Se voce ainda não leu nenhum dos seus trabalhos( romance, ensaios, contos, produção variada publicada na The New Yorker), melhor aproveitar o fim de semana para corrigir esta falha na sua educação. Anti-americanismo é, quase, sempre uma tolice, neste caso uma doença a ser rapidamente tratada.
Jonh Updike, who died on January 27th at the age of 76, published 28 novels, 14 collections of short stories, nine volumes of poetry and half a century’s worth of reviews on, among other things, photography, painting, golf and cartoons. With all his talent as a wordsmith, he was also a gifted cartoonist. A Protestant to his bones, Mr Updike toiled at his typewriter, writing three publishable pages a day, a book a year, working in an office each morning from 9am until lunch, convinced that everything around him, however mundane, had a deeper significance.
In this cascade of words, some work was inevitably pedestrian. But at its best, Mr Updike’s writing represented the experience of his own generation of silent Americans—men, especially, who grew up in the shadow of the second world war and God-fearing austerity, only to find themselves bemused participants in the swinging sixties and the decades of consumer excess. Men liked the shiny-eyed way he wrote about sex; women, reading such lines as “She is liking it, being raped” and “As a raped woman might struggle, to intensify the deed”, often judged him to be a cold-hearted exhibitionist.
It was in 1968, with his fifth novel, “Couples”, that Mr Updike became suddenly famous. Sour at the decade’s changing mood, his thirtysomething heroes console themselves with drink and “frugging”. But it is with the four “Rabbit” books, published between 1960 and 1990, that Mr Updike will be most closely associated. His hero, Harry “Rabbit” Angstrom, is a former basketball champion turned secondhand-car dealer, a man grown bored and frustrated, his best years behind him, who is trapped in a marriage from which only extramarital sex provides any relief. To millions of readers, even to the author, Rabbit was so real that he might have been Mr Updike himself, had the hawk-nosed novelist not been saved by becoming a famous writer instead. “Rabbit was a ticket to the America all around me,” he wrote in a new introduction when the tetralogy was complete. “He was always there for me.”
Very much a Yankee, Mr Updike was the great white Protestant writer in a literary era that was dominated by Jews: Saul Bellow, Norman Mailer and Philip Roth. He liked to say that he was taught to write by Henry Green, the greatest of English Modernists, but added that this somehow implied he had “learned” writing, and “it is not a business one learns—unlearns, rather…with each day new blank paper.”
Mr Updike’s two main themes were God and sex. The third was America. He complained that the problem with writing about his own country was that “the slot between fantastic and drab seems too narrow”, and yet Rabbit could have been born of no other earth. Mr Updike brimmed over with middle-American prejudices. He disliked the disorder of the 1960s and 1970s, a subject brilliantly explored in “Rabbit Redux” (see review) and “Rabbit is Rich”, and he was one of the few American writers to support the Vietnam war.
Champion of the great American loser, Mr Updike used writing, not just for his readers but also for himself, to make sense of the guilt-ridden anxieties of Protestant middle America, with its residual self-righteousness mixed with the temptation represented by strip malls and motels. He disliked the New York literary scene despite writing for the New Yorker and Knopf, a publisher, for his whole life, and was much happier with the small-town Pennsylvania of his childhood or suburban New England. If in his private life he made fresh starts, they were always within the narrow confines of the familiar: there were two wives, (first the daughter of a Unitarian minister and then a psychologist he met socially), two major house moves (to Ipswich, Massachusetts, and then to Beverly Farms, near Boston, where he died) and three churches (the Lutheran he inherited from his parents, then Congregationalist and finally Episcopalian).
Through the ages, American literary masterpieces, such as “Moby Dick” and “The Adventures of Huckleberry Finn”, have been peopled with eccentric, rootless outsiders. Mr Updike’s lodestar was Stendhal’s definition of a novel as “a mirror that strolls along the highway”, taking in both the “blue of the skies” and “the mud puddles underfoot”. His triumph lay in taking the puritanism and practicality of the early settlers, such “enigmatic dullness”, he called it, and making it shine.
Fonte: The Economist
sábado, 31 de janeiro de 2009
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
I Don't Know If History Repeats, Yehuda Amichai
I don't Know if history repeats itself
But I do know that you don't.
I remember that city was didvided
Not only between Jews and Arabs,
But Between me and you,
When we were there together.
We made ourselves a womb of dangers
We built ourselves a house of deadening wars
Like men of far north
Who build themselves a safe warm house of deadening ice.
The city has been reunited
But we haven't been there together.
By now I know
That History doesn't repeat itself,
As I always knew that you wouldn't.
But I do know that you don't.
I remember that city was didvided
Not only between Jews and Arabs,
But Between me and you,
When we were there together.
We made ourselves a womb of dangers
We built ourselves a house of deadening wars
Like men of far north
Who build themselves a safe warm house of deadening ice.
The city has been reunited
But we haven't been there together.
By now I know
That History doesn't repeat itself,
As I always knew that you wouldn't.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
O pacote Obama
Finalmente foi aprovado na Camara o pacote Obama: US 819 bilhões. Muito dinheiro, sem dúvida, mas tenho a leve impressão que ainda não é o valor suficiente para resolver o problema. No máximo, como no pacote anterior, ganha tempo. Continuo acreditando que redução de impostos, US 300 bilhões, não ajudará em nada a estimular a economia, contribuindo, somente para aumentar o déficit público. É verdade que momento e no futuro próximo esta realmente não é uma questão relevante. Por que não ajudará? Simples, com a imensa redução na sua riqueza e renda as familias devem aproveitar o corte nos impostos pra colocar a casa em dia, ou seja pagar as dívidas. Isto vale para familias e empresas. A medida é necessária por razões do campo político, não do econômico.
É a política, também, que explica a recusa em encarar o inevitável: a nacionalização/estatização de parte do sistema bancário americano. Protelar a decisão, procurar alternativas, quando não existem, é uma grande tolice que somente ajuda a aprofundar a crise. Ate O FMI concorda que ela é necessária.
Alguns ingenuos, ou ignorantes em matéria econômica argumentam que a nacionalização seria um "contrassenso para uma economia de mercado" e que poderia "espalhar o pânico entre os acionistas de outros bancos". O primeiro argumento confunde discurso ideológico com as instituições que garantem o bom funcionamento da economia de mercado. Interferir para salvar o mercado em situações emergenciais é uma longa pratica nas economias de mercado e perfeitamente coerente com a sua manutenção e ideário. É claro que nem sempre é bem visto, mas em geral funciona e os tolos ideologos de plantão são sempre ignorados. Quanto ao segundo argumento, o risco de expropriação dos direitos dos acionistas dos demais bancos, não me parece possuir qualquer fundamento no caso atual.
É a política, também, que explica a recusa em encarar o inevitável: a nacionalização/estatização de parte do sistema bancário americano. Protelar a decisão, procurar alternativas, quando não existem, é uma grande tolice que somente ajuda a aprofundar a crise. Ate O FMI concorda que ela é necessária.
Alguns ingenuos, ou ignorantes em matéria econômica argumentam que a nacionalização seria um "contrassenso para uma economia de mercado" e que poderia "espalhar o pânico entre os acionistas de outros bancos". O primeiro argumento confunde discurso ideológico com as instituições que garantem o bom funcionamento da economia de mercado. Interferir para salvar o mercado em situações emergenciais é uma longa pratica nas economias de mercado e perfeitamente coerente com a sua manutenção e ideário. É claro que nem sempre é bem visto, mas em geral funciona e os tolos ideologos de plantão são sempre ignorados. Quanto ao segundo argumento, o risco de expropriação dos direitos dos acionistas dos demais bancos, não me parece possuir qualquer fundamento no caso atual.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Por que Keynes?
Interessante artigo do bruxo, com os exageros de sempre.Parece que ele comprou a leitura post-keynesiana do Keynes. Gosto da lista de economistas, mas incluiria nela o Wicksell, o verdadeiro criador da Macroeconomia. Marx, me parece, tornou-se importante somente devido a revolução russa, sem ela, seria, no máximo, considerado um ricardiano menor.
"Os economistas dão o nome de "bem público" aos bens ou serviços que gozam de duas propriedades: 1) ninguém pode ser excluído de seu uso e 2) o uso que cada um faz dele não diminui a quantidade disponível para os outros, como é o caso, por exemplo, da defesa nacional.
Existem pessoas cujo pensamento tem um vigor e uma originalidade (mas não clareza) que gozam das propriedades dos bens públicos: transformam-se em instituições. Alguns economistas de várias tribos (esta expressão já está na "Riqueza das Nações"), Adam Smith (1723-1790), Karl Marx (1819-1883), Leon Walras (1834-1910), Alfred Marshall (1842-1924) e John Maynard Keynes (1883-1946), assumiram esse "status".
Existe um Smith, um Marx, um Walras, um Marshall e um Keynes para cada um de nós. Seus pensamentos são tão vigorosos e originais que depois de nos atingirem nunca mais nos livramos completamente deles. Felizmente não são claros. É essa ambiguidade que permite que cada um deles possa ser o "nosso" sem que isso impeça que seja também dos "outros", cada um à sua maneira.
Nenhum deles produziu uma "explicação" definitiva do "universo econômico". Todos, entretanto, viram alguns aspectos fundamentais da vida econômica (e de sua influência sobre a condição humana) que um dia, talvez, integrarão uma compreensão da contínua e crescente complexidade que a domina.
É por isso que hoje todos podemos ser um pouco smithianos, marxistas, walrasianos, marshallianos e keynesianos, sem arrependimento, sem vexame e sem contradição.
O que parece inegável é que a crise que estamos vivendo, produzida pela maléfica "autonomização" do sistema financeiro, encontra a sua melhor explicação em Keynes. Afinal isso não deveria ser surpresa: ele enxergou mais longe porque subiu nos ombros dos antecessores que, às vezes, finge ignorar. Com a sua teoria monetária da produção, ele colocou a moeda, o crédito, a demanda e a incerteza no coração do sistema. Os macroeconomistas, em lugar de continuarem a cultivar uma teoria monetária obviamente estéril, e os economistas "financeiros", em lugar de procurarem distribuições "gordas" para justificar os "desastres" nos preços dos ativos, deveriam procurar desenvolver a intuição keynesiana sobre como funciona a economia tocada a crédito quando o futuro é rigorosamente opaco e imprevisível.
É hora de aceitar que entre os modelos de equilíbrio geral (que fazem a "ciência" de alguns de nossos bons economistas) e a economia monetária da produção existe distância intransponível. Naqueles, a moeda e o crédito sempre serão fatores essencialmente estranhos."
Delfim Netto
Fonte: FSP
"Os economistas dão o nome de "bem público" aos bens ou serviços que gozam de duas propriedades: 1) ninguém pode ser excluído de seu uso e 2) o uso que cada um faz dele não diminui a quantidade disponível para os outros, como é o caso, por exemplo, da defesa nacional.
Existem pessoas cujo pensamento tem um vigor e uma originalidade (mas não clareza) que gozam das propriedades dos bens públicos: transformam-se em instituições. Alguns economistas de várias tribos (esta expressão já está na "Riqueza das Nações"), Adam Smith (1723-1790), Karl Marx (1819-1883), Leon Walras (1834-1910), Alfred Marshall (1842-1924) e John Maynard Keynes (1883-1946), assumiram esse "status".
Existe um Smith, um Marx, um Walras, um Marshall e um Keynes para cada um de nós. Seus pensamentos são tão vigorosos e originais que depois de nos atingirem nunca mais nos livramos completamente deles. Felizmente não são claros. É essa ambiguidade que permite que cada um deles possa ser o "nosso" sem que isso impeça que seja também dos "outros", cada um à sua maneira.
Nenhum deles produziu uma "explicação" definitiva do "universo econômico". Todos, entretanto, viram alguns aspectos fundamentais da vida econômica (e de sua influência sobre a condição humana) que um dia, talvez, integrarão uma compreensão da contínua e crescente complexidade que a domina.
