“Adorado por seus superiores por ser um trabalhador extremamente dedicado e odiado pelo mesmo motivo por seus colegas de trabalho. Lulu vive entregue aos sonhos de consumo da classe média, alienado em meio aos movimentos de protesto de sua classe, até que um acontecimento põe em xeque suas opiniões.” Esta é a sinopse do filme italiano “ A classe operária vai ao paraíso, um clássico do cinema politico , de 1971. Pensei neste filme ao ler as noticias na Folha sobre o consumo das classes de baixa renda e ao recordar a surpresa de alguns colegas, ótimos economistas, com os bons números da economia brasileira. Para usar uma expressão antiga: a ficha ainda não caiu. Há quem insiste em ver o Brasil como um país subdesenvolvido, outros, em esperar pelo dia da Revolução para solucionar os nossos problemas sociais. Enquanto isto o padrão de consumo se altera e as classes C, D e E, finalmente, tem acesso a produtos, antes restritos as classes A e B.
Os números são surpreendentes: “sozinha a classe C é responsável por 30% do consumo. Há cinco anos a participação das três classes sociais era de 48%”(FSP,24.03.08). Hoje corresponde a 85%. Contudo, “apesar das potencialidades, as grandes empresas resistem à baixa renda. André Torreta, diretor de A Ponte, empresa que faz pesquisa de mercado na baixa renda, considera que o preconceito é a maior barreira”(FSP, 24.03.08). A boa noticia é que uma multinacional, Nestle, crucificada, varias vezes pela esquerda chic, já reconhece o potencial deste mercado e contratou 3 diretores que moravam em favelas para ensinar o cotidiano dessas comunidades. A reportagem, aparentemente, não ouviu a opinião de nenhum empresário brasileiro, o que é no minímo curioso. Seriam eles membros da turma do preconceito?
Os números são surpreendentes: “sozinha a classe C é responsável por 30% do consumo. Há cinco anos a participação das três classes sociais era de 48%”(FSP,24.03.08). Hoje corresponde a 85%. Contudo, “apesar das potencialidades, as grandes empresas resistem à baixa renda. André Torreta, diretor de A Ponte, empresa que faz pesquisa de mercado na baixa renda, considera que o preconceito é a maior barreira”(FSP, 24.03.08). A boa noticia é que uma multinacional, Nestle, crucificada, varias vezes pela esquerda chic, já reconhece o potencial deste mercado e contratou 3 diretores que moravam em favelas para ensinar o cotidiano dessas comunidades. A reportagem, aparentemente, não ouviu a opinião de nenhum empresário brasileiro, o que é no minímo curioso. Seriam eles membros da turma do preconceito?