebeu a aprovação do Steinbruch: "Se o valor for conflitante, devemos olhar um câmbio que mantenha nosso mercado interno e sacrificar as exportações [de manufaturados]". "Pela primeira vez temos um mercado interno forte e podemos crescer com isso". Seria um retorno a velha e conhecida estratégia de crescimento para dentro e abandono definitivo do crescimento para fora. Dado a dimensão do mercado interno e a política social da atual administração não deixa de ser uma boa opção. O problema é que ela poderá ser usada como justificativa para proteger a ineficiente produção nacional como era pratica corrente no período do nacional desenvolvimentismo. Ressuscita-lo me parece ser uma idéia infeliz e totalmente fora de lugar. A melhor opção é fazer bom uso do mercado interno sem deixar de lado a preocupação com as exportações. Sei que no atual cenário da economia mundial é bem dificil, mas fundamental para não incorrer nos mesmos erros do passado.
Enquanto isto na zona do euro as negociações avançaram bastante com apresentação de proposta de default administrado de 50% da divida grega, mais recursos para o EFSF e forte recapitalização dos bancos da zona do euro. É um bom ponto de partida que ainda depende de complicadas negociações políticas em que a Alemanha, mais um vez, tem papel decisivo. Dado seu papel na historia europeia do seculo passado seu grau de manobra é bem menor que o assumido por vários analistas do grande bananão. Não estou afirmando que esta proposta será aprovado sem alterações, mas que contem os elementos fundamentais da versão final. Há detalhes importantes a serem negociados, mas são detalhes...
Ela resolve o problema de curto prazo, mas não tem impacto, obviamente, sobre a questão estrutural: a ineficiência de alguns países da zona de euro que é grande responsável pela crescimento anêmicos de sua economia. Este é um problema antigo e que requer outros tipos de medidas, assim como período de tempo razoável e já era bem conhecido quando da adesão a zona do euro. Se ela fosse apenas um projeto econômico eles não teriam sido aceitos, mas como já mencionei várias vezes é e continua a ser fundamentalmente um projeto político a procura de fundamentos econômicos. A alemanha já encontrou o seu, mas faz de conta não ser este o caso... Engana que eu gosto
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
O Bacen tem razão...
Segundo materia/manchete no Valor desta segunda-feira a lua de mel entre o Bacen e a Fazenda parece estar com os dias contados. O motivo seria a divergência em relação ao IOF em derivativos. A Fazenda não quer abrir mão da medida, enquanto o Bacen, argumenta que ela está prejudicando o bom funcionamento do mercado. Naturalmente, o Bacen está correto e a medida que nunca deveria ser sido implementada, deve ser enviada ao seu lugar de direito: a lata de lixo dos equivocos do menino maluquinho. Isto não implica afirmar que não se deve procurar influenciar o câmbio no sentido de garantir uma taxa que seja adequada ao interesse nacional, apenas que tal medida é infeliz e aumentou a volatilidade no mercado de câmbio, cenário que não é do interesse no setor produtivo nacional. Ela é prova que realmente o inferno esta cheio de boas intenções.
domingo, 25 de setembro de 2011
sábado, 24 de setembro de 2011
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Aprendiz de feiticeiro
Ah! o poder, alguem já disse que é melhor que sexo. Um exagero, sem dúvida, mas... nunca tive poder... Já a turma desenvolvimentista nunca teve tanto poder e tenta, entre outros delirios, controlar o mercado de câmbio sem abrir mão , no entanto, do câmbio livre e do controle da inflação. Imagina ser possível fixar, sem ser fixo, um câmbio de equilibrio, que atenderia às necessidades do setor externo sem colocar em risco a estabilidade dos preços. O instrumento, a caneta, varinha magica que produz resultados hilários que lembra as atrapalhadas de Mickey no divertido filme "aprendiz de feiticeiro". Este é o grande problema dos desenvolvimentistas: usam o poder para dar um tiro no pé, ou seria no coração?
Enquanto isto no Imperio, o FED ressuscita o twist que no passado produziu resultados ainda controversos. Sinal de desespero, sem dúvida, já que a redução do juro de longo prazo não implica em aumento automatico de oferta de crédito na economia. Falta combinar com os bancos que apesar de sentados em grande liquidez, não se mostram dispostos a correr o risco necessário e inerente a sua função e ajudar a recuperar a economia. Tempos bicudos...
Enquanto isto no Imperio, o FED ressuscita o twist que no passado produziu resultados ainda controversos. Sinal de desespero, sem dúvida, já que a redução do juro de longo prazo não implica em aumento automatico de oferta de crédito na economia. Falta combinar com os bancos que apesar de sentados em grande liquidez, não se mostram dispostos a correr o risco necessário e inerente a sua função e ajudar a recuperar a economia. Tempos bicudos...
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
E la nave va...
Mais dados que confirmam que a decisão do Bacen de cortar os juros foi essencialmente politica: taxa de desemprego em agosto ficou estável em 6%; o rendimento real habitual ficou em R$ 1.629,40 em agosto, o que representou avanço de 0,5% sobre julho deste ano, e aumento de 3,2% na comparação com agosto de 2010. A massa de rendimentos real habitual alcançou R$ 37,2 bilhões, valor 1,4% acima do total registrado no mês anterior, e 5,6% maior em relação a agosto do ano passado(Valor). A indústria esta de fato desalecerando, mas o mercado de trabalho continua no pleno emprego o que implica afirmar que a inflação dificilmente deverá apresentar a trajetória cantada em verso e prosa pelo Bacen. Nenhuma surpresa, afinal é bem conhecido o velho mantra desenvolvimentista( nacional e o pseudo novo): crescimento com um pouco de inflação.
Como mencionado em post antigo, mas nem sempre reconhecido, os bancos com maior exposição à divida soberana grega são os franceses o que poderá ter sérias consequencias sobre a dinamica da crise na zona do euro. Um deles esta fazendo um tour pelo oriente médio a procura de cavaleiros brancos. Capitalização é necessária e urgente, mas não é novidade, o mesmo, alias, se aplica a avaliação de conhecida agencia sobre o estado de alguns bancos americanos. Dai o titulo do post de ontem, de fato não há novidade no nenhum front, apenas o desenvolvimento normal e esperado da crise que se iniciou em 2008 e está longe da fase final. Ao comparar com outro período histórico é melhor esquecer o ano de 1929 e pensar em 1931.
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Como mencionado em post antigo, mas nem sempre reconhecido, os bancos com maior exposição à divida soberana grega são os franceses o que poderá ter sérias consequencias sobre a dinamica da crise na zona do euro. Um deles esta fazendo um tour pelo oriente médio a procura de cavaleiros brancos. Capitalização é necessária e urgente, mas não é novidade, o mesmo, alias, se aplica a avaliação de conhecida agencia sobre o estado de alguns bancos americanos. Dai o titulo do post de ontem, de fato não há novidade no nenhum front, apenas o desenvolvimento normal e esperado da crise que se iniciou em 2008 e está longe da fase final. Ao comparar com outro período histórico é melhor esquecer o ano de 1929 e pensar em 1931.
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quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Nada de novo em nenhum front...
Saiu a prévia do IPCA-15 de setembro: 0,53%; 12 meses encerrados em 15 de setembro: 7,33% . Será que o Bacen ainda vai insistir na sua equivocada tese sobre a inflação? Ah! devemos esperar por outubro, justo,..., mas ela dificilmente ficará dentro da meta em 2011. Não é impossível, apenas pouco provável.
Enquanto isto na zona do euro, novos e emocionantes capitulos da novela grega, com impactos previsiveis sobre a economia italiana, socorro do bacen local e resultado, também previsivel: situação econômica deverá deteriorar-se, mas mesmo assim ela receberá a prometida ajuda que será liberada somente no minuto final. A alternativa é simplesmente impensável e por isto mesmo não é realmente uma alternativa, já que produziria um resultado econômico, social e político ainda pior. Para os céticos vale lembrar que a unificação européia é um projeto essencialmente político, dai os inevitáveis problemas econômicos ao longo da sua jornada.
Enquanto isto na zona do euro, novos e emocionantes capitulos da novela grega, com impactos previsiveis sobre a economia italiana, socorro do bacen local e resultado, também previsivel: situação econômica deverá deteriorar-se, mas mesmo assim ela receberá a prometida ajuda que será liberada somente no minuto final. A alternativa é simplesmente impensável e por isto mesmo não é realmente uma alternativa, já que produziria um resultado econômico, social e político ainda pior. Para os céticos vale lembrar que a unificação européia é um projeto essencialmente político, dai os inevitáveis problemas econômicos ao longo da sua jornada.
terça-feira, 20 de setembro de 2011
What Is Naturalism?
Nem todo economista gosta ou tem interesse por filosofia e por isto, não raro, assume como defitivas, questões ainda sujeitas a forte controvérsia no ambito filosofico. O ótimo artigo do Timothy Williamson de Oxford discute uma delas, o naturalismo.