É por isso que hoje todos podemos ser um pouco smithianos, marxistas, walrasianos, marshallianos e keynesianos, sem arrependimento, sem vexame e sem contradição.
O que parece inegável é que a crise que estamos vivendo, produzida pela maléfica "autonomização" do sistema financeiro, encontra a sua melhor explicação em Keynes. Afinal isso não deveria ser surpresa: ele enxergou mais longe porque subiu nos ombros dos antecessores que, às vezes, finge ignorar. Com a sua teoria monetária da produção, ele colocou a moeda, o crédito, a demanda e a incerteza no coração do sistema. Os macroeconomistas, em lugar de continuarem a cultivar uma teoria monetária obviamente estéril, e os economistas "financeiros", em lugar de procurarem distribuições "gordas" para justificar os "desastres" nos preços dos ativos, deveriam procurar desenvolver a intuição keynesiana sobre como funciona a economia tocada a crédito quando o futuro é rigorosamente opaco e imprevisível.
É hora de aceitar que entre os modelos de equilíbrio geral (que fazem a "ciência" de alguns de nossos bons economistas) e a economia monetária da produção existe distância intransponível. Naqueles, a moeda e o crédito sempre serão fatores essencialmente estranhos."
Delfim Netto
Fonte: FSP
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Tiro pela culatra
Desta vez o governo foi rapido no gatilho: com a balança comercial no vermelho, retirou da merecida aposentadoria as barreiras-tarifarias de triste memória. O curioso é que, segundo a Folha, a decisão do Ministério do Desenvolvimento, não tem o apoio da Fazenda. Estranho, muito estranho, afinal Mantega é da turma dos desenvolvimentistas: o pessoal que - por motivos que desconheço e que seguramente não tem relação com a boa teoria econômica - nunca fui favorável a maior abertura do setor externo.
A medida não me parece ser necessária e pior ainda pode ser um tiro pela culatra: os parceiros comerciais podem copia-la agravando a situação atual. Alias, é bom lembrar que se cada um resolver proteger o seu próprio quintal,corre-se o risco de aprofundar ainda mais a crise econômica. Menos comércio nunca foi solução para nada, muito pelo contrário. É uma recaida populista, tola e perigosa e uma surpresa desagradável em um Governo que ate o momento conseguiu resistir às tentações populistas.
A medida não me parece ser necessária e pior ainda pode ser um tiro pela culatra: os parceiros comerciais podem copia-la agravando a situação atual. Alias, é bom lembrar que se cada um resolver proteger o seu próprio quintal,corre-se o risco de aprofundar ainda mais a crise econômica. Menos comércio nunca foi solução para nada, muito pelo contrário. É uma recaida populista, tola e perigosa e uma surpresa desagradável em um Governo que ate o momento conseguiu resistir às tentações populistas.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Nationalization Gets a New, Serious Look
Quanto um tema chega a primeira pagina do NYTimes é porque ele deixou de ser uma curiosidade acadêmica, para tornar-se uma alternativa de política econõmica. Definitivamente a nacionalização/estatização de parte substancial do sistema bancário americano vai ganhando ares de fato consumado. Não é, como comentamos em outro post, uma opção ideológica, mas o resultado - para usar uma palavra do dicionário heterodoxo - da dinamica a crise econômica. O curioso é que apesar da gravidade da crise ainda não apareceu nenhum trabalho digno de nome da turma heterodoxa-marxista. Esse é o melhor sinal da falta de seriedade desta turma.
WASHINGTON — Only five days into the Obama presidency, members of the new administration and Democratic leaders in Congress are already dancing around one of the most politically delicate questions about the financial bailout: Is the president prepared to nationalize a huge swath of the nation’s banking system?
Privately, most members of the Obama economic team concede that the rapid deterioration of the country’s biggest banks, notably Bank of America and Citigroup, is bound to require far larger investments of taxpayer money, atop the more than $300 billion of taxpayer money already poured into those two financial institutions and hundreds of others.
But if hundreds of billions of dollars of new investment is needed to shore up those banks, and perhaps their competitors, what do taxpayers get in return? And how do the risks escalate as government’s role expands from a few bailouts to control over a vast portion of the financial sector of the world’s largest economy?
The Obama administration is making only glancing references to those questions. In an interview Sunday on “This Week” on ABC, the House speaker, Nancy Pelosi, alluded to internal debate when she was asked whether nationalization, or partial nationalization, of the largest banks was a good idea
Para ler o resto do artigo clique aqui
WASHINGTON — Only five days into the Obama presidency, members of the new administration and Democratic leaders in Congress are already dancing around one of the most politically delicate questions about the financial bailout: Is the president prepared to nationalize a huge swath of the nation’s banking system?
Privately, most members of the Obama economic team concede that the rapid deterioration of the country’s biggest banks, notably Bank of America and Citigroup, is bound to require far larger investments of taxpayer money, atop the more than $300 billion of taxpayer money already poured into those two financial institutions and hundreds of others.
But if hundreds of billions of dollars of new investment is needed to shore up those banks, and perhaps their competitors, what do taxpayers get in return? And how do the risks escalate as government’s role expands from a few bailouts to control over a vast portion of the financial sector of the world’s largest economy?
The Obama administration is making only glancing references to those questions. In an interview Sunday on “This Week” on ABC, the House speaker, Nancy Pelosi, alluded to internal debate when she was asked whether nationalization, or partial nationalization, of the largest banks was a good idea
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domingo, 25 de janeiro de 2009
sábado, 24 de janeiro de 2009
Gamed
As causas e as soluções para a crise econômica, na visão dos editores da Commonweal, uma importante revista do chamado catolicismo liberal( esquerda moderada no resto do mundo)americano.Um discurso muito mais sofisticado que o apresentado pela esquerda católica brasileira e latino-americana.
Beneath the credit crisis that now threatens economies all over the world is a deeper crisis of credibility. People no longer trust financial markets to correct themselves, and for good reason. What was supposed to be unbreakable has been broken.
Until very recently we were told, by economists and Wall Street insiders, that American-style capitalism was the envy of the world-the solution not only to every economic problem, but to many political ones as well. Millennial rhapsodies for globalization promised ever-greater growth, ever-greater affluence and, yes, even world peace, as people would be too busy getting rich to have time for violent nationalism or religious zealotry. This glorious flat-world future was in any case inevitable, the experts said. Any effort to resist or restrain it was self-destructive and, in the end, doomed.
So much for all that. Neither capitalism nor globalization is going away any time soon, but absolute confidence in the power of free markets to police themselves-and a corresponding contempt for government regulation-is now seen to be what it always was: not science or the verdict of history, but an ideology, and a flimsy one.
Even the flimsiest ideology can breed fundamentalism, however, and fundamentalists are unbothered by evidence of failure. Predictably, some last-ditch fanatics insist that the whole problem was that a few outrageously greedy rogues took advantage of an otherwise solid system. It would be truer to say that the whole system took advantage of normal human greed, while punishing caution and skepticism. As long as the housing bubble continued to expand, there was no incentive for investors or bankers to stay clear of it, even though many of them knew that, like any other bubble, it would sooner or later burst. They could have guessed that after it did, a credit freeze would affect everyone indiscriminately, including anyone who had refused to participate in the reckless speculation. So, while the bubble lasted, why not get rich? Greed, along with a vicious improvidence, became the rule in a market where prudence was unprofitable.
Fat compensation packages for the Wall Street executives who helped get the economy into this mess now strike many as obscene, but these, too, were a predictable feature of an underregulated financial system: executives were paid enormous fees to maximize short-term profits by gaming an unsustainable market. This was the job investors asked them to do, and they did it well, with the tacit encouragement of federal regulators.
Until the markets collapsed, the now-disgraced fund manager Bernard L. Madoff also did what his clients expected him to do, producing mysteriously high returns on their investments. Neither his investors nor the Securities and Exchange Commission seemed to care very much how he did it. In this sense, Madoff is to Wall Street as Governor Rod Blagojevich (apparently) is to Illinois machine politics: an egregious emblem rather than a mere anomaly. Just as it is hard to imagine how a politician so mediocre and unscrupulous could have flourished in a healthy political environment, it seems unlikely that Madoff’s scam could have gone undetected for so long in a healthy-and properly regulated-financial industry. (Of course, most investment managers did not commit fraud, and some of them were no doubt as surprised as their clients by the market’s precipitous decline; there has been incompetence to rival the corruption.)
The credit crisis was caused partly by a lack of due caution, both on Wall Street and in Washington. Paradoxically, it is now excessive caution that may keep us from adequately addressing it. The problem is too big to be solved by minor adjustments or executive temporizing. The Obama administration will need to undertake several large-scale reforms, which are bound to be unpopular with the banking industry and devotees of laissez-faire economics. Credit-rating agencies, for example, must no longer be allowed to work for the companies whose bonds they rate. Credit-default swaps, which were originally designed as a kind of insurance but later turned into an instrument for high-stakes gambling, need to be regulated. Investment firms and banks with financial divisions should be required to hold more capital, so that when things go bad they can cover their own losses instead of cadging a government bailout.
Above all, Congress and the new administration should steer Wall Street back toward its principal function, which is to direct capital to the productive part of the economy, not to peddle complex derivatives or place high-risk bets with other people’s money.
Beneath the credit crisis that now threatens economies all over the world is a deeper crisis of credibility. People no longer trust financial markets to correct themselves, and for good reason. What was supposed to be unbreakable has been broken.
Until very recently we were told, by economists and Wall Street insiders, that American-style capitalism was the envy of the world-the solution not only to every economic problem, but to many political ones as well. Millennial rhapsodies for globalization promised ever-greater growth, ever-greater affluence and, yes, even world peace, as people would be too busy getting rich to have time for violent nationalism or religious zealotry. This glorious flat-world future was in any case inevitable, the experts said. Any effort to resist or restrain it was self-destructive and, in the end, doomed.
So much for all that. Neither capitalism nor globalization is going away any time soon, but absolute confidence in the power of free markets to police themselves-and a corresponding contempt for government regulation-is now seen to be what it always was: not science or the verdict of history, but an ideology, and a flimsy one.
Even the flimsiest ideology can breed fundamentalism, however, and fundamentalists are unbothered by evidence of failure. Predictably, some last-ditch fanatics insist that the whole problem was that a few outrageously greedy rogues took advantage of an otherwise solid system. It would be truer to say that the whole system took advantage of normal human greed, while punishing caution and skepticism. As long as the housing bubble continued to expand, there was no incentive for investors or bankers to stay clear of it, even though many of them knew that, like any other bubble, it would sooner or later burst. They could have guessed that after it did, a credit freeze would affect everyone indiscriminately, including anyone who had refused to participate in the reckless speculation. So, while the bubble lasted, why not get rich? Greed, along with a vicious improvidence, became the rule in a market where prudence was unprofitable.
Fat compensation packages for the Wall Street executives who helped get the economy into this mess now strike many as obscene, but these, too, were a predictable feature of an underregulated financial system: executives were paid enormous fees to maximize short-term profits by gaming an unsustainable market. This was the job investors asked them to do, and they did it well, with the tacit encouragement of federal regulators.
Until the markets collapsed, the now-disgraced fund manager Bernard L. Madoff also did what his clients expected him to do, producing mysteriously high returns on their investments. Neither his investors nor the Securities and Exchange Commission seemed to care very much how he did it. In this sense, Madoff is to Wall Street as Governor Rod Blagojevich (apparently) is to Illinois machine politics: an egregious emblem rather than a mere anomaly. Just as it is hard to imagine how a politician so mediocre and unscrupulous could have flourished in a healthy political environment, it seems unlikely that Madoff’s scam could have gone undetected for so long in a healthy-and properly regulated-financial industry. (Of course, most investment managers did not commit fraud, and some of them were no doubt as surprised as their clients by the market’s precipitous decline; there has been incompetence to rival the corruption.)
