Finalmente um membro proeminente da comunidade desenvolvimentista reconheceu o fracaso da politica econômica heterodoxa da Dilma-Mantega-Arno. Achei curioso ele não ter incluido o Nelson Barbosa e o Holland na lista de pais da experiência desastrosa. No caso do primeiro o motivo é obvio: poupa-lo, já que é visto como a única voz heterodoxa na atual administração. Verdade que abandonou o barco assim que começou a afundar. O que - ca entre nós - não é exatamente um bom cartão de visita. Já no caso do segundo , famoso pela entrevista-manifesto em que foi apresentada a nova matriz econômica, o esquecimento é mais um misterio que vem somar-se a outro mais antigo: o que ele fazia mesmo em Brasilia? Cala te boca...
Barbosa é um bom economista, mas não podemos esquecer que ele sempre esteve ao lado do Mantega. Ha quem argumente tratar-se de uma dupla no estilo Pinky e o Cerebro, o que isentaria o primeiro de qualquer culpa no cartorio. Paralelo infeliz, já que neste caso nenhum deles é o Pinky.
O fato é que o fracasso de mais uma aventura heterodoxa será pago por quem sempre pagou a conta: o andar de baixo. O andar de cima sempre arruma um jeito de sair de fininho na hora de pagar a conta. Já os executores do tragico desastre poderão chorar as pitangas fazendo um pós doc em algum centro alternativo ou, melhor ainda, entrando para o circuito dos palestristas que fracassaram em Brasilia, mas são sucesso de publico.
A maioria dos heterodoxos ainda defende a experiência desastrosa e culpa a conspiração liderada pelos bancos e aliados neoliberais pelo abandono do barco desenvolvimentista. Ate ja posso ve-los choramingando e amaldiçoando o Levy nos inumeraveis eventos em que somentes eles participam.
Ainda aposto no sucesso do segundo mandato da Presidenta, ainda mais agora que ficou mais do que explicito seu apoio ao Levy. Sai a pos graduanda por Campinas e entra a economista graduada pela federal gaucha.