Many contemporary philosophers describe themselves as naturalists. They mean that they believe something like this: there is only the natural world, and the best way to find out about it is by the scientific method. I am sometimes described as a naturalist. Why do I resist the description? Not for any religious scruple: I am an atheist of the most straightforward kind. But accepting the naturalist slogan without looking beneath the slick packaging is an unscientific way to form one’s beliefs about the world, not something naturalists should recommend.
What, for a start, is the natural world? If we say it is the world of matter, or the world of atoms, we are left behind by modern physics, which characterizes the world in far more abstract terms. Anyway, the best current scientific theories will probably be superseded by future scientific developments. We might therefore define the natural world as whatever the scientific method eventually discovers. Thus naturalism becomes the belief that there is only whatever the scientific method eventually discovers, and (not surprisingly) the best way to find out about it is by the scientific method. That is no tautology. Why can’t there be things only discoverable by non-scientific means, or not discoverable at all?
Still, naturalism is not as restrictive as it sounds. For example, some of its hard-nosed advocates undertake to postulate a soul or a god, if doing so turns out to be part of the best explanation of our experience, for that would be an application of scientific method. Naturalism is not incompatible in principle with all forms of religion. In practice, however, most naturalists doubt that belief in souls or gods withstands scientific scrutiny.
What is meant by “the scientific method”? Why assume that science only has one method? For naturalists, although natural sciences like physics and biology differ from each other in specific ways, at a sufficiently abstract level they all count as using a single general method. It involves formulating theoretical hypotheses and testing their predictions against systematic observation and controlled experiment. This is called the hypothetico-deductive method.
One challenge to naturalism is to find a place for mathematics. Natural sciences rely on it, but should we count it a science in its own right? If we do, then the description of scientific method just given is wrong, for it does not fit the science of mathematics, which proves its results by pure reasoning, rather than the hypothetico-deductive method. Although a few naturalists, such as W.V. Quine, argued that the real evidence in favor of mathematics comes from its applications in the natural sciences, so indirectly from observation and experiment, that view does not fit the way the subject actually develops. When mathematicians assess a proposed new axiom, they look at its consequences within mathematics, not outside. On the other hand, if we do not count pure mathematics a science, we thereby exclude mathematical proof by itself from the scientific method, and so discredit naturalism. For naturalism privileges the scientific method over all others, and mathematics is one of the most spectacular success stories in the history of human knowledge.
Which other disciplines count as science? Logic? Linguistics? History? Literary theory? How should we decide? The dilemma for naturalists is this. If they are too inclusive in what they count as science, naturalism loses its bite. Naturalists typically criticize some traditional forms of philosophy as insufficiently scientific, because they ignore experimental tests. How can they maintain such objections unless they restrict scientific method to hypothetico-deductivism? But if they are too exclusive in what they count as science, naturalism loses its credibility, by imposing a method appropriate to natural science on areas where it is inappropriate. Unfortunately, rather than clarify the issue, many naturalists oscillate. When on the attack, they assume an exclusive understanding of science as hypothetico-deductive. When under attack themselves, they fall back on a more inclusive understanding of science that drastically waters down naturalism. Such maneuvering makes naturalism an obscure article of faith. I don’t call myself a naturalist because I don’t want to be implicated in equivocal dogma. Dismissing an idea as “inconsistent with naturalism” is little better than dismissing it as “inconsistent with Christianity.”
Still, I sympathize with one motive behind naturalism — the aspiration to think in a scientific spirit. It’s a vague phrase, but one might start to explain it by emphasizing values like curiosity, honesty, accuracy, precision and rigor. What matters isn’t paying lip-service to those qualities — that’s easy — but actually exemplifying them in practice — the hard part. We needn’t pretend that scientists’ motives are pure. They are human. Science doesn’t depend on indifference to fame, professional advancement, money, or comparisons with rivals. Rather, truth is best pursued in social environments, intellectual communities, that minimize conflict between such baser motives and the scientific spirit, by rewarding work that embodies the scientific virtues. Such traditions exist, and not just in natural science.
The scientific spirit is as relevant in mathematics, history, philosophy and elsewhere as in natural science. Where experimentation is the likeliest way to answer a question correctly, the scientific spirit calls for the experiments to be done; where other methods — mathematical proof, archival research, philosophical reasoning — are more relevant it calls for them instead. Although the methods of natural science could beneficially be applied more widely than they have been so far, the default assumption must be that the practitioners of a well-established discipline know what they are doing, and use the available methods most appropriate for answering its questions. Exceptions may result from a conservative tradition, or one that does not value the scientific spirit. Still, impatience with all methods except those of natural science is a poor basis on which to identify those exceptions.
Naturalism tries to condense the scientific spirit into a philosophical theory. But no theory can replace that spirit, for any theory can be applied in an unscientific spirit, as a polemical device to reinforce prejudice. Naturalism as dogma is one more enemy of the scientific spirit.
Timothy Williamson is the Wykeham Professor of Logic at Oxford University, a Fellow of the British Academy and a Foreign Honorary Member of the American Academy of Arts and Sciences. He has been a visiting professor at M.I.T. and Princeton. His books include “Vagueness” (1994), “Knowledge and its Limits” (2000) and “The Philosophy of Philosophy” (2007).
Fonte: NYtimes
Many contemporary philosophers describe themselves as naturalists. They mean that they believe something like this: there is only the natural world, and the best way to find out about it is by the scientific method. I am sometimes described as a naturalist. Why do I resist the description? Not for any religious scruple: I am an atheist of the most straightforward kind. But accepting the naturalist slogan without looking beneath the slick packaging is an unscientific way to form one’s beliefs about the world, not something naturalists should recommend.
What, for a start, is the natural world? If we say it is the world of matter, or the world of atoms, we are left behind by modern physics, which characterizes the world in far more abstract terms. Anyway, the best current scientific theories will probably be superseded by future scientific developments. We might therefore define the natural world as whatever the scientific method eventually discovers. Thus naturalism becomes the belief that there is only whatever the scientific method eventually discovers, and (not surprisingly) the best way to find out about it is by the scientific method. That is no tautology. Why can’t there be things only discoverable by non-scientific means, or not discoverable at all?
Still, naturalism is not as restrictive as it sounds. For example, some of its hard-nosed advocates undertake to postulate a soul or a god, if doing so turns out to be part of the best explanation of our experience, for that would be an application of scientific method. Naturalism is not incompatible in principle with all forms of religion. In practice, however, most naturalists doubt that belief in souls or gods withstands scientific scrutiny.
What is meant by “the scientific method”? Why assume that science only has one method? For naturalists, although natural sciences like physics and biology differ from each other in specific ways, at a sufficiently abstract level they all count as using a single general method. It involves formulating theoretical hypotheses and testing their predictions against systematic observation and controlled experiment. This is called the hypothetico-deductive method.
One challenge to naturalism is to find a place for mathematics. Natural sciences rely on it, but should we count it a science in its own right? If we do, then the description of scientific method just given is wrong, for it does not fit the science of mathematics, which proves its results by pure reasoning, rather than the hypothetico-deductive method. Although a few naturalists, such as W.V. Quine, argued that the real evidence in favor of mathematics comes from its applications in the natural sciences, so indirectly from observation and experiment, that view does not fit the way the subject actually develops. When mathematicians assess a proposed new axiom, they look at its consequences within mathematics, not outside. On the other hand, if we do not count pure mathematics a science, we thereby exclude mathematical proof by itself from the scientific method, and so discredit naturalism. For naturalism privileges the scientific method over all others, and mathematics is one of the most spectacular success stories in the history of human knowledge.
Which other disciplines count as science? Logic? Linguistics? History? Literary theory? How should we decide? The dilemma for naturalists is this. If they are too inclusive in what they count as science, naturalism loses its bite. Naturalists typically criticize some traditional forms of philosophy as insufficiently scientific, because they ignore experimental tests. How can they maintain such objections unless they restrict scientific method to hypothetico-deductivism? But if they are too exclusive in what they count as science, naturalism loses its credibility, by imposing a method appropriate to natural science on areas where it is inappropriate. Unfortunately, rather than clarify the issue, many naturalists oscillate. When on the attack, they assume an exclusive understanding of science as hypothetico-deductive. When under attack themselves, they fall back on a more inclusive understanding of science that drastically waters down naturalism. Such maneuvering makes naturalism an obscure article of faith. I don’t call myself a naturalist because I don’t want to be implicated in equivocal dogma. Dismissing an idea as “inconsistent with naturalism” is little better than dismissing it as “inconsistent with Christianity.”