The credit crisis was caused partly by a lack of due caution, both on Wall Street and in Washington. Paradoxically, it is now excessive caution that may keep us from adequately addressing it. The problem is too big to be solved by minor adjustments or executive temporizing. The Obama administration will need to undertake several large-scale reforms, which are bound to be unpopular with the banking industry and devotees of laissez-faire economics. Credit-rating agencies, for example, must no longer be allowed to work for the companies whose bonds they rate. Credit-default swaps, which were originally designed as a kind of insurance but later turned into an instrument for high-stakes gambling, need to be regulated. Investment firms and banks with financial divisions should be required to hold more capital, so that when things go bad they can cover their own losses instead of cadging a government bailout.
Above all, Congress and the new administration should steer Wall Street back toward its principal function, which is to direct capital to the productive part of the economy, not to peddle complex derivatives or place high-risk bets with other people’s money.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
The spectre of nationalisation
O The Economist ainda resiste, mas o simples fato dele discutir essa opção é uma indicação da gravidade do momento econômico em que vivemos. A nacionalização/estatização do sistema bancário não é uma novidade: foi o que aconteceu, por ex, no Chile do Pinochet, um apostolo da forma mais selvagem e tola do livre mercado. Naquele momento, como agora, é uma opção pragmatica, não ideológica, praticamente uma exigência colocada pelo proprio desenrolar da crise econômica. Ironicamente, o resultado do livre mercado selvagem é o retorno/aumento da participação direta e indireta do Estado na economia. No caso do setor bancário, dada a sua pecualiariedade e importância, a sua manutenção como entidade pública me parece ser plenamente justificada, o mesmo, não ocorrendo com empresas de outros setores da economia.
It is generally easier to remove a kidney from a dead donor than a live one. When regulators in Scandinavia and America in the early 1990s started extracting the bad assets from their crisis-hit banking systems, it helped that the banks they dealt with were bust or in the government’s hands. Today, policymakers are trying to excise toxic assets from banks that are still, at least officially, private and viable. That is a much trickier proposition.
Last autumn, governments around the world poured new capital into private banks and guaranteed their debts to protect them from further losses and help them raise private capital. But continued losses have overwhelmed those initial efforts. Some banks have needed more capital, and a few have been nationalised outright. Moreover, the haphazard implementation of rescues has kept private capital on the sidelines, fearful of being diluted or wiped out. What is needed, the experts say, is a more systematic approach through the creation of a “bad bank” to assume the bad assets, leaving “good banks” to resume lending. (In an Orwellian attempt to hide the nastiness, it may be known in America as an “aggregator bank”.)
The good bank/bad bank terminology dates at least back to 1988 when America’s Mellon Bank spun off its bad energy and property loans into Grant Street National Bank, which was financed with junk bonds and private equity. Such purely private solutions are not feasible during crises that encompass the entire banking system: there is not enough private capital around. In the early 1990s the governments of Sweden and Finland each nationalised some of their largest banks and set up “bad banks” to dispose of their assets. Around the same time, America created the Resolution Trust Corporation to sell off the loans and underlying collateral of hundreds of failed savings banks, or thrifts. In each case, the assets taken over by the bad bank were equal to about 8% of GDP, according to a study by Daniela Klingebiel of the World Bank.
In this crisis policymakers have adopted piecemeal elements of the good bank/bad bank. In October UBS spun $60 billion of toxic assets into a fund backed by the Swiss central bank. America will absorb most of the losses on $306 billion of problem assets at Citigroup and $118 billion at Bank of America. It is also creating a facility, supported by the Federal Reserve, for asset-backed securities which could relieve banks of bad loans. Britain may insure banks against future losses. Like a bad bank, the aim is to isolate toxic assets, encourage private money to come in and discourage banks from hoarding their capital. But no market value has been put on them (although loss-sharing agreements in part serve that purpose). This spares banks from immediately recognising their losses, but it leaves a fog of uncertainty over the system. Banks will not boost lending if they fear that future loan losses will eat through the rest of their capital.
A bad bank could alleviate these concerns by convincing both banks and investors that the problem assets have either been removed from the banking system or will be as they surface. Paul Miller of Friedman Billings Ramsey, an investment bank, says a government bad bank can pay more for assets than a private investor because its cost of funds is irrelevant, it needs no capital and can hold the assets to maturity. It could also develop a professional and uniform approach to valuing and disposing of bad assets while leaving new lending decisions to the good banks.
But a bad bank faces different problems, the most serious of which is setting a price for assets that both it and the seller can agree on. This was less of an issue in the early 1990s, since the assets for the most part came from banks that had already failed or were under government control. Today, if the bad bank pays above the fair-market value, it would raise the cost to taxpayers, imperil its political legitimacy, and deprive the market of badly needed transparency. If it pays fair value or less, banks might be reluctant to participate. Those that did may have to recognise large, immediate losses, depleting their capital. As a result, setting up a bad bank would entail additional capital injections. To reassure itself that the recipient bank can survive, the government would invest only if the bank can simultaneously raise funds from private investors. Any bank unable to raise private capital, perhaps rendering it insolvent, would be taken over.
But such steps would be time-consuming and could be hit by a loss of market confidence at any moment. America abandoned its original plan to buy toxic assets last October in favour of extra capital because the crisis demanded faster action.
The nuclear option
An alternative (or perhaps prelude) to a bad bank would be nationalisation. This would at a stroke end the tension between the goals of private shareholders who want to hoard capital and lend less, and government overseers who want banks to lend more and modify mortgages of homeowners facing foreclosure.
But nationalisation carries huge costs of its own. With the world awash in unwanted bank assets, it could take years for the governments to privatise their banks. Meanwhile politicians would be tempted to turn banks into instruments of industrial policy, propping up politically powerful industries such as carmakers and scrimping on more deserving recipients. Politically motivated lending could result in even larger loan losses in the future, and private banks would be put at a disadvantage. At the other extreme, governments might be so fearful of taxpayer losses that they lend even less than their private counterparts.
Economists have long recognised that banks are special. Through decades-old relationships with millions of households and businesses, they normally (though, sadly, not recently) steer savings to productive and lucrative endeavours. Letting banks collapse would wipe out this critical mechanism; nationalising them could, eventually, do it similar damage.
Fonte: The Economist
It is generally easier to remove a kidney from a dead donor than a live one. When regulators in Scandinavia and America in the early 1990s started extracting the bad assets from their crisis-hit banking systems, it helped that the banks they dealt with were bust or in the government’s hands. Today, policymakers are trying to excise toxic assets from banks that are still, at least officially, private and viable. That is a much trickier proposition.
Last autumn, governments around the world poured new capital into private banks and guaranteed their debts to protect them from further losses and help them raise private capital. But continued losses have overwhelmed those initial efforts. Some banks have needed more capital, and a few have been nationalised outright. Moreover, the haphazard implementation of rescues has kept private capital on the sidelines, fearful of being diluted or wiped out. What is needed, the experts say, is a more systematic approach through the creation of a “bad bank” to assume the bad assets, leaving “good banks” to resume lending. (In an Orwellian attempt to hide the nastiness, it may be known in America as an “aggregator bank”.)
The good bank/bad bank terminology dates at least back to 1988 when America’s Mellon Bank spun off its bad energy and property loans into Grant Street National Bank, which was financed with junk bonds and private equity. Such purely private solutions are not feasible during crises that encompass the entire banking system: there is not enough private capital around. In the early 1990s the governments of Sweden and Finland each nationalised some of their largest banks and set up “bad banks” to dispose of their assets. Around the same time, America created the Resolution Trust Corporation to sell off the loans and underlying collateral of hundreds of failed savings banks, or thrifts. In each case, the assets taken over by the bad bank were equal to about 8% of GDP, according to a study by Daniela Klingebiel of the World Bank.
In this crisis policymakers have adopted piecemeal elements of the good bank/bad bank. In October UBS spun $60 billion of toxic assets into a fund backed by the Swiss central bank. America will absorb most of the losses on $306 billion of problem assets at Citigroup and $118 billion at Bank of America. It is also creating a facility, supported by the Federal Reserve, for asset-backed securities which could relieve banks of bad loans. Britain may insure banks against future losses. Like a bad bank, the aim is to isolate toxic assets, encourage private money to come in and discourage banks from hoarding their capital. But no market value has been put on them (although loss-sharing agreements in part serve that purpose). This spares banks from immediately recognising their losses, but it leaves a fog of uncertainty over the system. Banks will not boost lending if they fear that future loan losses will eat through the rest of their capital.
A bad bank could alleviate these concerns by convincing both banks and investors that the problem assets have either been removed from the banking system or will be as they surface. Paul Miller of Friedman Billings Ramsey, an investment bank, says a government bad bank can pay more for assets than a private investor because its cost of funds is irrelevant, it needs no capital and can hold the assets to maturity. It could also develop a professional and uniform approach to valuing and disposing of bad assets while leaving new lending decisions to the good banks.
But a bad bank faces different problems, the most serious of which is setting a price for assets that both it and the seller can agree on. This was less of an issue in the early 1990s, since the assets for the most part came from banks that had already failed or were under government control. Today, if the bad bank pays above the fair-market value, it would raise the cost to taxpayers, imperil its political legitimacy, and deprive the market of badly needed transparency. If it pays fair value or less, banks might be reluctant to participate. Those that did may have to recognise large, immediate losses, depleting their capital. As a result, setting up a bad bank would entail additional capital injections. To reassure itself that the recipient bank can survive, the government would invest only if the bank can simultaneously raise funds from private investors. Any bank unable to raise private capital, perhaps rendering it insolvent, would be taken over.
But such steps would be time-consuming and could be hit by a loss of market confidence at any moment. America abandoned its original plan to buy toxic assets last October in favour of extra capital because the crisis demanded faster action.
The nuclear option
An alternative (or perhaps prelude) to a bad bank would be nationalisation. This would at a stroke end the tension between the goals of private shareholders who want to hoard capital and lend less, and government overseers who want banks to lend more and modify mortgages of homeowners facing foreclosure.
But nationalisation carries huge costs of its own. With the world awash in unwanted bank assets, it could take years for the governments to privatise their banks. Meanwhile politicians would be tempted to turn banks into instruments of industrial policy, propping up politically powerful industries such as carmakers and scrimping on more deserving recipients. Politically motivated lending could result in even larger loan losses in the future, and private banks would be put at a disadvantage. At the other extreme, governments might be so fearful of taxpayer losses that they lend even less than their private counterparts.
Economists have long recognised that banks are special. Through decades-old relationships with millions of households and businesses, they normally (though, sadly, not recently) steer savings to productive and lucrative endeavours. Letting banks collapse would wipe out this critical mechanism; nationalising them could, eventually, do it similar damage.
Fonte: The Economist
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
The Ruined Maid, Thomas Hardy
"O 'Melia, my dear, this does everything crown!
Who could have supposed I should meet you in Town?
And whence such fair garments, such prosperi-ty?
O didn't you know I'd been ruined?" said she.
"You left us in tatters, without shoes or socks,
Tired of digging potatoes, and spudding up docks;
And now you've gay bracelets and bright feathers three!"
"Yes: that's how we dress when we're ruined," said she.
"At home in the barton you said 'thee' and 'thou,'
And 'thik oon,' and 'theäs oon,' and 't'other'; but now
Your talking quite fits 'ee for high compa-ny!"
"Some polish is gained with one's ruin," said she.
"Your hands were like paws then, your face blue and bleak
But now I'm bewitched by your delicate cheek,
And your little gloves fit as on any la-dy!"
"We never do work when we're ruined," said she.
"You used to call home-life a hag-ridden dream,
And you'd sigh, and you'd sock; but at present you seem
To know not of megrims or melancho-ly!"
"True. One's pretty lively when ruined," said she.
"I wish I had feathers, a fine sweeping gown,
And a delicate face, and could strut about Town!"
"My dear -- a raw country girl, such as you be,
Cannot quite expect that. You ain't ruined," said she
Who could have supposed I should meet you in Town?
And whence such fair garments, such prosperi-ty?
O didn't you know I'd been ruined?" said she.
"You left us in tatters, without shoes or socks,
Tired of digging potatoes, and spudding up docks;
And now you've gay bracelets and bright feathers three!"
"Yes: that's how we dress when we're ruined," said she.
