segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Libia


Ainda não é definitivo, mas tudo indica que o ditador da Libia em breve será desalojado do poder e o povo libio, finalmente, poderá decidir o seu presente, assim como o seu futuro. Infelizmente isto somente foi possível com o apoio fundamental da OTAN, que naturalmente não o faz por caridade, mas em defesa do interesse nacional de alguns de seus membros que são importantes consumidores do petroleo libio( entre 15 a 20% de alguns países) . Digo infelizmente, porque uma intervenção externa, ainda que em apoio ao movimento interno, como é claramente o caso da Libia, gera resultados bem diferentes de movimentos exclusivamente internos, como foi o caso do Egito e da Tunisia. Alem disto a Libia possui as maiores reservas de petroleo da africa , importante papel na política interna do continente africano e uma sociedade em que laços tribais ainda são os elementos determinantes na política interna. Em outras palavras, o cenário é bem complicado e diferente do Egito e Tunisia e mais próximo do Afeganistão e Iraque. Não estou afirmando que a Libia será a combinação dos dois últimos, apenas que os riscos de instabilidade sãos enormes e por isto mesmo o resultado incerto. O risco será menor se equivocos cometidos no Iraque, não se repetirem na Libia, dentro os quais, merece destaque o destino que será dado a Gadaffi e familia. Entrega-los a corte internacional é, seguramente, a melhor opção.