Still, I sympathize with one motive behind naturalism — the aspiration to think in a scientific spirit. It’s a vague phrase, but one might start to explain it by emphasizing values like curiosity, honesty, accuracy, precision and rigor. What matters isn’t paying lip-service to those qualities — that’s easy — but actually exemplifying them in practice — the hard part. We needn’t pretend that scientists’ motives are pure. They are human. Science doesn’t depend on indifference to fame, professional advancement, money, or comparisons with rivals. Rather, truth is best pursued in social environments, intellectual communities, that minimize conflict between such baser motives and the scientific spirit, by rewarding work that embodies the scientific virtues. Such traditions exist, and not just in natural science.
The scientific spirit is as relevant in mathematics, history, philosophy and elsewhere as in natural science. Where experimentation is the likeliest way to answer a question correctly, the scientific spirit calls for the experiments to be done; where other methods — mathematical proof, archival research, philosophical reasoning — are more relevant it calls for them instead. Although the methods of natural science could beneficially be applied more widely than they have been so far, the default assumption must be that the practitioners of a well-established discipline know what they are doing, and use the available methods most appropriate for answering its questions. Exceptions may result from a conservative tradition, or one that does not value the scientific spirit. Still, impatience with all methods except those of natural science is a poor basis on which to identify those exceptions.
Naturalism tries to condense the scientific spirit into a philosophical theory. But no theory can replace that spirit, for any theory can be applied in an unscientific spirit, as a polemical device to reinforce prejudice. Naturalism as dogma is one more enemy of the scientific spirit.
Timothy Williamson is the Wykeham Professor of Logic at Oxford University, a Fellow of the British Academy and a Foreign Honorary Member of the American Academy of Arts and Sciences. He has been a visiting professor at M.I.T. and Princeton. His books include “Vagueness” (1994), “Knowledge and its Limits” (2000) and “The Philosophy of Philosophy” (2007).
Fonte: NYtimes
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Desindustrialização e o retorno do bruxo.
Ótimo artigo do Luiz Carlos Mendonça de Barros sobre a desindustrialição e o retorno ao poder do esforçado economista da ditadura militar.
Volto ao tema da desindustrialização que estaria ocorrendo no Brasil e que aparece com frequência na imprensa brasileira. Entende-se esse fenômeno como a redução estrutural da participação da indústria no PIB em função do crescimento das importações. O real forte seria o grande culpado segundo as lideranças empresariais e alguns membros do governo.
Em um primeiro momento o governo tentou enfraquecer o real via compras maciças de dólares no mercado de câmbio e a introdução de um IOF na entrada de recursos financeiros de curto prazo. Mais recentemente, atravessou uma fronteira perigosa - e que tinha sido evitada até agora - ao passar a cobrar o IOF nas operações de derivativos cambiais. Apesar de todas essas intervenções nossa moeda continua como uma das mais valorizadas no mundo emergente, o que tem provocado ranger de dentes em Brasília.
Na última quinta feira o governo resolveu ampliar sua intervenção e decretou um brutal aumento do imposto de importações de automóveis - mascarado por um novo IPI seletivo - na primeira medida direta para reduzir as pressões dos produtos importados. O primeiro alvo nesta nova escalada foi o setor automobilístico que sofre uma concorrência vigorosa de produtos importados. Certamente a influência política dos sindicatos dos metalúrgicos, principalmente do ABC, está por trás dessa escolha. Afinal eles conseguiram generosos aumentos na última rodada de dissídios coletivos e as empresas precisam de espaço para absorver, via preços, esse aumento de custo.
Outros setores da indústria de transformação a partir de agora vão demandar tratamento semelhante e corremos o risco - principalmente o cidadão consumidor - de uma rodada importante de fechamento via impostos de nossa economia, revertendo a tendência dos anos Lula.
O leitor do Valor sabe que não concordo com a análise simplista de que os problemas que enfrentamos hoje são criados, majoritariamente, pelas importações. Como escrevi em coluna recente neste jornal as causas são mais profundas e complexas e estão associadas às questões micro econômicas internas, como sistema tributário, regras salariais e custos de logística. Mas a medida do aumento diferenciado do IPI mostra que o governo resolveu agir de acordo com suas convicções e caminhar firme na direção da restrição direta às importações. E elas se aproximam muito da política do regime militar, quando Delfim Netto era ministro todo poderoso do governo. Aliás, fala-se muito hoje de sua volta ao centro das decisões econômicas no governo Dilma.
Vou me valer de dois ensinamentos que trago dos meus tempos de estudante de engenharia na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para continuar minhas reflexões sobre este tema. O primeiro deles, que aprendi com um professor de Física ainda no começo de meus estudos, diz que contra fatos concretos não há argumentos. Por isso, se entendemos a desindustrialização apenas como a redução da participação da atividade industrial no PIB brasileiro e, se olharmos para o passado longínquo do regime militar como período de referência, estamos diante de um fato inquestionável e assustador.
Nos estertores do regime militar a indústria chegou a representar, em termos nominais, 48% do PIB. Com o colapso do modelo da ditadura e a aceleração da inflação a partir da década dos oitenta do século passado a indústria chegou a 28% do PIB às vésperas do Plano Real. Com a estabilização da economia nos anos FHC tivemos uma pequena recuperação da indústria, que alcançou a marca de 30% do PIB na passagem do governo ao presidente Lula. Hoje essa relação voltou a cair e chegou a 26% do PIB no início do governo Dilma. Não por outra razão temos ainda saudosistas do período militar, quando as restrições draconianas às importações fizeram com que a indústria brasileira chegasse a representar quase metade do PIB. Esse número só foi atingido pela União Soviética na segunda metade do século passado, o que não me parece uma boa referência tanto econômica como política.
Mas a que custo foi conseguido esse resultado no Brasil? Quantos anos de sacrifício foram necessários para purgar os projetos industriais sem viabilidade que formaram a base desta estrutura industrial artificial? Vamos impor ao consumidor brasileiro novamente os custos de um sistema micro econômico ineficiente e impossível de ser mantido no mundo de hoje?
Por ter vivido intensamente esse período de ajustes - inclusive como diretor do Banco Central - é que me assustam esses movimentos recentes do governo. E trago aqui o segundo ensinamento dos meus anos de politécnico: "sem um entendimento correto das causas de um problema nunca chegaremos a sua solução".
E, no caso da perda de musculatura de nossa indústria, a forma como o governo e parte importante da liderança empresarial pretende enfrentar suas causas é um exemplo dessa armadilha. Restringir as importações pela imposição de novas barreiras tarifárias é não tratar das causas corretas além de interromper um caminho de integração de nossas cadeias produtivas que nos levam a uma economia mais eficiente.
Fonte: Valor
Volto ao tema da desindustrialização que estaria ocorrendo no Brasil e que aparece com frequência na imprensa brasileira. Entende-se esse fenômeno como a redução estrutural da participação da indústria no PIB em função do crescimento das importações. O real forte seria o grande culpado segundo as lideranças empresariais e alguns membros do governo.
Em um primeiro momento o governo tentou enfraquecer o real via compras maciças de dólares no mercado de câmbio e a introdução de um IOF na entrada de recursos financeiros de curto prazo. Mais recentemente, atravessou uma fronteira perigosa - e que tinha sido evitada até agora - ao passar a cobrar o IOF nas operações de derivativos cambiais. Apesar de todas essas intervenções nossa moeda continua como uma das mais valorizadas no mundo emergente, o que tem provocado ranger de dentes em Brasília.
Na última quinta feira o governo resolveu ampliar sua intervenção e decretou um brutal aumento do imposto de importações de automóveis - mascarado por um novo IPI seletivo - na primeira medida direta para reduzir as pressões dos produtos importados. O primeiro alvo nesta nova escalada foi o setor automobilístico que sofre uma concorrência vigorosa de produtos importados. Certamente a influência política dos sindicatos dos metalúrgicos, principalmente do ABC, está por trás dessa escolha. Afinal eles conseguiram generosos aumentos na última rodada de dissídios coletivos e as empresas precisam de espaço para absorver, via preços, esse aumento de custo.
Outros setores da indústria de transformação a partir de agora vão demandar tratamento semelhante e corremos o risco - principalmente o cidadão consumidor - de uma rodada importante de fechamento via impostos de nossa economia, revertendo a tendência dos anos Lula.
O leitor do Valor sabe que não concordo com a análise simplista de que os problemas que enfrentamos hoje são criados, majoritariamente, pelas importações. Como escrevi em coluna recente neste jornal as causas são mais profundas e complexas e estão associadas às questões micro econômicas internas, como sistema tributário, regras salariais e custos de logística. Mas a medida do aumento diferenciado do IPI mostra que o governo resolveu agir de acordo com suas convicções e caminhar firme na direção da restrição direta às importações. E elas se aproximam muito da política do regime militar, quando Delfim Netto era ministro todo poderoso do governo. Aliás, fala-se muito hoje de sua volta ao centro das decisões econômicas no governo Dilma.