"At home in the barton you said 'thee' and 'thou,'
And 'thik oon,' and 'theäs oon,' and 't'other'; but now
Your talking quite fits 'ee for high compa-ny!"
"Some polish is gained with one's ruin," said she.
"Your hands were like paws then, your face blue and bleak
But now I'm bewitched by your delicate cheek,
And your little gloves fit as on any la-dy!"
"We never do work when we're ruined," said she.
"You used to call home-life a hag-ridden dream,
And you'd sigh, and you'd sock; but at present you seem
To know not of megrims or melancho-ly!"
"True. One's pretty lively when ruined," said she.
"I wish I had feathers, a fine sweeping gown,
And a delicate face, and could strut about Town!"
"My dear -- a raw country girl, such as you be,
Cannot quite expect that. You ain't ruined," said she
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Interessante artigo sobre a resposta dos católicos americanos( mas não somente eles) sobre a crise econômica.
How will 2008 be remembered? Certainly for the election of America's first African-American president, but also as the year that the global economy was struck by one of the worst crises in its history. Some commentators are already referring to the upheaval as "the Crisis of 2008", putting it on a historic par with the Wall Street Crash of 1929, which led to the Great Depression.
Economists estimate the crisis has cost two trillion pounds (that is, two followed by 12 noughts). Governments of the world's richest nations have poured billions of pounds into saving banks, which means that taxpayers are likely to bear the costs for years and possibly even decades.
It is notoriously difficult to understand the present crisis. As P J O'Rourke has observed, it's baffling that a poor American "falls behind in his mortgage payments, and the economy in Iceland implodes". The crisis is due, in large part, to the failure of arcane financial mechanisms that even economists struggle to understand. As Dr Samuel Gregg of the Acton Institute has put it: "Numerous economic factors underlie the financial meltdown. These include loose monetary policy, massive bank overleveraging, and the subprime mortgage implosion."
The sheer complexity of the crisis perhaps explains why relatively few Catholic thinkers have engaged with it seriously. One is tempted to play Devil's advocate and ask whether the Church has anything perceptive to say about an event that will affect the lives of millions of people, especially the poorest, for years to come.
Early Catholic responses to the crisis
While the Church as a whole has been slow to react to the crisis, there have been significant isolated responses.
The most notable is the American bishops' letter, dated September 26, to the Bush administration and Congress. The letter noted that the bishops did not "bring technical expertise to these complicated matters", but offered five guiding principles from the treasury of Catholic social teaching:
People come first: The letter said businesses needed to be at the service of Man, rather than the other way round. "The scandalous search for excessive economic rewards even to the point of dangerous speculation that exacerbates the pain and losses of the more vulnerable are egregious examples of an economic ethic that places economic gain above all other values," the letter said. "This ignores the impact of economic decisions on the lives of real people as well as the ethical dimension of the choices we make and the moral responsibility we have for their effect on people."
Be accountable: Those who took the imprudent decisions that led to the crisis should be held responsible for the harm they have caused.
Don't have blind faith in markets: The free market is, in the words of Pope John Paul II, "the most efficient instrument for utilising resources and effectively responding to needs". But markets cannot meet every human need.
Solidarity: We should show solidarity by recognising that "we are in this together". We should pursue the common good during this crisis, rather than "partisan gain or economic advantage".
Subsidiarity: Businesses must take responsibility for their actions. If they fail to do so, "larger entities, including the government, will have to step in to do what private institutions have failed to do".
On November 11 the US bishops issued an additional statement reflecting further on the principle of solidarity.
It said: "This disturbing and complicated situation brings home a universal truth: we are all children of God. We are our brothers' and sisters' keepers. We are all in this together. Hard times can isolate us or they can bring us together. The Catholic community will continue to reach out to those in need, stand with those who are hurt, and work for policies that bring greater compassion, accountability and justice to economic life."
Too little regulation or too much?
The recently revitalised Vatican newspaper L'Osservatore Romano has been at the forefront of Catholic reflection on world market turmoil.
Writing in L'Osservatore, Ettore Gotti Tedeschi, an economist at the Catholic University of the Sacred Heart in Milan, said the crisis resulted from greed and lack of regulation. The western world, he said, continually failed to create "a model of development that is capable of guaranteeing stable wealth". The present model - "inventing a boom in GNP [Gross National Product] through risky financial models that were poorly conceived and badly regulated" - was another spectacular failure.
The article in L'Osservatore was applauded by some as a serious attempt to grapple with the crisis. But others were less impressed. Philip Booth, a director of the Institute of Economic Affairs in London, rejected calls for more regulation.
He said: "The professor [Ettore Gotti Tedeschi] may be right that many people have been irresponsible, but the idea that somehow we can solve these problems by regulation is unfounded. Regulators come from the same human stock as bankers - they are imperfect people who make mistakes. If regulators exist to perfect markets, who is going to perfect the regulator?"
Para ler o resto do artigo clique aqui
How will 2008 be remembered? Certainly for the election of America's first African-American president, but also as the year that the global economy was struck by one of the worst crises in its history. Some commentators are already referring to the upheaval as "the Crisis of 2008", putting it on a historic par with the Wall Street Crash of 1929, which led to the Great Depression.
Economists estimate the crisis has cost two trillion pounds (that is, two followed by 12 noughts). Governments of the world's richest nations have poured billions of pounds into saving banks, which means that taxpayers are likely to bear the costs for years and possibly even decades.
It is notoriously difficult to understand the present crisis. As P J O'Rourke has observed, it's baffling that a poor American "falls behind in his mortgage payments, and the economy in Iceland implodes". The crisis is due, in large part, to the failure of arcane financial mechanisms that even economists struggle to understand. As Dr Samuel Gregg of the Acton Institute has put it: "Numerous economic factors underlie the financial meltdown. These include loose monetary policy, massive bank overleveraging, and the subprime mortgage implosion."
The sheer complexity of the crisis perhaps explains why relatively few Catholic thinkers have engaged with it seriously. One is tempted to play Devil's advocate and ask whether the Church has anything perceptive to say about an event that will affect the lives of millions of people, especially the poorest, for years to come.
Early Catholic responses to the crisis
While the Church as a whole has been slow to react to the crisis, there have been significant isolated responses.
The most notable is the American bishops' letter, dated September 26, to the Bush administration and Congress. The letter noted that the bishops did not "bring technical expertise to these complicated matters", but offered five guiding principles from the treasury of Catholic social teaching:
People come first: The letter said businesses needed to be at the service of Man, rather than the other way round. "The scandalous search for excessive economic rewards even to the point of dangerous speculation that exacerbates the pain and losses of the more vulnerable are egregious examples of an economic ethic that places economic gain above all other values," the letter said. "This ignores the impact of economic decisions on the lives of real people as well as the ethical dimension of the choices we make and the moral responsibility we have for their effect on people."
Be accountable: Those who took the imprudent decisions that led to the crisis should be held responsible for the harm they have caused.
Don't have blind faith in markets: The free market is, in the words of Pope John Paul II, "the most efficient instrument for utilising resources and effectively responding to needs". But markets cannot meet every human need.
Solidarity: We should show solidarity by recognising that "we are in this together". We should pursue the common good during this crisis, rather than "partisan gain or economic advantage".
Subsidiarity: Businesses must take responsibility for their actions. If they fail to do so, "larger entities, including the government, will have to step in to do what private institutions have failed to do".
On November 11 the US bishops issued an additional statement reflecting further on the principle of solidarity.
It said: "This disturbing and complicated situation brings home a universal truth: we are all children of God. We are our brothers' and sisters' keepers. We are all in this together. Hard times can isolate us or they can bring us together. The Catholic community will continue to reach out to those in need, stand with those who are hurt, and work for policies that bring greater compassion, accountability and justice to economic life."
Too little regulation or too much?
The recently revitalised Vatican newspaper L'Osservatore Romano has been at the forefront of Catholic reflection on world market turmoil.
Writing in L'Osservatore, Ettore Gotti Tedeschi, an economist at the Catholic University of the Sacred Heart in Milan, said the crisis resulted from greed and lack of regulation. The western world, he said, continually failed to create "a model of development that is capable of guaranteeing stable wealth". The present model - "inventing a boom in GNP [Gross National Product] through risky financial models that were poorly conceived and badly regulated" - was another spectacular failure.
The article in L'Osservatore was applauded by some as a serious attempt to grapple with the crisis. But others were less impressed. Philip Booth, a director of the Institute of Economic Affairs in London, rejected calls for more regulation.
He said: "The professor [Ettore Gotti Tedeschi] may be right that many people have been irresponsible, but the idea that somehow we can solve these problems by regulation is unfounded. Regulators come from the same human stock as bankers - they are imperfect people who make mistakes. If regulators exist to perfect markets, who is going to perfect the regulator?"
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terça-feira, 20 de janeiro de 2009
The Long And Difficult Road To Wage Cuts As An Alternative To Devaluation
Importante post do Blog "a fistfull of euros" comentando as agruras da economia da região do euro frente a crise econômica. Recomendo, também, a leitura de outro post, no mesmo blog, sobre os problemas da economia espanhola. Alias, esses dois posts, nos leva a pensar a respeito dos problemas criados pela ausência de um grande mobilidade do fator trabalho na zona do euro.
Well it’s pretty clear to me at least that there is now one, and only one, major and outsanding topic towering head and shoulders above all those other pressing and important problems those of us following the EU economies currently find lying in our macro-policy in-trays: the issue of wage cuts. Not since the 1930s has the possibility of such a generalised reduction in wages and living standards loomed out there before policymakers, and doubly so if we now hit - as I fear we may well for reasons to be explained at the end of this post - systematic price deflation in a number of core European economies.
The issue that has suddenly and even violently erupted onto the European macro horizon over the last week (as if we didn’t already have sufficient problems to be getting on with) is, quite simply, how, if they either don’t want to, or can’t, devalue, do politicians successfully go about the business of persuading the people who, at the end of the day, vote them into office (or don’t) to swallow a series of large and significant wage cuts? And this is no idle and abstract theoretical problem, since in the space of the last week alone the issue has raised its ugly head in at least four EU member states - Ireland, Greece, Latvia and Hungary.
In the case of the first two of these devaluation simply isn’t an option, since there is no a local currency to devalue, while in the case of the latter two the presence of prior large scale foreign currency borrowing means that authorities are nervous about anything that smacks of devaluation (since the providing banks would take large losses following the inevitable defaults, and the cooperation of these providing banks is necessary in the future if the economies in question are ever to recover). This latter view (no devaluation) prevails even though many economists, (including myself), would argue that is a highly questionable one, since wage deflation on a sufficient scale will ultimately produce those very same defaults (with the added schadenfreude, as Paul Krugman points out, that even those who have borrowed in the domestic currency are also pushed into default).
Edward Hugh
Para ler o post completo clique aqui
Well it’s pretty clear to me at least that there is now one, and only one, major and outsanding topic towering head and shoulders above all those other pressing and important problems those of us following the EU economies currently find lying in our macro-policy in-trays: the issue of wage cuts. Not since the 1930s has the possibility of such a generalised reduction in wages and living standards loomed out there before policymakers, and doubly so if we now hit - as I fear we may well for reasons to be explained at the end of this post - systematic price deflation in a number of core European economies.
The issue that has suddenly and even violently erupted onto the European macro horizon over the last week (as if we didn’t already have sufficient problems to be getting on with) is, quite simply, how, if they either don’t want to, or can’t, devalue, do politicians successfully go about the business of persuading the people who, at the end of the day, vote them into office (or don’t) to swallow a series of large and significant wage cuts? And this is no idle and abstract theoretical problem, since in the space of the last week alone the issue has raised its ugly head in at least four EU member states - Ireland, Greece, Latvia and Hungary.
In the case of the first two of these devaluation simply isn’t an option, since there is no a local currency to devalue, while in the case of the latter two the presence of prior large scale foreign currency borrowing means that authorities are nervous about anything that smacks of devaluation (since the providing banks would take large losses following the inevitable defaults, and the cooperation of these providing banks is necessary in the future if the economies in question are ever to recover). This latter view (no devaluation) prevails even though many economists, (including myself), would argue that is a highly questionable one, since wage deflation on a sufficient scale will ultimately produce those very same defaults (with the added schadenfreude, as Paul Krugman points out, that even those who have borrowed in the domestic currency are also pushed into default).
