É no minino curioso o artigo da Fernanda Torres na edição de domingo do jornal da Ditabranda: a disputa seria entre a esquerda USP e esquerda ABC? Como interpretar esta leitura? Para a talentosa atriz não haveria nenhum candidato de centro-direita, apenas de Centro-Esquerda? Será que ela esqueceu que isto é uma impossibilidade lógica? Infelizmente ela não é a única com esta leitura criativa da realidade. As viuvas/viuvos do candidato da Nova Direita em um exercício fantástico de auto-engano insistem na mesma tecla: ele é de esquerda, ainda que a coalizão possa ser de centro. Naturalmente de centro-esquerda. Como isto seria possível com a participação de luminares da ditatura somente o marxismo da ex- turma do ouro de moscou pode explicar. Ah!, para os jovens e aqueles de memória seletiva, estou falando do PCB a escola de quadros da Nova Direita e dos corruptos infiltrados no PT. Sim, eu sei que toda generalização é perigosa e que há de fato gente boa que pertenceu a este partido. Conheço alguns, mas coincidência ou não, a descrição acima está longe de ser injusta.
Ah! e o Maluf, já posso ouvir o contra-argumento. Direita é claro, mas figura menor na coalizão e dificilmente pode ser comparado com o Dem, que ficou com o vice.