Vou me valer de dois ensinamentos que trago dos meus tempos de estudante de engenharia na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para continuar minhas reflexões sobre este tema. O primeiro deles, que aprendi com um professor de Física ainda no começo de meus estudos, diz que contra fatos concretos não há argumentos. Por isso, se entendemos a desindustrialização apenas como a redução da participação da atividade industrial no PIB brasileiro e, se olharmos para o passado longínquo do regime militar como período de referência, estamos diante de um fato inquestionável e assustador.
Nos estertores do regime militar a indústria chegou a representar, em termos nominais, 48% do PIB. Com o colapso do modelo da ditadura e a aceleração da inflação a partir da década dos oitenta do século passado a indústria chegou a 28% do PIB às vésperas do Plano Real. Com a estabilização da economia nos anos FHC tivemos uma pequena recuperação da indústria, que alcançou a marca de 30% do PIB na passagem do governo ao presidente Lula. Hoje essa relação voltou a cair e chegou a 26% do PIB no início do governo Dilma. Não por outra razão temos ainda saudosistas do período militar, quando as restrições draconianas às importações fizeram com que a indústria brasileira chegasse a representar quase metade do PIB. Esse número só foi atingido pela União Soviética na segunda metade do século passado, o que não me parece uma boa referência tanto econômica como política.
Mas a que custo foi conseguido esse resultado no Brasil? Quantos anos de sacrifício foram necessários para purgar os projetos industriais sem viabilidade que formaram a base desta estrutura industrial artificial? Vamos impor ao consumidor brasileiro novamente os custos de um sistema micro econômico ineficiente e impossível de ser mantido no mundo de hoje?
Por ter vivido intensamente esse período de ajustes - inclusive como diretor do Banco Central - é que me assustam esses movimentos recentes do governo. E trago aqui o segundo ensinamento dos meus anos de politécnico: "sem um entendimento correto das causas de um problema nunca chegaremos a sua solução".
E, no caso da perda de musculatura de nossa indústria, a forma como o governo e parte importante da liderança empresarial pretende enfrentar suas causas é um exemplo dessa armadilha. Restringir as importações pela imposição de novas barreiras tarifárias é não tratar das causas corretas além de interromper um caminho de integração de nossas cadeias produtivas que nos levam a uma economia mais eficiente.
Fonte: Valor
domingo, 18 de setembro de 2011
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Liquidez
A decisão do Bacen de países importantes de garantir liquidez para os bancos é muito bem vinda, mas esta longe de ser a solução para os problemas na zona do euro. Esta requer o reconhecimento do inevitável defaut da Grecia e propostas efetivas para o day after: bancos e países que serão fortemente atingidos pelo evento. A insistência do governo alemão em negar a realidade, empurrar com a barriga e esperar por uma solução magica que sabidamente não existe é uma grande tolice que somente agrava o problema. Resta esperar que na reunião nesta sexta-feira, na Polonia, finalmente, seja formulada uma resposta adequada ao problema.
No grande bananão, a elevação do IPI, é mais um indicio que o famigerado nacional desenvolvimentismo esta renascendo das cinzas. Espero estar errado, já que seria o retorno de uma idéia fora de lugar.
No grande bananão, a elevação do IPI, é mais um indicio que o famigerado nacional desenvolvimentismo esta renascendo das cinzas. Espero estar errado, já que seria o retorno de uma idéia fora de lugar.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
A meta...
Segundo Vinicius Torres Freire do jornal da ditabranda o governo Dilma trabalha com uma meta de crescimento de 4%,
que "Economistas do governo dizem[...] é o crescimento necessário para que a arrecadação de tributos se mantenha num nível suficiente para manter as contas públicas em ordem", ou seja garantir o superavit fiscal ate 2014. A inflação aceitavel seria no máximo 6,5%. Ele tem razão quando afirma que a atual administração tem finalmente uma meta, mas é generoso quanto aos riscos inerentes à proposta de uma inflação com um teto em torno de 6,5%, haja vista a indexação ainda existente na economia brasileira e esquece de mencionar que crescer e descuidar da inflação é uma das tentações incontroláveis dos desenvolvimentistas, principalmente os da conhecida escola de sociologia econômica da grande são paulo. Economia nunca foi o forte desta turma, que se sente em casa somente com a subliteratura que lá se passa por economia. Paulo Francis realmente tinha razão....
que "Economistas do governo dizem[...] é o crescimento necessário para que a arrecadação de tributos se mantenha num nível suficiente para manter as contas públicas em ordem", ou seja garantir o superavit fiscal ate 2014. A inflação aceitavel seria no máximo 6,5%. Ele tem razão quando afirma que a atual administração tem finalmente uma meta, mas é generoso quanto aos riscos inerentes à proposta de uma inflação com um teto em torno de 6,5%, haja vista a indexação ainda existente na economia brasileira e esquece de mencionar que crescer e descuidar da inflação é uma das tentações incontroláveis dos desenvolvimentistas, principalmente os da conhecida escola de sociologia econômica da grande são paulo. Economia nunca foi o forte desta turma, que se sente em casa somente com a subliteratura que lá se passa por economia. Paulo Francis realmente tinha razão....
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Varejo
Enquanto a produção industrial patina, o varejo continua a apresentar uma boa performance, ampliando o gap entre o índice mensal de produção física e volume de vendas no varejo. Há varias explicações para esta evolução, merecendo destaque o desempenho das importações que comparado com a produção nacional, segundo o Valor de hoje, foi melhor em "18 de 20 setores da industria de transforamação no acumulado de janeiro a julho deste ano, em comparação com o mesmo período de 2010". Apenas confirma avaliação deste blogueiro: a desaceleração esta restrita a industria e não à economia como um tudo. É claro que a performance da indústria em algum momento vai rebater negativamente no resto da economia, mas não, necessariamente, com a força que vem sendo apregoads por alguns analistas. Naturalmente isto coloca em questão o futuro de alguns setores da indústria, assim como a questão de quais serão os setores lideres na nova etapa do desenvolvimento econômico brasileiro, para usar expressão do velho modelo do Rostow. Alias, este modelo esta implicito em boa parte da discussão sobre desindustrialização, malgrado a negativa de seus participantes.
Os dados do varejo, obviamente não são favoráveis a leitura criativa da conjuntura nacional defendida pelo Bacen, mas isto já era esperado, afinal foi uma decisão política e não técnica.
Os dados do varejo, obviamente não são favoráveis a leitura criativa da conjuntura nacional defendida pelo Bacen, mas isto já era esperado, afinal foi uma decisão política e não técnica.
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Zona do euro e o Imperio..
Merkel não gostou nada dos comentários de membros do seu governo e aliados sobre a possibilidade de um defaut organizado da Grecia. Eles simplesmente expressaram em público aquilo que já é quase um consenso: a inevitabiliade de alguma forma de defaut da divida grega. Ela, contudo, tem razão ao alertar que este tipo de comentário em nada ajuda a solucionar o problema e somente cria mais instabilidade no mercado. Resta, no entanto, o fato nada agradável que a opção empurrar com barriga, tão pouco é comportamento adequado, já que aumenta as incertezas e agrava, obviamente o cenário na zona do euro. Que falta faz um estadista neste momento de crise...
A fragilidade de alguns bancos franceses volta a ser lembrada, assim como as dificuldades dos italianos, que, aparentemente, estão recorrendo, ainda sem sucesso, ao novo cavaleiro branco: a China. Uma maior participação da China e dos emergentes na solução da crise da zona do euro é muito bem vindo, mas por enquanto ainda é apenas especulação.
Apesar de todos os problemas ainda acredito que uma solução para a zona do euro é possível e a situação por lá é menos complicada que a do Império.
A fragilidade de alguns bancos franceses volta a ser lembrada, assim como as dificuldades dos italianos, que, aparentemente, estão recorrendo, ainda sem sucesso, ao novo cavaleiro branco: a China. Uma maior participação da China e dos emergentes na solução da crise da zona do euro é muito bem vindo, mas por enquanto ainda é apenas especulação.
Apesar de todos os problemas ainda acredito que uma solução para a zona do euro é possível e a situação por lá é menos complicada que a do Império.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Quem diria o Bacen juntou-se a turma do quanto pior melhor
Dilma no fantastico, Tombini no valor, o governo esta na ofensiva, coincidentemente, depois da forte reação negativa ao corte precipitado da taxa de juros. O fato é que quando mais negam a interferência política e reafirmam a gravidade da crise econômica internacional e, principalmente, seu impacto sobre a economia brasileira , menos convincente torna-se a tese que nada mudou. Os indícios, contudo, são em sentido contrário: a crise econômica internacional é grave, mas não comparável a de 2008 e tão pouco a magnitude de seu impacto sobre a economia brasileira. A desaceleração esta restrita a industria, serviços continua em boa forma, os acordos salariais ainda generosos e o mercado de trabalho em pleno emprego. Resta ao Bacen juntar-se a turma do quanto pior melhor...
domingo, 11 de setembro de 2011
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Chairman Ben S. Bernanke At the Economic Club of Minnesota Luncheon, Minneapolis, Minnesota September 8, 2011
Leitura obrigatoria que pode indicar o que vem por ai..