Edward Hugh
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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
How Japan Fell into the Hole
Uma das mais interessantes análises da crise da economia japonesa. Retomando o conceito de "balance-sheet recession" Richard C.Koo foge da mesmice da análise econômica do livro texto e desenvolve um "approach" bastante útil para entendermos a atual crise da economia americana. O curioso é que durante a crise da economia japonesa, nos anos 90, ele se encontrava em lado oposto ao Krugman e Bernanke, defendendo medidas de cujo fiscal, enquanto os dois defendiam medidas monetárias e criticavam a política fiscal japonesa. Hoje Krugman é um fiscalista, mas com argumentos pobres. O senso de oportunidade, nem sempre é acompanhado de profundidade teorica. Melhor assistir a palestra do Koo no CSIS. Imperdivel, apesar de longa.
Japan's economic recovery and stock-market rebound caught many by surprise, especially those who were led to believe the country would never bounce back without sweeping structural reform or drastic monetary easing. The economy recovered, however, because its decade-long stagnation had little to do with either structural or monetary problems. The Japanese stagnation actually had everything to do with a rare phenomenon called a balance-sheet recession, where the vast majority of companies in an economy devote most of their resources to paying off their debts even when interest rates are near zero.
Japanese corporations started cutting back on borrowing as early as 1991, and by 1998 the whole corporate sector was a net repayer of debt. By 2003, the annual debt repayment reached 7% of GDP. Companies paid down debt because they faced a massive fall in asset prices after the collapse of the bubble economy in 1990, with commercial real estate values in major cities plummeting by nearly 90% in some cases. Since these assets were typically purchased with borrowed funds, the collapse devastated balance sheets and left many companies owing far more on properties than they could possibly sell them for.
On the other hand, the main line of business for most companies -- whether building cars, cameras, or precision machinery -- continued to do well. The fact that Japan ran one of the largest trade surpluses in the world throughout this period suggests that its ability to supply quality products at competitive prices was still intact. With business largely healthy, the companies started doing the logical thing under the circumstances: using their cash flow to pay down debt to repair the balance sheet.
DEFLATIONARY PRESSURE. This shift to debt minimization, however, completely disrupts the normal workings of the economy. That's because the corporate sector no longer borrows the funds saved by the household sector, even at ultra-low interest rates. With no one borrowing, those personal savings -- plus the debt companies are repaying -- pile up unused in the banks, effectively shrinking aggregate demand by the same amount. Left unattended, this deflationary gap will continue to shrink the economy until almost everyone becomes too poor to save any money.
In post-bubble Japan, this gap peaked at 8.5% of GDP in 2003. Deflationary pressure of such magnitude will throw any economy into recession, or even outright depression. Furthermore, many companies started paying down debt as early as 1992, when Japan still had inflation, indicating that it was the fall in asset prices, not deflation in output prices, that has been the main concern of Japanese companies.
In this type of recession, monetary policy is ineffective. Even though central bankers typically bring interest rates down in response to a recession, they cannot increase the money supply. That's because nobody is borrowing money, so the liquidity provided by the central bank cannot leave the banking system.
PORK-BARREL BENEFITS. The government, of course, can't tell private-sector companies not to repair their balance sheets. So all it can do is the opposite of the private sector -- take up the excess savings in the private sector and put the money back into the economy. This fiscal action is needed not only to stabilize the economy and give companies time to repair their balance sheets but also to keep the money supply from shrinking as a result of the private sector paying down its debt.
And that's exactly how Japan managed to stay afloat in spite of a loss of wealth that exceeded $10 trillion. As a percentage of GDP, this was far bigger than the loss the U.S. suffered during the Great Depression in the 1930s. But under President Hoover 70 years ago, the U.S. lost a third of GDP and money supply, while Japan managed to maintain stability in both because of the prompt fiscal response that filled the deflationary gap each year before the contraction was allowed to start.
Although the pork-barrel politicians -- and their opponents, for that matter -- never understood the crucial role they were playing in keeping the economy stable, they allowed the corporate sector to pay down so much debt that many companies are now finished with their balance-sheet repairs. Today, corporate borrowing from banks as a percentage of GDP, which reached 85% during the bubble days, is down to 52% -- a level last seen in 1956!
GLOBAL RISKS. This is the root of the Japanese economic recovery. Today's leaner and meaner Japanese companies are again using their cash flow to build businesses instead of paying down debt. With employment, production, and asset prices all going up, it's just a matter of time before Japanese companies will make their presence known. Many will follow the footsteps of Toyota (TM), a company that had no debt to begin with and therefore suffered no balance-sheet problems during the last 15 years. Those abroad who have written off Japanese companies as inconsequential would be well advised to check back.
Companies and economists worldwide should take note. In the U.S., the corporate sector also appears reluctant to borrow in spite of the lowest long-term interest rates in 40 years. Most likely, that's because, after the bursting of the tech bubble and the Sarbanes-Oxley Act, they're more concerned with strengthening their balance sheets than their usual profit maximization. Although U.S. corporate balance sheets are now quite strong, American households may find a similar balance-sheet challenge if the housing bubble collapses.
Europe should also be concerned about balance-sheet problems, because the German corporate sector has been paying down debt since the bursting of the telecom bubble. To make matters worse, German households are increasing savings. To counter the deflationary pressures, Germany needs to either put in sufficient fiscal stimulus or export its way out.
BITING THE HAND. A balance-sheet recession is both inaudible and invisible, because companies with balance-sheet problems aren't eager to share that information with the outside world. Although repairing balance sheets is the right and responsible thing to do for individual corporations, when many companies simultaneously shift their priorities from profit maximization to debt minimization, Adam Smith's Invisible Hand reverses its normal direction and shrinks both the economy and the money supply.
Even though a small government relying on monetary policy for economic management is best when private sector balance sheets are healthy and companies are all forward-looking, a proactive government with a credible fiscal policy is essential when private sector balance sheets are underwater and companies need time and revenue to regain their financial health.
Richard C.Koo
Fonte: Business Week
Japan's economic recovery and stock-market rebound caught many by surprise, especially those who were led to believe the country would never bounce back without sweeping structural reform or drastic monetary easing. The economy recovered, however, because its decade-long stagnation had little to do with either structural or monetary problems. The Japanese stagnation actually had everything to do with a rare phenomenon called a balance-sheet recession, where the vast majority of companies in an economy devote most of their resources to paying off their debts even when interest rates are near zero.
Japanese corporations started cutting back on borrowing as early as 1991, and by 1998 the whole corporate sector was a net repayer of debt. By 2003, the annual debt repayment reached 7% of GDP. Companies paid down debt because they faced a massive fall in asset prices after the collapse of the bubble economy in 1990, with commercial real estate values in major cities plummeting by nearly 90% in some cases. Since these assets were typically purchased with borrowed funds, the collapse devastated balance sheets and left many companies owing far more on properties than they could possibly sell them for.
On the other hand, the main line of business for most companies -- whether building cars, cameras, or precision machinery -- continued to do well. The fact that Japan ran one of the largest trade surpluses in the world throughout this period suggests that its ability to supply quality products at competitive prices was still intact. With business largely healthy, the companies started doing the logical thing under the circumstances: using their cash flow to pay down debt to repair the balance sheet.
DEFLATIONARY PRESSURE. This shift to debt minimization, however, completely disrupts the normal workings of the economy. That's because the corporate sector no longer borrows the funds saved by the household sector, even at ultra-low interest rates. With no one borrowing, those personal savings -- plus the debt companies are repaying -- pile up unused in the banks, effectively shrinking aggregate demand by the same amount. Left unattended, this deflationary gap will continue to shrink the economy until almost everyone becomes too poor to save any money.
In post-bubble Japan, this gap peaked at 8.5% of GDP in 2003. Deflationary pressure of such magnitude will throw any economy into recession, or even outright depression. Furthermore, many companies started paying down debt as early as 1992, when Japan still had inflation, indicating that it was the fall in asset prices, not deflation in output prices, that has been the main concern of Japanese companies.
In this type of recession, monetary policy is ineffective. Even though central bankers typically bring interest rates down in response to a recession, they cannot increase the money supply. That's because nobody is borrowing money, so the liquidity provided by the central bank cannot leave the banking system.
PORK-BARREL BENEFITS. The government, of course, can't tell private-sector companies not to repair their balance sheets. So all it can do is the opposite of the private sector -- take up the excess savings in the private sector and put the money back into the economy. This fiscal action is needed not only to stabilize the economy and give companies time to repair their balance sheets but also to keep the money supply from shrinking as a result of the private sector paying down its debt.
And that's exactly how Japan managed to stay afloat in spite of a loss of wealth that exceeded $10 trillion. As a percentage of GDP, this was far bigger than the loss the U.S. suffered during the Great Depression in the 1930s. But under President Hoover 70 years ago, the U.S. lost a third of GDP and money supply, while Japan managed to maintain stability in both because of the prompt fiscal response that filled the deflationary gap each year before the contraction was allowed to start.
Although the pork-barrel politicians -- and their opponents, for that matter -- never understood the crucial role they were playing in keeping the economy stable, they allowed the corporate sector to pay down so much debt that many companies are now finished with their balance-sheet repairs. Today, corporate borrowing from banks as a percentage of GDP, which reached 85% during the bubble days, is down to 52% -- a level last seen in 1956!
GLOBAL RISKS. This is the root of the Japanese economic recovery. Today's leaner and meaner Japanese companies are again using their cash flow to build businesses instead of paying down debt. With employment, production, and asset prices all going up, it's just a matter of time before Japanese companies will make their presence known. Many will follow the footsteps of Toyota (TM), a company that had no debt to begin with and therefore suffered no balance-sheet problems during the last 15 years. Those abroad who have written off Japanese companies as inconsequential would be well advised to check back.
Companies and economists worldwide should take note. In the U.S., the corporate sector also appears reluctant to borrow in spite of the lowest long-term interest rates in 40 years. Most likely, that's because, after the bursting of the tech bubble and the Sarbanes-Oxley Act, they're more concerned with strengthening their balance sheets than their usual profit maximization. Although U.S. corporate balance sheets are now quite strong, American households may find a similar balance-sheet challenge if the housing bubble collapses.
Europe should also be concerned about balance-sheet problems, because the German corporate sector has been paying down debt since the bursting of the telecom bubble. To make matters worse, German households are increasing savings. To counter the deflationary pressures, Germany needs to either put in sufficient fiscal stimulus or export its way out.
BITING THE HAND. A balance-sheet recession is both inaudible and invisible, because companies with balance-sheet problems aren't eager to share that information with the outside world. Although repairing balance sheets is the right and responsible thing to do for individual corporations, when many companies simultaneously shift their priorities from profit maximization to debt minimization, Adam Smith's Invisible Hand reverses its normal direction and shrinks both the economy and the money supply.
Even though a small government relying on monetary policy for economic management is best when private sector balance sheets are healthy and companies are all forward-looking, a proactive government with a credible fiscal policy is essential when private sector balance sheets are underwater and companies need time and revenue to regain their financial health.
Richard C.Koo
Fonte: Business Week
domingo, 18 de janeiro de 2009
sábado, 17 de janeiro de 2009
Por que o plano de Obama ainda é inadequado e incompleto, M.Wolf
Análise impecavel, como sempre, do M.Wolf do FT., sobre o Plano Obama. Meu único ponto de discordância: apesar do cenário descrito não ser nada agradável, ainda acho que será pior. Não, não é o "debacle" do capitalismo americano sonhado pela esquerda champanhe de perdizes-higienopolis, mas, como já mencionado em outros posts, um processo, doloroso, de correção do desequilibrio entre ativos e passivos.
