Esta fotografia, tua última, deixei-a na parede, entre as duas janelas, por cima,
Da televisão abandonada, e ao entardecer, no golfo de tetos, à esquerda da igreja, quando a luz,
Se concentra, que ao mesmo tempo, escorre, em dois estuários oblíquos, e invariáveis, na imagem,
Sento-me, nesta cadeira, de onde se vê, ao mesmo tempo, a imagem interior ....a fotografia, em volta, o que ela mostra,
Que somente, ao entardecer, coincide, pela direção da luz, com ela, fora isso, que à esquerda, na imagem, olhas,
Para o ponto onde me sento, para ver-te, invisível agora, na luz,
Da tarde, que pesa, sobre o golfo de tetos entre as duas janelas, e eu,
Ausente de teu olhar, que na imagem, fixa, o pensamento dessa imagem, dedicada a isso, nos entardeceres de agora, sem ti, no ponto,
Vacilante da dúvida de tudo.
tradução: Inês Oseki-Dépré