The U.S. Economic Outlook
Good afternoon. I am delighted to be in the Twin Cities and would like to thank the Economic Club of Minnesota for inviting me to kick off its 2011-2012 speaker series. Today I will provide a brief overview of the U.S. economic outlook and conclude with a few thoughts on monetary policy and on the longer-term prospects for our economy.
The Outlook for U.S. Economic Growth
In discussing the prospects for the economy and for policy in the near term, it bears recalling briefly how we got here. The financial crisis that gripped global markets in 2008 and 2009 was more severe than any since the Great Depression. Economic policymakers around the world saw the mounting risks of a global financial meltdown in the fall of 2008 and understood the extraordinarily dire economic consequences that such an event could have. Governments and central banks consequently worked forcefully and in close coordination to avert the looming collapse. The actions to stabilize the financial system were accompanied, both in the United States and abroad, by substantial monetary and fiscal stimulus. Despite these strong and concerted efforts, severe damage to the global economy could not be avoided. The freezing of credit, the sharp drops in asset prices, dysfunction in financial markets, and the resulting blows to confidence sent global production and trade into free fall in late 2008 and early 2009.
It has been almost exactly three years since the beginning of the most intense phase of the financial crisis, in the late summer and fall of 2008, and a bit more than two years since the official beginning of the economic recovery, in June 2009, as determined by the National Bureau of Economic Research's Business Cycle Dating Committee. Where do we stand? There have been some positive developments over the past few years. In the financial sphere, our banking system and financial markets are significantly stronger and more stable. Credit availability has improved for many borrowers, though it remains tight in categories--such as small business lending--in which the balance sheets and income prospects of potential borrowers remain impaired. Importantly, given the sources of the crisis, structural reform is moving forward in the financial sector, with ambitious domestic and international efforts under way to enhance financial regulation and supervision, especially for the largest and systemically most important financial institutions.
Nevertheless, it is clear that the recovery from the crisis has been much less robust than we had hoped. From recent comprehensive revisions of government economic data, we have learned that the recession was even deeper and the recovery weaker than we had previously thought; indeed, aggregate output in the United States still has not returned to the level that it had attained before the crisis. Importantly, economic growth over the past two years has, for the most part, been at rates insufficient to achieve sustained reductions in the unemployment rate, which has recently been fluctuating a bit above 9 percent.
The pattern of sluggish economic growth was particularly evident in the first half of this year, with real gross domestic product (GDP) estimated to have increased at an annual rate of less than 1 percent, on average, in the first and second quarters. Some of this weakness can be attributed to temporary factors, including the strains put on consumer and business budgets by the run-ups earlier this year in the prices of oil and other commodities and the effects of the disaster in Japan on global supply chains and production. Accordingly, with commodity prices coming off their highs and manufacturers' problems with supply chains well along toward resolution, growth in the second half looks likely to pick up. However, the incoming data suggest that other, more persistent factors also have been holding back the recovery. Consequently, as noted in its statement following the August meeting, the Federal Open Market Committee (FOMC) now expects a somewhat slower pace of recovery over coming quarters than it did at the time of the June meeting, with greater downside risks to the economic outlook.
One striking aspect of the recovery is the unusual weakness in household spending. After contracting very sharply during the recession, consumer spending expanded moderately through 2010, only to decelerate in the first half of 2011. The temporary factors I mentioned earlier--the rise in commodity prices, which has hurt households' purchasing power, and the disruption in manufacturing following the Japanese disaster, which reduced auto availability and hence sales--are partial explanations for this deceleration. But households are struggling with other important headwinds as well, including the persistently high level of unemployment, slow gains in wages for those who remain employed, falling house prices, and debt burdens that remain high for many, notwithstanding that households, in the aggregate, have been saving more and borrowing less. Even taking into account the many financial pressures they face, households seem exceptionally cautious. Indeed, readings on consumer confidence have fallen substantially in recent months as people have become more pessimistic about both economic conditions and their own financial prospects.
Compared with the household sector, the business sector generally presents a more upbeat picture. Manufacturing production has risen nearly 15 percent since its trough, driven importantly by growth in exports. Indeed, the U.S. trade deficit has narrowed substantially relative to where it was before the crisis, reflecting in part the improved competitiveness of U.S. goods and services. Business investment in equipment and software has also continued to expand. Corporate balance sheets are healthy, and although corporate bond markets have tightened somewhat of late, companies with access to the bond markets have generally had little difficulty obtaining credit on favorable terms. But problems are evident in the business sector as well: Business investment in nonresidential structures, such as office buildings, factories, and shopping malls, has remained at a low level, held back by elevated vacancy rates at existing properties and difficulties, in some cases, in obtaining construction loans. Also, some business surveys, including those conducted by the Federal Reserve System, point to weaker conditions recently, with businesses reporting slower growth in production, new orders, and employment.
Why has this recovery been so slow and erratic? Historically, recessions have tended to sow the seeds of their own recoveries as reduced spending on investment, housing, and consumer durables generates pent-up demand. As the business cycle bottoms out and confidence returns, this pent-up demand, often augmented by the effects of stimulative monetary and fiscal policies, is met through increased production and hiring. Increased production in turn boosts business revenues and increased hiring raises household incomes--providing further impetus to business and household spending. Improving income prospects and balance sheets also make households and businesses more creditworthy, and financial institutions become more willing to lend. Normally, these developments create a virtuous circle of rising incomes and profits, more-supportive financial and credit conditions, and lower uncertainty, allowing the process of recovery to develop momentum.
These restorative forces are at work today, and they will continue to promote recovery over time. Unfortunately, the recession, besides being extraordinarily severe as well as global in scope, was also unusual in being associated with both a very deep slump in the housing market and a historic financial crisis. These two features of the downturn, individually and in combination, have acted to slow the natural recovery process.
Notably, the housing sector has been a significant driver of recovery from most recessions in the United States since World War II, but this time--with an overhang of distressed and foreclosed properties, tight credit conditions for builders and potential homebuyers, and ongoing concerns by both potential borrowers and lenders about continued house price declines--the rate of new home construction has remained at less than one-third of its pre-crisis peak. Depressed construction also has hurt providers of a wide range of goods and services related to housing and homebuilding, such as the household appliance and home furnishing industries. Moreover, even as tight credit for builders and potential homebuyers has been one of the factors restraining the housing recovery, the weak housing market has in turn adversely affected financial markets and the flow of credit. For example, the sharp declines in house prices in some areas have left many homeowners "underwater" on their mortgages, creating financial hardship for households and, through their effects on rates of mortgage delinquency and default, stress for financial institutions as well.
As I noted, the financial crisis of 2008 and 2009 played a central role in sparking the global recession. A great deal has been and continues to be done to address the causes and effects of the crisis, including extensive financial reforms. However, although banking and financial conditions in the United States have improved significantly since the depths of the crisis, financial stress continues to be a significant drag on the recovery, both here and abroad. This drag has become particularly evident in recent months, as bouts of sharp volatility and risk aversion in markets have reemerged in reaction to concerns about European sovereign debts and related strains as well as developments associated with the U.S. fiscal situation, including last month's downgrade of the U.S. long-term credit rating by one of the major ratings agencies and the recent controversy surrounding the raising of the U.S. federal debt ceiling. It is difficult to judge how much these events and the associated financial volatility have affected economic activity thus far, but there seems little doubt that they have hurt household and business confidence, and that they pose ongoing risks to growth.
While the weakness of the housing sector and continued financial volatility are two key reasons for the frustratingly slow pace of the recovery, other factors also may restrain growth in coming quarters. For example, state and local governments continue to tighten their belts by cutting spending and reducing payrolls in the face of ongoing budgetary pressures, and federal fiscal stimulus is being withdrawn. There is ample room for debate about the appropriate size and role for the government in the longer term, but--in the absence of adequate demand from the private sector--a substantial fiscal consolidation in the shorter term could add to the headwinds facing economic growth and hiring.
The prospect of an increasing fiscal drag on the economy in the face of an already sluggish recovery highlights one of the many difficult tradeoffs currently faced by fiscal policymakers. As I have emphasized on previous occasions, without significant policy changes to address the increasing fiscal burdens that will be associated with the aging of the population and the ongoing rise in health-care costs, the finances of the federal government will spiral out of control in coming decades, risking severe economic and financial damage. But, while prompt and decisive action to put the federal government's finances on a sustainable trajectory is urgently needed, fiscal policymakers should not, as a consequence, disregard the fragility of the economic recovery. Fortunately, the two goals--achieving fiscal sustainability, which is the result of responsible policies set in place for the longer term, and avoiding creation of fiscal headwinds for the recovery--are not incompatible. Acting now to put in place a credible plan for reducing future deficits over the long term, while being attentive to the implications of fiscal choices for the recovery in the near term, can help serve both objectives.