Na semana passada, o presidente eleito Barack Obama revelou devidamente seu plano de recuperação e reinvestimento americanos. Seu título foi aptamente escolhido, pois Obama falou, surpreendentemente, como se as políticas do restante do mundo não tivessem efeito sobre o destino dos Estados Unidos. Ele também falou como se um grande estímulo fiscal fosse suficiente para restaurar a prosperidade. Se é nisso que ele acredita, Obama está prestes a ter um choque. As dificuldades que ele confronta são muito mais profundas e mais globais que isso.
Eu tenho pouca dúvida de que seus assessores estão dizendo isso ao presidente eleito. Os pontos que estão -ou devem estar- apresentando para ele são estes.
Primeiro, os autores de políticas japoneses que disseram a todos que os Estados Unidos corriam o risco de cair em um período prolongado de fraqueza econômica estavam certos. Para entender por que isso é verdade, é preciso ler o livro brilhante de Richard Koo, do Instituto de Pesquisa Nomura.* Nele, ele explica como a combinação de queda dos preços dos ativos com alto endividamento força o setor privado a parar de tomar empréstimos e a pagar a dívida. O governo então surge inevitavelmente como tomador de empréstimo e gastador de último recurso. Como o governo japonês sabia disso, o país sofreu uma recessão prolongada em vez de um colapso.
Por muito tempo se argumentou que os Estados Unidos não poderiam sofrer como o Japão. Isto está errado. É verdade que os Estados Unidos têm três vantagens em relação ao Japão: a destruição da riqueza no estouro da bolha japonesa foi de três vezes o produto interno bruto, enquanto as perdas americanas certamente serão bem menores; as empresas não-financeiras americanas não parecem exageradamente endividadas; e, apesar dos esforços dos oponentes de marcar ativos a mercado, o reconhecimento das perdas ocorreu bem mas cedo.
Em outros aspectos, entretanto, os Estados Unidos estão mais vulneráveis do que o Japão, após sua recente farra de dívida. O restante da economia mundial foi grande e dinâmica o suficiente para sustentar as exportações japonesas, mas o mundo todo agora está em recessão; além disso, os Estados Unidos são um país tanto deficitário quanto devedor. A sra. Watanabe confia em seu governo. Quanto ela confiará no Tio Sam? Quanto confiará Hu Jintao?
Qualquer complacência em relação às perspectivas de recuperação dos Estados Unidos é perigosa. Além disso, o fato dos Estados Unidos terem um déficit estrutural em conta corrente tem peso no segundo ponto que os assessores de Obama devem apresentar. O estímulo fiscal é um paliativo necessário para uma economia sobrecarregada de dívida e afligida por queda nos preços dos ativos. Mas a provável longevidade e escala dos déficits fiscais necessários são bastante assustadoras.
Na coluna da semana passada ("Escolhas feitas em 2009 moldarão o destino do planeta", 7 de janeiro) eu argumentei que o setor privado americano sobrecarregado de dívida agora seria forçado a economizar. O excesso de renda sobre os gastos no setor privado poderia ser, digamos, de 6% do PIB por um período prolongado. Se o atual déficit em conta corrente estrutural permanecesse em 4% do PIB, o déficit fiscal geral precisaria ser de 10% do PIB. Além disso, este seria o déficit estrutural -ou pleno emprego.
O Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, na sigla em inglês) prevê que a produção americana será 7% abaixo do potencial nos próximos dois anos, se as políticas não mudarem. Nesse caso, o déficit de fato agora seria muito maior do que o estrutural. É fácil ver, portanto, por que os críticos argumentam que o plano de Obama de um estímulo fiscal adicional de 5% do PIB ao longo de dois anos é pequeno demais, apesar do CBO prever um déficit base de 8,3% do PIB neste ano. Também é fácil entender por que muitos fazem fortes objeções a reduções de impostos, já que é mais provável que o dinheiro das reduções seja poupado quanto maior for o pacote -e, além disso, os impostos claramente precisarão ser aumentados a longo prazo.
Mas o ponto principal, entretanto, não é que o pacote precise ser maior, apesar de precisar. É que escapar de déficits imensos e prolongados será muito difícil. Enquanto o setor privado buscar reduzir sua dívida e a conta corrente estiver em déficit estrutural, os Estados Unidos terão que incorrer em grandes déficits fiscais caso queiram sustentar o pleno emprego.
Isso leva ao terceiro ponto que os assessores de Obama devem apresentar. O de que incorrer em imensos déficits fiscais por anos é possível. Mas os Estados Unidos só poderiam escapar impunes disso caso o calote esteja fora de questão.
No final das guerras napoleônicas, o Reino Unido tinha uma relação entre dívida pública e PIB de 270%. Isso foi reduzido ao longo de um século: o crescimento, o padrão ouro e o compromisso com orçamentos equilibrados fizeram o truque. A questão é, quanta dívida os Estados Unidos (ou o Reino Unido) podem acumular agora. Meu palpite é de que os Estados Unidos podem esperar incorrer em grandes déficits por anos, caso sejam usados para financiar a criação de ativos de alta qualidade. Mas a política não pode perdurar com segurança ao longo de dois mandatos presidenciais.
Mas, diferente da crença disseminada nos Estados Unidos, um rápido retorno a pequenos déficits fiscais, alto emprego e crescimento rápido não ocorrerá espontaneamente. É necessário promover primeiro mudanças estruturais nas economias dos Estados Unidos e do mundo. Este é o último ponto que os assessores de Obama devem apresentar.
E quais são essas mudanças?
Primeiro, deve haver um programa crível para o que os americanos chamam de "desalavancagem". Os Estados Unidos não podem arcar com anos de redução dolorosa de dívida no setor privado -um processo que ainda mal começou. A alternativa é uma redução forçado dos valores dos ativos podres no setor financeiro e uma maior recapitalização fiscal ou swaps de dívida por ações. Isso também significa uma falência em massa dos lares insolventes e reduções forçadas nos valores das hipotecas.
Tudo isso também levaria a grandes aumentos na dívida pública. Mas esses aumentos seriam provavelmente muito menores do que os gerados por uma década de imensos déficits fiscais. A meta é ter um sistema financeiro mais enxuto e melhor capitalizado e um balancete mais saudável do setor privado não-financeiro, o mais cedo possível. O programa de alívio de ativos com problemas deveria ser usado para isso. Ele precisará ser maior.
Segundo e mais importante, o déficit estrutural em conta corrente precisa diminuir. O setor privado americano não está mais em posição de incorrer em imensos déficits financeiros para compensar os déficits externos que drenam a demanda. O setor público pode fazê-lo apenas por alguns poucos anos. A longo prazo, a economia mundial deve ser reequilibrada de forma sustentável e saudável. Este é um enorme desafio para a diplomacia econômica internacional. Também é um elemento essencial para uma política doméstica sólida.
Obama deve ser plenamente persuadido sobre estes últimos pontos. Para que os déficits fiscais possam cair acentuadamente a médio prazo, como precisam, o novo presidente precisa de programas eficazes para desalavancagem do setor privado e para uma reforma e ajuste globais. O destino dos Estados Unidos não deve ser determinado em isolamento. O que isso significa será o tema da coluna da próxima semana.
* The Holy Grail of Macroeconomics: Lessons from Japan's Great Recession (Wiley, 2008)
Fonte: UOL on line
Na semana passada, o presidente eleito Barack Obama revelou devidamente seu plano de recuperação e reinvestimento americanos. Seu título foi aptamente escolhido, pois Obama falou, surpreendentemente, como se as políticas do restante do mundo não tivessem efeito sobre o destino dos Estados Unidos. Ele também falou como se um grande estímulo fiscal fosse suficiente para restaurar a prosperidade. Se é nisso que ele acredita, Obama está prestes a ter um choque. As dificuldades que ele confronta são muito mais profundas e mais globais que isso.
Eu tenho pouca dúvida de que seus assessores estão dizendo isso ao presidente eleito. Os pontos que estão -ou devem estar- apresentando para ele são estes.
Primeiro, os autores de políticas japoneses que disseram a todos que os Estados Unidos corriam o risco de cair em um período prolongado de fraqueza econômica estavam certos. Para entender por que isso é verdade, é preciso ler o livro brilhante de Richard Koo, do Instituto de Pesquisa Nomura.* Nele, ele explica como a combinação de queda dos preços dos ativos com alto endividamento força o setor privado a parar de tomar empréstimos e a pagar a dívida. O governo então surge inevitavelmente como tomador de empréstimo e gastador de último recurso. Como o governo japonês sabia disso, o país sofreu uma recessão prolongada em vez de um colapso.
Por muito tempo se argumentou que os Estados Unidos não poderiam sofrer como o Japão. Isto está errado. É verdade que os Estados Unidos têm três vantagens em relação ao Japão: a destruição da riqueza no estouro da bolha japonesa foi de três vezes o produto interno bruto, enquanto as perdas americanas certamente serão bem menores; as empresas não-financeiras americanas não parecem exageradamente endividadas; e, apesar dos esforços dos oponentes de marcar ativos a mercado, o reconhecimento das perdas ocorreu bem mas cedo.
Em outros aspectos, entretanto, os Estados Unidos estão mais vulneráveis do que o Japão, após sua recente farra de dívida. O restante da economia mundial foi grande e dinâmica o suficiente para sustentar as exportações japonesas, mas o mundo todo agora está em recessão; além disso, os Estados Unidos são um país tanto deficitário quanto devedor. A sra. Watanabe confia em seu governo. Quanto ela confiará no Tio Sam? Quanto confiará Hu Jintao?
Qualquer complacência em relação às perspectivas de recuperação dos Estados Unidos é perigosa. Além disso, o fato dos Estados Unidos terem um déficit estrutural em conta corrente tem peso no segundo ponto que os assessores de Obama devem apresentar. O estímulo fiscal é um paliativo necessário para uma economia sobrecarregada de dívida e afligida por queda nos preços dos ativos. Mas a provável longevidade e escala dos déficits fiscais necessários são bastante assustadoras.
Na coluna da semana passada ("Escolhas feitas em 2009 moldarão o destino do planeta", 7 de janeiro) eu argumentei que o setor privado americano sobrecarregado de dívida agora seria forçado a economizar. O excesso de renda sobre os gastos no setor privado poderia ser, digamos, de 6% do PIB por um período prolongado. Se o atual déficit em conta corrente estrutural permanecesse em 4% do PIB, o déficit fiscal geral precisaria ser de 10% do PIB. Além disso, este seria o déficit estrutural -ou pleno emprego.
O Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, na sigla em inglês) prevê que a produção americana será 7% abaixo do potencial nos próximos dois anos, se as políticas não mudarem. Nesse caso, o déficit de fato agora seria muito maior do que o estrutural. É fácil ver, portanto, por que os críticos argumentam que o plano de Obama de um estímulo fiscal adicional de 5% do PIB ao longo de dois anos é pequeno demais, apesar do CBO prever um déficit base de 8,3% do PIB neste ano. Também é fácil entender por que muitos fazem fortes objeções a reduções de impostos, já que é mais provável que o dinheiro das reduções seja poupado quanto maior for o pacote -e, além disso, os impostos claramente precisarão ser aumentados a longo prazo.
Mas o ponto principal, entretanto, não é que o pacote precise ser maior, apesar de precisar. É que escapar de déficits imensos e prolongados será muito difícil. Enquanto o setor privado buscar reduzir sua dívida e a conta corrente estiver em déficit estrutural, os Estados Unidos terão que incorrer em grandes déficits fiscais caso queiram sustentar o pleno emprego.
Isso leva ao terceiro ponto que os assessores de Obama devem apresentar. O de que incorrer em imensos déficits fiscais por anos é possível. Mas os Estados Unidos só poderiam escapar impunes disso caso o calote esteja fora de questão.
No final das guerras napoleônicas, o Reino Unido tinha uma relação entre dívida pública e PIB de 270%. Isso foi reduzido ao longo de um século: o crescimento, o padrão ouro e o compromisso com orçamentos equilibrados fizeram o truque. A questão é, quanta dívida os Estados Unidos (ou o Reino Unido) podem acumular agora. Meu palpite é de que os Estados Unidos podem esperar incorrer em grandes déficits por anos, caso sejam usados para financiar a criação de ativos de alta qualidade. Mas a política não pode perdurar com segurança ao longo de dois mandatos presidenciais.
