domingo, 23 de março de 2008
Elementar, meu caro Watson, o pobre é o culpado.
Ah! o consumidor de baixa renda, personagem que não recebeu a dotação normal de racionalidade econômica, esta sempre pronto a criar problemas aos formuladores da política econômica. É o mordomo dos planos econômicos: sempre culpado. Há períodos em que consomem carne bovina em excesso , outros em que tem a audácia de comprar carro a ser pago em um longo prazo: 7 anos. Loucura total, murmura o economista desenvolvimentista com o que concorda, muito a contragosto, seu colega monetarista. Política de crédito defende o primeiro, a monetária é mais eficaz argumenta o segundo. O pobre consumidor observa tudo atônito. Mas o que fazer com os bens que não serão comprados pelo consumidor de baixa renda? Exportar é a solução e como sempre se repete, em situações semelhantes, é necessário criar incentivos. Naturalmente, a conta será paga pelo contribuinte. Em silêncio os dois, desenvolvimentista e monetarista, sonham com um mundo onde o consumidor de baixa renda conhece o seu lugar e somente de o seu ar de graça em período eleitoral.