The Outlook for Inflation
Let me turn now from the outlook for growth to the outlook for inflation. Prices of many commodities, notably oil, increased sharply earlier this year. Higher gasoline and food prices translated directly into increased inflation for consumers, and in some cases producers of other goods and services were able to pass through their higher costs to their customers as well. In addition, the global supply disruptions associated with the disaster in Japan put upward pressure on motor vehicle prices. As a result of these influences, inflation picked up significantly; over the first half of this year, the price index for personal consumption expenditures rose at an annual rate of about 3-1/2 percent, compared with an average of less than 1-1/2 percent over the preceding two years.
However, inflation is expected to moderate in the coming quarters as these transitory influences wane. In particular, the prices of oil and many other commodities have either leveled off or have come down from their highs. Meanwhile, the step-up in automobile production should reduce pressure on car prices. Importantly, we see little indication that the higher rate of inflation experienced so far this year has become ingrained in the economy. Longer-term inflation expectations have remained stable according to the indicators we monitor, such as the measure of households' longer-term expectations from the Thompson Reuters/University of Michigan survey, the 10-year inflation projections of professional forecasters, and the five-year-forward measure of inflation compensation derived from yields of inflation-protected Treasury securities. In addition to the stability of longer-term inflation expectations, the substantial amount of resource slack that exists in U.S. labor and product markets should continue to have a moderating influence on inflationary pressures. Notably, because of ongoing weakness in labor demand over the course of the recovery, nominal wage increases have been roughly offset by productivity gains, leaving the level of unit labor costs close to where it had stood at the onset of the recession. Given the large share of labor costs in the production costs of most firms, subdued unit labor costs should be an important restraining influence on inflation.
Monetary Policy
Although the FOMC expects a moderate recovery to continue and indeed to strengthen over time, the Committee has responded to recent developments--as I have already noted--by marking down its outlook for economic growth over coming quarters. The Committee also continues to anticipate that inflation will moderate over time, to a rate at or below the 2 percent or a bit less that most FOMC participants consider to be consistent with the Committee's dual mandate to promote maximum employment and price stability.
Given this outlook, the Committee decided at its August meeting to provide more specific forward guidance about its expectations for the future path of the federal funds rate. In particular, the statement following the meeting indicated that economic conditions--including low rates of resource utilization and a subdued outlook for inflation over the medium run--are likely to warrant exceptionally low levels for the federal funds rate at least through mid-2013. That is, in what the Committee judges to be the most likely scenarios for resource utilization and inflation in the medium term, the target for the federal funds rate would be held at its current low level for at least two more years.
In addition to refining our forward guidance, the Federal Reserve has a range of tools that could be used to provide additional monetary stimulus. We discussed the relative merits and costs of such tools at our August meeting. My FOMC colleagues and I will continue to consider those and other pertinent issues, including, of course, economic and financial developments, at our meeting in September and are prepared to employ these tools as appropriate to promote a stronger economic recovery in a context of price stability.
Conclusion
Let me conclude with just a few words on the longer-term prospects for our economy. As monetary and fiscal policymakers consider the appropriate policies to address the economy's current weaknesses, it is important to acknowledge its enduring strengths. Notwithstanding the trauma of the crisis and the recession, the U.S. economy remains the largest in the world, with a highly diverse mix of industries and a degree of international competitiveness that, if anything, has improved in recent years. Our economy retains its traditional advantages of a strong market orientation, a robust entrepreneurial culture, and flexible capital and labor markets. And our country remains a technological leader, with many of the world's leading research universities and the highest spending on research and development of any nation. Thus I do not expect the long-run growth potential of the U.S. economy to be materially affected by the financial crisis and the recession if--and I stress if--our country takes the necessary steps to secure that outcome. Economic policymakers face a range of difficult decisions, and every household and business must cope with the stresses and uncertainties that our current situation presents. These are not easy tasks. I have no doubt, however, that those challenges can be met, and that the fundamental strengths of our economy will ultimately reassert themselves. The Federal Reserve will certainly do all that it can to help restore high rates of growth and employment in a context of price stability.
Fonte: FED
The U.S. Economic Outlook
Good afternoon. I am delighted to be in the Twin Cities and would like to thank the Economic Club of Minnesota for inviting me to kick off its 2011-2012 speaker series. Today I will provide a brief overview of the U.S. economic outlook and conclude with a few thoughts on monetary policy and on the longer-term prospects for our economy.
The Outlook for U.S. Economic Growth
In discussing the prospects for the economy and for policy in the near term, it bears recalling briefly how we got here. The financial crisis that gripped global markets in 2008 and 2009 was more severe than any since the Great Depression. Economic policymakers around the world saw the mounting risks of a global financial meltdown in the fall of 2008 and understood the extraordinarily dire economic consequences that such an event could have. Governments and central banks consequently worked forcefully and in close coordination to avert the looming collapse. The actions to stabilize the financial system were accompanied, both in the United States and abroad, by substantial monetary and fiscal stimulus. Despite these strong and concerted efforts, severe damage to the global economy could not be avoided. The freezing of credit, the sharp drops in asset prices, dysfunction in financial markets, and the resulting blows to confidence sent global production and trade into free fall in late 2008 and early 2009.
It has been almost exactly three years since the beginning of the most intense phase of the financial crisis, in the late summer and fall of 2008, and a bit more than two years since the official beginning of the economic recovery, in June 2009, as determined by the National Bureau of Economic Research's Business Cycle Dating Committee. Where do we stand? There have been some positive developments over the past few years. In the financial sphere, our banking system and financial markets are significantly stronger and more stable. Credit availability has improved for many borrowers, though it remains tight in categories--such as small business lending--in which the balance sheets and income prospects of potential borrowers remain impaired. Importantly, given the sources of the crisis, structural reform is moving forward in the financial sector, with ambitious domestic and international efforts under way to enhance financial regulation and supervision, especially for the largest and systemically most important financial institutions.
Nevertheless, it is clear that the recovery from the crisis has been much less robust than we had hoped. From recent comprehensive revisions of government economic data, we have learned that the recession was even deeper and the recovery weaker than we had previously thought; indeed, aggregate output in the United States still has not returned to the level that it had attained before the crisis. Importantly, economic growth over the past two years has, for the most part, been at rates insufficient to achieve sustained reductions in the unemployment rate, which has recently been fluctuating a bit above 9 percent.
The pattern of sluggish economic growth was particularly evident in the first half of this year, with real gross domestic product (GDP) estimated to have increased at an annual rate of less than 1 percent, on average, in the first and second quarters. Some of this weakness can be attributed to temporary factors, including the strains put on consumer and business budgets by the run-ups earlier this year in the prices of oil and other commodities and the effects of the disaster in Japan on global supply chains and production. Accordingly, with commodity prices coming off their highs and manufacturers' problems with supply chains well along toward resolution, growth in the second half looks likely to pick up. However, the incoming data suggest that other, more persistent factors also have been holding back the recovery. Consequently, as noted in its statement following the August meeting, the Federal Open Market Committee (FOMC) now expects a somewhat slower pace of recovery over coming quarters than it did at the time of the June meeting, with greater downside risks to the economic outlook.
One striking aspect of the recovery is the unusual weakness in household spending. After contracting very sharply during the recession, consumer spending expanded moderately through 2010, only to decelerate in the first half of 2011. The temporary factors I mentioned earlier--the rise in commodity prices, which has hurt households' purchasing power, and the disruption in manufacturing following the Japanese disaster, which reduced auto availability and hence sales--are partial explanations for this deceleration. But households are struggling with other important headwinds as well, including the persistently high level of unemployment, slow gains in wages for those who remain employed, falling house prices, and debt burdens that remain high for many, notwithstanding that households, in the aggregate, have been saving more and borrowing less. Even taking into account the many financial pressures they face, households seem exceptionally cautious. Indeed, readings on consumer confidence have fallen substantially in recent months as people have become more pessimistic about both economic conditions and their own financial prospects.
Compared with the household sector, the business sector generally presents a more upbeat picture. Manufacturing production has risen nearly 15 percent since its trough, driven importantly by growth in exports. Indeed, the U.S. trade deficit has narrowed substantially relative to where it was before the crisis, reflecting in part the improved competitiveness of U.S. goods and services. Business investment in equipment and software has also continued to expand. Corporate balance sheets are healthy, and although corporate bond markets have tightened somewhat of late, companies with access to the bond markets have generally had little difficulty obtaining credit on favorable terms. But problems are evident in the business sector as well: Business investment in nonresidential structures, such as office buildings, factories, and shopping malls, has remained at a low level, held back by elevated vacancy rates at existing properties and difficulties, in some cases, in obtaining construction loans. Also, some business surveys, including those conducted by the Federal Reserve System, point to weaker conditions recently, with businesses reporting slower growth in production, new orders, and employment.