Mas, diferente da crença disseminada nos Estados Unidos, um rápido retorno a pequenos déficits fiscais, alto emprego e crescimento rápido não ocorrerá espontaneamente. É necessário promover primeiro mudanças estruturais nas economias dos Estados Unidos e do mundo. Este é o último ponto que os assessores de Obama devem apresentar.
E quais são essas mudanças?
Primeiro, deve haver um programa crível para o que os americanos chamam de "desalavancagem". Os Estados Unidos não podem arcar com anos de redução dolorosa de dívida no setor privado -um processo que ainda mal começou. A alternativa é uma redução forçado dos valores dos ativos podres no setor financeiro e uma maior recapitalização fiscal ou swaps de dívida por ações. Isso também significa uma falência em massa dos lares insolventes e reduções forçadas nos valores das hipotecas.
Tudo isso também levaria a grandes aumentos na dívida pública. Mas esses aumentos seriam provavelmente muito menores do que os gerados por uma década de imensos déficits fiscais. A meta é ter um sistema financeiro mais enxuto e melhor capitalizado e um balancete mais saudável do setor privado não-financeiro, o mais cedo possível. O programa de alívio de ativos com problemas deveria ser usado para isso. Ele precisará ser maior.
Segundo e mais importante, o déficit estrutural em conta corrente precisa diminuir. O setor privado americano não está mais em posição de incorrer em imensos déficits financeiros para compensar os déficits externos que drenam a demanda. O setor público pode fazê-lo apenas por alguns poucos anos. A longo prazo, a economia mundial deve ser reequilibrada de forma sustentável e saudável. Este é um enorme desafio para a diplomacia econômica internacional. Também é um elemento essencial para uma política doméstica sólida.
Obama deve ser plenamente persuadido sobre estes últimos pontos. Para que os déficits fiscais possam cair acentuadamente a médio prazo, como precisam, o novo presidente precisa de programas eficazes para desalavancagem do setor privado e para uma reforma e ajuste globais. O destino dos Estados Unidos não deve ser determinado em isolamento. O que isso significa será o tema da coluna da próxima semana.
* The Holy Grail of Macroeconomics: Lessons from Japan's Great Recession (Wiley, 2008)
Fonte: UOL on line
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Financial Reform: A Framework for Financial Stability
Documento de um grupo de pessoas influentes sobre a reforma do sistema financeiro. Como entre os signatário encontram-se membros do futuro Governo Obama é razoavel assumir que o documento será o ponto de partida para discussões sobre o formato que deverá assumir, no futuro, o sistema financeiro. Novas formas de regulamentação constam do menu. Continuo cetico quanto a eficácia da regulamanentação, e me parece que a estatização/nacionalização ainda é a melhor opção. Naturalmente, ela é dificil de ser aceita pelos americanos, ainda perdidos no fog ideológico típico da guerra fria. Porque a melhor opção? A resposta é técnica: o mercado e seus agentes tem demonstrado uma capacidade fantastica de burlar regulamentações e não vejo porque deverá ser diferente no futuro. Como o sistema financeiro é muito importante e não pode quebrar, o controle publico parcial ou total está plenamente justificado. Manter somente a socialização dos prejuizos e privatizar os lucros não me parece ser economicamente ou moralmente justicavel.
In July 2008, the Group of Thirty (G30) launched a project on financial reform under the leadership of a Steering Committee chaired by Paul A. Volcker, with Tommaso Padoa-Schioppa and Arminio Fraga Neto as its Vice Chairmen. They were supported by other G30 members who participated in an informal working group. All members (apart from those with current and prospective national official responsibilities) have had the opportunity to review and discuss preliminary drafts.
The Report is the responsibility of the Steering Committee and reflects broad areas of agreement among the participating G30 members, who participated in their individual capacities. The Report does not reflect the official views of those in policymaking positions or in leadership roles in the private sector. Where there are substantial differences in emphasis and substance, they are noted in the text.
The G30 undertook this project as the global financial crisis entered its second year.The analysis has been informed by the extreme events later in 2008, which rocked the very foundation of the established financial system and which led to unprecedented and massive government intervention both in the United States and in many other countries to contain a spreading financial panic.
Para ler o resto do documento clique aqui
In July 2008, the Group of Thirty (G30) launched a project on financial reform under the leadership of a Steering Committee chaired by Paul A. Volcker, with Tommaso Padoa-Schioppa and Arminio Fraga Neto as its Vice Chairmen. They were supported by other G30 members who participated in an informal working group. All members (apart from those with current and prospective national official responsibilities) have had the opportunity to review and discuss preliminary drafts.
The Report is the responsibility of the Steering Committee and reflects broad areas of agreement among the participating G30 members, who participated in their individual capacities. The Report does not reflect the official views of those in policymaking positions or in leadership roles in the private sector. Where there are substantial differences in emphasis and substance, they are noted in the text.
The G30 undertook this project as the global financial crisis entered its second year.The analysis has been informed by the extreme events later in 2008, which rocked the very foundation of the established financial system and which led to unprecedented and massive government intervention both in the United States and in many other countries to contain a spreading financial panic.
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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Losses, Randall Jarrell
It was not dying: everybody died.
It was not dying: we had died before
In the routine crashes-- and our fields
Called up the papers, wrote home to our folks,
And the rates rose, all because of us.
We died on the wrong page of the almanac,
Scattered on mountains fifty miles away;
Diving on haystacks, fighting with a friend,
We blazed up on the lines we never saw.
We died like aunts or pets or foreigners.
(When we left high school nothing else had died
For us to figure we had died like.)
In our new planes, with our new crews, we bombed
The ranges by the desert or the shore,
Fired at towed targets, waited for our scores--
And turned into replacements and worke up
One morning, over England, operational.
It wasn't different: but if we died
It was not an accident but a mistake
(But an easy one for anyone to make.)
We read our mail and counted up our missions--
In bombers named for girls, we burned
The cities we had learned about in school--
Till our lives wore out; our bodies lay among
The people we had killed and never seen.
When we lasted long enough they gave us medals;
When we died they said, "Our casualties were low."
The said, "Here are the maps"; we burned the cities.
It was not dying --no, not ever dying;
But the night I died I dreamed that I was dead,
And the cities said to me: "Why are you dying?
We are satisfied, if you are; but why did I die?"
It was not dying: we had died before
In the routine crashes-- and our fields
Called up the papers, wrote home to our folks,
And the rates rose, all because of us.
We died on the wrong page of the almanac,
Scattered on mountains fifty miles away;
Diving on haystacks, fighting with a friend,
We blazed up on the lines we never saw.
We died like aunts or pets or foreigners.
(When we left high school nothing else had died
For us to figure we had died like.)
In our new planes, with our new crews, we bombed
The ranges by the desert or the shore,
Fired at towed targets, waited for our scores--
And turned into replacements and worke up
One morning, over England, operational.
It wasn't different: but if we died
It was not an accident but a mistake
(But an easy one for anyone to make.)
We read our mail and counted up our missions--
In bombers named for girls, we burned
The cities we had learned about in school--
Till our lives wore out; our bodies lay among
The people we had killed and never seen.
When we lasted long enough they gave us medals;
When we died they said, "Our casualties were low."
The said, "Here are the maps"; we burned the cities.
It was not dying --no, not ever dying;
But the night I died I dreamed that I was dead,
And the cities said to me: "Why are you dying?
We are satisfied, if you are; but why did I die?"
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
How Not to Make Peace in the Middle East
Importante artigo-resenha publicado no The New York Review of Books, de autoria do Hussein Agha e Robert Malley, sobre um tema espinhoso: a crise do oriente medio. Nos USA o autor de qualquer trabalho que não siga a linha dominante sobre o tema, corre o risco, no melhor cenário, de falar sozinho e no pior, e não tão raro assim, de tornar-se um pária no mundo acadêmico.
Foreign affairs had no more than a small part in Barack Obama's presidential campaign, and the Middle East peace process only a fraction of that. Yet the sorry prospects for peace between Israelis and Palestinians make a break with past US policy on this matter imperative, regardless of the new administration's priorities.
The need for a move away from the lethal mix of arrogance and ignorance characteristic of George W. Bush's presidency is hard to dispute. That is not all that needs breaking away from. Some observers have welcomed the past year's surge of older-style US diplomacy, with Secretary of State Condoleezza Rice's multiple visits to the region, efforts to build Palestinian institutions and security forces, and negotiations between Israelis and Palestinians over a final status agreement. Yet spin aside, these efforts hardly can be deemed successful. Realities on the ground—from settlement construction to deepening divisions within Palestinian and Israeli societies to growing disillusionment with a two-state solution—render the possibility of a peace accord increasingly remote.
The failings of Bush's efforts have also revived nostalgia for President Clinton's. But it is a nostalgia born as much of anger with the present as of longing for the past. The 1990s were a time of US activism on behalf of peace, yet there is a record to contend with. It is not as forgiving. On this issue, Clinton's term concluded in failure, and it is a failure that bears at least some relation to the policies so lamented today.
Para ler o artigo completo clique aqui
Foreign affairs had no more than a small part in Barack Obama's presidential campaign, and the Middle East peace process only a fraction of that. Yet the sorry prospects for peace between Israelis and Palestinians make a break with past US policy on this matter imperative, regardless of the new administration's priorities.
The need for a move away from the lethal mix of arrogance and ignorance characteristic of George W. Bush's presidency is hard to dispute. That is not all that needs breaking away from. Some observers have welcomed the past year's surge of older-style US diplomacy, with Secretary of State Condoleezza Rice's multiple visits to the region, efforts to build Palestinian institutions and security forces, and negotiations between Israelis and Palestinians over a final status agreement. Yet spin aside, these efforts hardly can be deemed successful. Realities on the ground—from settlement construction to deepening divisions within Palestinian and Israeli societies to growing disillusionment with a two-state solution—render the possibility of a peace accord increasingly remote.
The failings of Bush's efforts have also revived nostalgia for President Clinton's. But it is a nostalgia born as much of anger with the present as of longing for the past. The 1990s were a time of US activism on behalf of peace, yet there is a record to contend with. It is not as forgiving. On this issue, Clinton's term concluded in failure, and it is a failure that bears at least some relation to the policies so lamented today.
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terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Step aside, Sartre: this is the new face of French intellectualism
Interessante "profile " da economista francesa Esther Duflo. Como tem sido a regra: a França continua a produzir ótimos economistas, que, por razões que desconheço, acabam emigrando para os USA.
"Everyone knows what a world-renowned, French intellectual looks like. There is the older sort, now rare, who has a squint and smokes cigarettes and haunts the cafés of the Paris Left Bank. There is the newer kind, who has flowing hair and an open-necked shirt and haunts television studios.
Wrong and wrong again. The new face of the world-leading French intellectual is a brisk 36-year-old woman with the pleasant but no-nonsense look of a primary school teacher, who climbs mountains in her spare time.
She is Esther Duflo and was recently named one of the 100 most influential thinkers in the world (she came 91st). She begins a season of lectures this week at the Collège de France, the Everest of French intellectual life: a kind of PhD-level OU with no students and free lectures for all.
Mme Duflo is the youngest woman ever to be asked to lecture at this prestigious, 500-year-old institution at the heart of the Left Bank. Her introductory talk was the hottest (free) ticket in town. Several hundred people, including the former prime minister, Dominique de Villepin, arrived too late and were locked out.
Mme Duflo is a "development economist" one of the world's greatest experts – perhaps the greatest – on why development programmes in poor countries often fail and why they sometimes succeed. Her precise field of expertise has existed less than a decade. She is among its inventors."
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"Everyone knows what a world-renowned, French intellectual looks like. There is the older sort, now rare, who has a squint and smokes cigarettes and haunts the cafés of the Paris Left Bank. There is the newer kind, who has flowing hair and an open-necked shirt and haunts television studios.
