quarta-feira, 27 de março de 2013

Ato falho..



Dilma, na Africa, afirmou que "esse receituário que quer matar o doente em vez de acabar com a doença é meio complicado. Vou acabar com o crescimento? Isso está datado. É uma política superada". O mercado, em polvorosa, traduziu a declaração como sendo uma manifestação, pública, da oposição presidencial a elevação dos juros. Cá entre nós: ela por acaso disse alguma novidade? Ate os paralelipedos das ruas de Perdizes conhecem a tese dilmista, ou melhor, neo-desenvolvimentista: crescimento com um pouco de inflação é melhor que inflação baixa sem crescimento econômico. Por isto, como já comentamos, em outro post, o esforçado Tombini vai ter que gastar muita saliva pra convence-la que em uma economia com passado da brasileira, não se brinca com inflação. A Dilma, graduada pela UFRS sabia disto, mas parece que o período passado no Campo de Minas, a convenceu que é possivel reinventar a roda. Infelizmente, ela está errada. Não fosse a mudança - correta - no calculo do indice de inflação e o adiamento de alteração de algumas tarifas, a inflação já teria superado a meta.
O mercado, que antes apostava em alta de juros, agora acredita que ela se manterá inalterada. Sempre achei este palpite infeliz e fruto do desejo ou melhor expressão do autoengano que já se tornou uma tradição no mercado do grande bananão. Politico não comete suicidio político e por isto, por enquanto, nada indica que a Presidenta esta disposta a abrir mão de um grande mote de campanha: a Presidente que derrubou os juros.