Why has this recovery been so slow and erratic? Historically, recessions have tended to sow the seeds of their own recoveries as reduced spending on investment, housing, and consumer durables generates pent-up demand. As the business cycle bottoms out and confidence returns, this pent-up demand, often augmented by the effects of stimulative monetary and fiscal policies, is met through increased production and hiring. Increased production in turn boosts business revenues and increased hiring raises household incomes--providing further impetus to business and household spending. Improving income prospects and balance sheets also make households and businesses more creditworthy, and financial institutions become more willing to lend. Normally, these developments create a virtuous circle of rising incomes and profits, more-supportive financial and credit conditions, and lower uncertainty, allowing the process of recovery to develop momentum.
These restorative forces are at work today, and they will continue to promote recovery over time. Unfortunately, the recession, besides being extraordinarily severe as well as global in scope, was also unusual in being associated with both a very deep slump in the housing market and a historic financial crisis. These two features of the downturn, individually and in combination, have acted to slow the natural recovery process.
Notably, the housing sector has been a significant driver of recovery from most recessions in the United States since World War II, but this time--with an overhang of distressed and foreclosed properties, tight credit conditions for builders and potential homebuyers, and ongoing concerns by both potential borrowers and lenders about continued house price declines--the rate of new home construction has remained at less than one-third of its pre-crisis peak. Depressed construction also has hurt providers of a wide range of goods and services related to housing and homebuilding, such as the household appliance and home furnishing industries. Moreover, even as tight credit for builders and potential homebuyers has been one of the factors restraining the housing recovery, the weak housing market has in turn adversely affected financial markets and the flow of credit. For example, the sharp declines in house prices in some areas have left many homeowners "underwater" on their mortgages, creating financial hardship for households and, through their effects on rates of mortgage delinquency and default, stress for financial institutions as well.
As I noted, the financial crisis of 2008 and 2009 played a central role in sparking the global recession. A great deal has been and continues to be done to address the causes and effects of the crisis, including extensive financial reforms. However, although banking and financial conditions in the United States have improved significantly since the depths of the crisis, financial stress continues to be a significant drag on the recovery, both here and abroad. This drag has become particularly evident in recent months, as bouts of sharp volatility and risk aversion in markets have reemerged in reaction to concerns about European sovereign debts and related strains as well as developments associated with the U.S. fiscal situation, including last month's downgrade of the U.S. long-term credit rating by one of the major ratings agencies and the recent controversy surrounding the raising of the U.S. federal debt ceiling. It is difficult to judge how much these events and the associated financial volatility have affected economic activity thus far, but there seems little doubt that they have hurt household and business confidence, and that they pose ongoing risks to growth.
While the weakness of the housing sector and continued financial volatility are two key reasons for the frustratingly slow pace of the recovery, other factors also may restrain growth in coming quarters. For example, state and local governments continue to tighten their belts by cutting spending and reducing payrolls in the face of ongoing budgetary pressures, and federal fiscal stimulus is being withdrawn. There is ample room for debate about the appropriate size and role for the government in the longer term, but--in the absence of adequate demand from the private sector--a substantial fiscal consolidation in the shorter term could add to the headwinds facing economic growth and hiring.
The prospect of an increasing fiscal drag on the economy in the face of an already sluggish recovery highlights one of the many difficult tradeoffs currently faced by fiscal policymakers. As I have emphasized on previous occasions, without significant policy changes to address the increasing fiscal burdens that will be associated with the aging of the population and the ongoing rise in health-care costs, the finances of the federal government will spiral out of control in coming decades, risking severe economic and financial damage. But, while prompt and decisive action to put the federal government's finances on a sustainable trajectory is urgently needed, fiscal policymakers should not, as a consequence, disregard the fragility of the economic recovery. Fortunately, the two goals--achieving fiscal sustainability, which is the result of responsible policies set in place for the longer term, and avoiding creation of fiscal headwinds for the recovery--are not incompatible. Acting now to put in place a credible plan for reducing future deficits over the long term, while being attentive to the implications of fiscal choices for the recovery in the near term, can help serve both objectives.
The Outlook for Inflation
Let me turn now from the outlook for growth to the outlook for inflation. Prices of many commodities, notably oil, increased sharply earlier this year. Higher gasoline and food prices translated directly into increased inflation for consumers, and in some cases producers of other goods and services were able to pass through their higher costs to their customers as well. In addition, the global supply disruptions associated with the disaster in Japan put upward pressure on motor vehicle prices. As a result of these influences, inflation picked up significantly; over the first half of this year, the price index for personal consumption expenditures rose at an annual rate of about 3-1/2 percent, compared with an average of less than 1-1/2 percent over the preceding two years.
However, inflation is expected to moderate in the coming quarters as these transitory influences wane. In particular, the prices of oil and many other commodities have either leveled off or have come down from their highs. Meanwhile, the step-up in automobile production should reduce pressure on car prices. Importantly, we see little indication that the higher rate of inflation experienced so far this year has become ingrained in the economy. Longer-term inflation expectations have remained stable according to the indicators we monitor, such as the measure of households' longer-term expectations from the Thompson Reuters/University of Michigan survey, the 10-year inflation projections of professional forecasters, and the five-year-forward measure of inflation compensation derived from yields of inflation-protected Treasury securities. In addition to the stability of longer-term inflation expectations, the substantial amount of resource slack that exists in U.S. labor and product markets should continue to have a moderating influence on inflationary pressures. Notably, because of ongoing weakness in labor demand over the course of the recovery, nominal wage increases have been roughly offset by productivity gains, leaving the level of unit labor costs close to where it had stood at the onset of the recession. Given the large share of labor costs in the production costs of most firms, subdued unit labor costs should be an important restraining influence on inflation.
Monetary Policy
Although the FOMC expects a moderate recovery to continue and indeed to strengthen over time, the Committee has responded to recent developments--as I have already noted--by marking down its outlook for economic growth over coming quarters. The Committee also continues to anticipate that inflation will moderate over time, to a rate at or below the 2 percent or a bit less that most FOMC participants consider to be consistent with the Committee's dual mandate to promote maximum employment and price stability.
Given this outlook, the Committee decided at its August meeting to provide more specific forward guidance about its expectations for the future path of the federal funds rate. In particular, the statement following the meeting indicated that economic conditions--including low rates of resource utilization and a subdued outlook for inflation over the medium run--are likely to warrant exceptionally low levels for the federal funds rate at least through mid-2013. That is, in what the Committee judges to be the most likely scenarios for resource utilization and inflation in the medium term, the target for the federal funds rate would be held at its current low level for at least two more years.
In addition to refining our forward guidance, the Federal Reserve has a range of tools that could be used to provide additional monetary stimulus. We discussed the relative merits and costs of such tools at our August meeting. My FOMC colleagues and I will continue to consider those and other pertinent issues, including, of course, economic and financial developments, at our meeting in September and are prepared to employ these tools as appropriate to promote a stronger economic recovery in a context of price stability.
Conclusion
Let me conclude with just a few words on the longer-term prospects for our economy. As monetary and fiscal policymakers consider the appropriate policies to address the economy's current weaknesses, it is important to acknowledge its enduring strengths. Notwithstanding the trauma of the crisis and the recession, the U.S. economy remains the largest in the world, with a highly diverse mix of industries and a degree of international competitiveness that, if anything, has improved in recent years. Our economy retains its traditional advantages of a strong market orientation, a robust entrepreneurial culture, and flexible capital and labor markets. And our country remains a technological leader, with many of the world's leading research universities and the highest spending on research and development of any nation. Thus I do not expect the long-run growth potential of the U.S. economy to be materially affected by the financial crisis and the recession if--and I stress if--our country takes the necessary steps to secure that outcome. Economic policymakers face a range of difficult decisions, and every household and business must cope with the stresses and uncertainties that our current situation presents. These are not easy tasks. I have no doubt, however, that those challenges can be met, and that the fundamental strengths of our economy will ultimately reassert themselves. The Federal Reserve will certainly do all that it can to help restore high rates of growth and employment in a context of price stability.
Fonte: FED
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
terça-feira, 6 de setembro de 2011
João Sabóia e o mercado de trabalho brasileiro
O esforçado economista da ditadura e novo darling da "esquerda" de memoria curta, subiu nas tamancas, em artigo, no Valor, em defesa da decisão equivocada do Bacen da semana passada. Já apresentamos os argumentamos contrários e não me parece ser o caso de repeti-los novamente. Vale, no entanto, ler o artigo de um dos melhore economistas do trabalho, João Sabóia, publicado hoje no jornal da ditabranda.
Há muitos anos o mercado de trabalho no Brasil não mostrava indicadores tão favoráveis. O país passa por uma situação nova, levando alguns a afirmar que estaríamos vivendo praticamente a situação de "pleno emprego".
