terça-feira, 13 de novembro de 2012

A Grecia precisa de um Plano Baker



A Grecia conseguiu levantar, no mercado, os recursos necessários para honrar os titulos com maturidade na sexta-feira, 16 de novembro e de quebra ganhou folego adicional com as divergências, públicas, entre o FMI e União Europeia em relação prazo em que ela deverá atingir a meta de 120% de divida/PIB: o primeiro defende 2020, o segundo quer um prazo maior, 2022. Esta, contudo, não é divergência mais importante: o ponto de discordia relevante é quanto a extensão do "hair cut" para os credores públicos, sem o qual será a meta é apenas um conto de fadas. A Alemanha, naturalmente, é contra, já que por ser a maior credora pública, é a quem tem mais perder. Alem disto, 2013 é ano de eleições e o eleitorado alemão não ficara nada feliz com a noticia do perdão de parte da divida grega. Merkel, como todo político quer, naturalmente, continuar no cargo e por isto não quer nem ouvir falar no assunto. Em outras palavras, a eleição na Alemanha esta jogando para o futuro qualquer negociação de propostas para resolver definitivamente o problema grego e de outros países em dificuldades, como é o caso da Espanha.

É fato, como reconhece a própria The Economist, que a solução do problema grego passa obrigatoriamente por um acordo ao estilo Plano Baker. Não há outra alternativo e os alemães sabem disto.