Vejamos: a taxa de desemprego vem caindo desde 2004. Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, em julho deste ano atingiu 6%, menor valor para o mês desde o início da série.
O emprego com carteira assinada não para de crescer, com mais de 1,4 milhão de empregos gerados em 2011 até julho, conforme o Caged.
O rendimento médio dos trabalhadores mantém-se em alta, com aumento de 4% nos últimos 12 meses. A combinação de crescimento do emprego e dos salários representou um aumento de 6% na massa total de rendimentos nas seis regiões metropolitanas cobertas pela PME do IBGE.
É verdade que tem havido alguns sinais desaquecimento da economia. Os dados divulgados pelo IBGE (sobre o PIB) são sintomáticos, sobretudo no setor industrial.
De qualquer forma, não deve ser esquecido que o terceiro trimestre é aquele em que a economia costuma se encontrar no auge.
Por outro lado, o pagamento do 13° salário e as festas natalinas favorecem o mercado de trabalho nos últimos meses ano. Portanto, não será surpresa se em dezembro a taxa de desemprego cair para algo próximo a 5%, como ocorrido em 2010.
Finalmente, cabe lembrar que o próximo ano começará com um vigoroso reajuste para o salário mínimo, que deverá atingir cerca de R$ 620.
Dentro dessa conjuntura, as perspectivas para novos aumentos reais nos rendimentos dos trabalhadores parecem positivas e devem favorecer as negociações salariais até o final do ano. Eventualmente os trabalhadores da indústria poderão encontrar mais dificuldades para obter ganhos mais favoráveis por conta da desaceleração.
As dúvidas ficam para 2012, na dependência do que vai ocorrer com a economia.
João Sabóia é professor titular do Instituto de Economia da UFRJ
Fonte: FSP
Há muitos anos o mercado de trabalho no Brasil não mostrava indicadores tão favoráveis. O país passa por uma situação nova, levando alguns a afirmar que estaríamos vivendo praticamente a situação de "pleno emprego".
Vejamos: a taxa de desemprego vem caindo desde 2004. Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, em julho deste ano atingiu 6%, menor valor para o mês desde o início da série.
O emprego com carteira assinada não para de crescer, com mais de 1,4 milhão de empregos gerados em 2011 até julho, conforme o Caged.
O rendimento médio dos trabalhadores mantém-se em alta, com aumento de 4% nos últimos 12 meses. A combinação de crescimento do emprego e dos salários representou um aumento de 6% na massa total de rendimentos nas seis regiões metropolitanas cobertas pela PME do IBGE.
É verdade que tem havido alguns sinais desaquecimento da economia. Os dados divulgados pelo IBGE (sobre o PIB) são sintomáticos, sobretudo no setor industrial.
De qualquer forma, não deve ser esquecido que o terceiro trimestre é aquele em que a economia costuma se encontrar no auge.
Por outro lado, o pagamento do 13° salário e as festas natalinas favorecem o mercado de trabalho nos últimos meses ano. Portanto, não será surpresa se em dezembro a taxa de desemprego cair para algo próximo a 5%, como ocorrido em 2010.
Finalmente, cabe lembrar que o próximo ano começará com um vigoroso reajuste para o salário mínimo, que deverá atingir cerca de R$ 620.
Dentro dessa conjuntura, as perspectivas para novos aumentos reais nos rendimentos dos trabalhadores parecem positivas e devem favorecer as negociações salariais até o final do ano. Eventualmente os trabalhadores da indústria poderão encontrar mais dificuldades para obter ganhos mais favoráveis por conta da desaceleração.
As dúvidas ficam para 2012, na dependência do que vai ocorrer com a economia.
João Sabóia é professor titular do Instituto de Economia da UFRJ
Fonte: FSP
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Mais emoções na zona do euro...
Segunda feira tipica atipica devido ao feriado americano e ao brasileiro de quarta-feira. Na zona do euro aumentou o medo em relação a saúde dos seus bancos e, também, da economia italiana e da grega. No caso dos bancos é noticia velha, mas requentada com a declaração do Josef Ackermann do Deustch Bank “It is obvious, not to say a truism, that many European banks would not cope with writing down the government bonds held in the banking book to market value”.
No caso da Grecia a queda, previsivel, do PIB devido ao pacote econômico para tira-la do buraco - ironicamente - é prenuncio de problemas à vista. No caso da Italia, o aumento no yeld do título de 10 anos, apesar da intervenção da autoridade da zona do euro, é resultado da conhecida falta de seriedade em questões fiscais da elite política italiana. A lipoaspiração na proposta de ajuste fiscal em curso por obra da triste figura na Presidência do Conselho de Ministro - mencionada e outro post - adiciona mais emoções na já emocionante, pra não dizer tragica, cena econômica da zona do euro. O defaut da Grecia, várias vezes postergado, é mais uma vez uma possibilidade real a depender somente do conhecido cavaleiro branco teutonico..
Cenário complicado, sem dúvida, e música agradável, curiosamente, aos ouvidos do Bacen que torce pelo quanto pior melhor na cena internacional, para não ter que reconhecer que reduzir o juro foi uma decisão precipitada e sem nenhuma justificativa, exceto o servilismo e coluna flexivel.
No caso da Grecia a queda, previsivel, do PIB devido ao pacote econômico para tira-la do buraco - ironicamente - é prenuncio de problemas à vista. No caso da Italia, o aumento no yeld do título de 10 anos, apesar da intervenção da autoridade da zona do euro, é resultado da conhecida falta de seriedade em questões fiscais da elite política italiana. A lipoaspiração na proposta de ajuste fiscal em curso por obra da triste figura na Presidência do Conselho de Ministro - mencionada e outro post - adiciona mais emoções na já emocionante, pra não dizer tragica, cena econômica da zona do euro. O defaut da Grecia, várias vezes postergado, é mais uma vez uma possibilidade real a depender somente do conhecido cavaleiro branco teutonico..
Cenário complicado, sem dúvida, e música agradável, curiosamente, aos ouvidos do Bacen que torce pelo quanto pior melhor na cena internacional, para não ter que reconhecer que reduzir o juro foi uma decisão precipitada e sem nenhuma justificativa, exceto o servilismo e coluna flexivel.
domingo, 4 de setembro de 2011
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
O imperio derrete...
Como mencionado em outros posts, a economia do Imperio vai de mal a pior. Os dados divulgados nesta sexta feira, mais uma vez confirmam a avaliação deste blogueiro: taxa de desemprego estacionado em 9,1% ; criação de emprego bem abaixo do esperado, assim como a revisão para baixo dos números de junho e julho e queda do rendimento médio por hora. Um Q3 é praticamente inevitável, ainda que insuficiente para reverter a malaise da economia do primo rico.
Algum espertinho poderia argumentar que estes dados, assim como o o PIB justificariam a decisão do Bacen. Não acredito ser o caso: a fragilidade da economia mundial é um fato, mas longe da profundidade e gravidade necessárias para causar grande estragos à economia brasileira. Quanto a PIB, como é bem conhecido a desaceleração ocorre na industria e é explicada pela perda de competitividade devido ao câmbio e, principalmente, a baixa produtividade. Jogar o juro para baixo poderá ajudar no câmbio, mas não resolve o problema estrutural destes setores da industria que ainda são pouco eficientes.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
O Bacen errou feio...
Finalmente foi apresentada a famosa obra de ficção, também conhecida como orçamento, para 2012 com redução do superavit primário e algumas cerejas para convencer os credulos que tratar-se-ia de um ajuste fiscal. Engana que eu gosto. No mesmo dia, o Bacen, em demonstração explicita de servilismo, cortou a taxa de juros, usando como argumento a piora no cenário internacional. De fato isto está ocorrendo, mas está muito longe do ocorrido em 2008 e por isto mesmo o impacto sobre o crescimento da economia brasileira e inflação não será forte o suficiente para justificar o corte prematuro na taxa de juros. Ah!... já sei há a questão da defasagem... sim ela existe, mas tão pouco justifica a decisão prematura.
O fato é que o corte encontra sua justificativa na decisão do governo de não gastar o adicional de receita do primeiro semestre do corrente ano. Se ele esta fazendo sua parte, com o "ajuste fiscal", o Bacen deveria fazer o mesmo cortando o juro, é o argumento político padrão no grande bananão. A decisão, também, confirma a velha impressão a respeito dos desenvolvimentistas: eles de fato gostam de inflação.
O fato é que o corte encontra sua justificativa na decisão do governo de não gastar o adicional de receita do primeiro semestre do corrente ano. Se ele esta fazendo sua parte, com o "ajuste fiscal", o Bacen deveria fazer o mesmo cortando o juro, é o argumento político padrão no grande bananão. A decisão, também, confirma a velha impressão a respeito dos desenvolvimentistas: eles de fato gostam de inflação.
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