Wrong and wrong again. The new face of the world-leading French intellectual is a brisk 36-year-old woman with the pleasant but no-nonsense look of a primary school teacher, who climbs mountains in her spare time.
She is Esther Duflo and was recently named one of the 100 most influential thinkers in the world (she came 91st). She begins a season of lectures this week at the Collège de France, the Everest of French intellectual life: a kind of PhD-level OU with no students and free lectures for all.
Mme Duflo is the youngest woman ever to be asked to lecture at this prestigious, 500-year-old institution at the heart of the Left Bank. Her introductory talk was the hottest (free) ticket in town. Several hundred people, including the former prime minister, Dominique de Villepin, arrived too late and were locked out.
Mme Duflo is a "development economist" one of the world's greatest experts – perhaps the greatest – on why development programmes in poor countries often fail and why they sometimes succeed. Her precise field of expertise has existed less than a decade. She is among its inventors."
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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
A ganância do bem
Ferreira Gullar nunca foi meu poeta predileto. Sua obra prima " o poema sujo" é interessante, mas não é uma Brastemp. Considero a estetica do pessoal próximo ou do PCB conservadora e ate reacionária. Mas sempre achei admirável a dedicação dele a causa, não que eu concordasse com ela : afinal como bom puquiano, esse partido nunca me atraiu. Como um colega não-puquiano, ligado a este partido, sempre dizia, com certa irritação: a tradição da puc é cor de rosa. Acho que ele tem razão. O partido não existe mais, mas alguns dos seus militantes, continuam acreditando na causa e saudosistas de um sistema que faliu econômicamente. É curioso ler o artigo de um poeta, que reconhece essa falência e faz um elógio - envergonhado, é verdade - do capitalismo, enquanto seus companheiros de jornada insistem em perpetuar o auto engano.
Hoje em dia, quando os apressados falam do fim do capitalismo, eu, na minha condição de "especialista em ideias gerais" (Otto Lara Resende), lembro que isso dificilmente acontecerá pelo simples fato de que o capitalismo, ao contrário do socialismo, não foi inventado por ninguém.
Não praticaria a blasfêmia de afirmar que foi criado por Deus, conquanto há quem garanta que o foi pelo Diabo. Como sou pouco afeito a questões teológicas, prefiro acreditar que ele nasceu espontaneamente do processo econômico, ao longo do tempo.
Costumo dizer que o capitalismo é quase como um fenômeno natural e, de fato, parece-me ter da natureza a vitalidade, a amoralidade e o esbanjamento perdulário, dizendo melhor: cria sem cessar e, com a mesma naturalidade, destrói o que criou.
Por exemplo, a natureza faz nascer milhões de seres e, de repente, inunda tudo e mata quase todos. Mas, ao fazê-lo, gera outras vidas. E parece dizer: "Que se danem", como faz e diz o capitalismo, mantidas as devidas proporções.
Já o socialismo foi inventado pelos homens, para corrigir o capitalismo, para introduzir nele a justiça. Os inventores do socialismo, em face da ferocidade do capitalismo nascente, em meados do século 19, sonharam com uma sociedade em que todos teriam os mesmos direitos e as mesmas oportunidades. Entendiam que a chamada democracia burguesa era, na verdade, uma ditadura da burguesia e que deveria ser substituída pela ditadura do proletariado.
Seria esta uma ditadura justa porque exercida, não pelos que usufruem do trabalho alheio e, sim, pelos que trabalham e produzem a riqueza da sociedade. O resultado final dessa revolução seria a criação da sociedade sem classes. É verdade que ninguém nunca soube o que seria essa sociedade e nem Karl Marx, o seu inventor, chegou a defini-la.
Como se sabe, na segunda década do século 20, a revolução socialista deixou de ser mero sonho para se tornar realidade, assustando os capitalistas e levando-os a atender muitas das reivindicações dos trabalhadores. Quatro décadas depois, boa parte da Europa e da Ásia vivia sob regime socialista. No entanto, antes que o século terminasse, o socialismo real desmoronou, para o espanto, sobretudo, das pessoas que nele viam o futuro da humanidade.
Ao contrário do que muitos temiam, não foram os exércitos capitalistas que o derrotaram, não foram foguetes norte-americanos com bombas nucleares que deram fim ao poder do Kremlin. Não, na verdade, ele foi liquidado por uma espécie de colapso interno fulminante, que não foi militar, mas econômico. O socialismo perdeu a disputa econômica com o capitalismo.
Em visita à Ucrânia, em 1972, ouvi um dirigente do partido comunista ucraniano dizer que tudo o que aquela república soviética produzia se devia à ação do partido, o verdadeiro motor de sua economia. Pois essa afirmação talvez explique o fracasso do socialismo: como poderia meia dúzia de burocratas fazer funcionar a economia de um país?
E explica também por que o capitalismo não morre e por que não foi preciso inventá-lo: vive da ambição de cada um, da iniciativa de cada pessoa que quer melhorar de vida, produzir, vender, comprar, revender, lucrar, enriquecer, sem que ninguém a obrigue a isso, muito pelo contrário.
Em lugar de um comitê dirigente que determine o que deve ser feito, no capitalismo milhões fazem o que conseguem fazer, atendendo às necessidades do possível comprador, no afã de ganhar dinheiro. Isso explica a vitalidade do regime e, ao mesmo tempo, muitas vezes, o vale-tudo para alcançar o lucro máximo.
O planejamento socialista, se evitava o desperdício, inibia a produção, o que resultava em outro tipo de desperdício, sendo o maior de todos, o dos talentos empreendedores que não encontravam campo para se realizar. Uma visão equivocada do capitalismo ignorava o papel fundamental do empresário, cujo investimento em ideias e dinheiro gera empregos e riqueza.
Se o socialismo nasceu do que há de melhor no ser humano -o senso de justiça e a fraternidade-, o capitalismo, se não surgiu do que há de pior em nós, é, não obstante, a cada momento, movido por ele, ou seja, pela ganância sem limites e sem escrúpulos. No entanto, essa ganância é que o faz gerador de riqueza.
Admitindo-se como verdade que o capitalismo não morrerá -mesmo porque as crises, em vez de matá-lo, o renovam-, a solução é encontrar um meio de torná-lo bom, incutindo-lhe a "ganância do bem". Isso, bem entendido, se o Diabo deixar.
Ferreira Gullar
Fonte: FSP
Hoje em dia, quando os apressados falam do fim do capitalismo, eu, na minha condição de "especialista em ideias gerais" (Otto Lara Resende), lembro que isso dificilmente acontecerá pelo simples fato de que o capitalismo, ao contrário do socialismo, não foi inventado por ninguém.
Não praticaria a blasfêmia de afirmar que foi criado por Deus, conquanto há quem garanta que o foi pelo Diabo. Como sou pouco afeito a questões teológicas, prefiro acreditar que ele nasceu espontaneamente do processo econômico, ao longo do tempo.
Costumo dizer que o capitalismo é quase como um fenômeno natural e, de fato, parece-me ter da natureza a vitalidade, a amoralidade e o esbanjamento perdulário, dizendo melhor: cria sem cessar e, com a mesma naturalidade, destrói o que criou.
Por exemplo, a natureza faz nascer milhões de seres e, de repente, inunda tudo e mata quase todos. Mas, ao fazê-lo, gera outras vidas. E parece dizer: "Que se danem", como faz e diz o capitalismo, mantidas as devidas proporções.
Já o socialismo foi inventado pelos homens, para corrigir o capitalismo, para introduzir nele a justiça. Os inventores do socialismo, em face da ferocidade do capitalismo nascente, em meados do século 19, sonharam com uma sociedade em que todos teriam os mesmos direitos e as mesmas oportunidades. Entendiam que a chamada democracia burguesa era, na verdade, uma ditadura da burguesia e que deveria ser substituída pela ditadura do proletariado.
Seria esta uma ditadura justa porque exercida, não pelos que usufruem do trabalho alheio e, sim, pelos que trabalham e produzem a riqueza da sociedade. O resultado final dessa revolução seria a criação da sociedade sem classes. É verdade que ninguém nunca soube o que seria essa sociedade e nem Karl Marx, o seu inventor, chegou a defini-la.
Como se sabe, na segunda década do século 20, a revolução socialista deixou de ser mero sonho para se tornar realidade, assustando os capitalistas e levando-os a atender muitas das reivindicações dos trabalhadores. Quatro décadas depois, boa parte da Europa e da Ásia vivia sob regime socialista. No entanto, antes que o século terminasse, o socialismo real desmoronou, para o espanto, sobretudo, das pessoas que nele viam o futuro da humanidade.
Ao contrário do que muitos temiam, não foram os exércitos capitalistas que o derrotaram, não foram foguetes norte-americanos com bombas nucleares que deram fim ao poder do Kremlin. Não, na verdade, ele foi liquidado por uma espécie de colapso interno fulminante, que não foi militar, mas econômico. O socialismo perdeu a disputa econômica com o capitalismo.
Em visita à Ucrânia, em 1972, ouvi um dirigente do partido comunista ucraniano dizer que tudo o que aquela república soviética produzia se devia à ação do partido, o verdadeiro motor de sua economia. Pois essa afirmação talvez explique o fracasso do socialismo: como poderia meia dúzia de burocratas fazer funcionar a economia de um país?
E explica também por que o capitalismo não morre e por que não foi preciso inventá-lo: vive da ambição de cada um, da iniciativa de cada pessoa que quer melhorar de vida, produzir, vender, comprar, revender, lucrar, enriquecer, sem que ninguém a obrigue a isso, muito pelo contrário.
Em lugar de um comitê dirigente que determine o que deve ser feito, no capitalismo milhões fazem o que conseguem fazer, atendendo às necessidades do possível comprador, no afã de ganhar dinheiro. Isso explica a vitalidade do regime e, ao mesmo tempo, muitas vezes, o vale-tudo para alcançar o lucro máximo.
O planejamento socialista, se evitava o desperdício, inibia a produção, o que resultava em outro tipo de desperdício, sendo o maior de todos, o dos talentos empreendedores que não encontravam campo para se realizar. Uma visão equivocada do capitalismo ignorava o papel fundamental do empresário, cujo investimento em ideias e dinheiro gera empregos e riqueza.
Se o socialismo nasceu do que há de melhor no ser humano -o senso de justiça e a fraternidade-, o capitalismo, se não surgiu do que há de pior em nós, é, não obstante, a cada momento, movido por ele, ou seja, pela ganância sem limites e sem escrúpulos. No entanto, essa ganância é que o faz gerador de riqueza.
Admitindo-se como verdade que o capitalismo não morrerá -mesmo porque as crises, em vez de matá-lo, o renovam-, a solução é encontrar um meio de torná-lo bom, incutindo-lhe a "ganância do bem". Isso, bem entendido, se o Diabo deixar.
Ferreira Gullar
Fonte: FSP
domingo, 11 de janeiro de 2009
sábado, 10 de janeiro de 2009
Marxismo e pensamento econômico brasileiro
É um artigo antigo, mas muito interessante, sobre um tema que transformou-se na nova jabuticaba, o marxismo. O "paper" apresenta um balanço da influência do marxismo no pensamento econômico brasileiro no pós-guerra. Há ótimos economistas brasileiros influenciados pelo Marx, alguns ainda se consideram marxistas, outros neo-marxistas. Naturalmente, para os fundamentalistas do marxismo radical chic de perdizes-higienopolis, esses economistas não são marxistas. É o tipo de crítica que constitui-se em grande elogio.
A influência do marxismo no pensamento econômico brasileiro é um tema que se pode tratar a partir de duas perspectivas. A primeira e mais difusa diz respeito aos economistas que, mesmo sem estarem identificados com o pensamento de Marx, não deixam de reconhecê-lo ou de sentir sua presença, em particular nas assim chamadas questões sociais e em temas associados ao atraso relativo das nações. Nesse sentido genérico, pode-se afirmar que a influência do marxismo atinge inúmeros economistas brasileiros; entre outros, Celso Furtado fez referências atentas às idéias de Marx sobre o desenvolvimento econômico (1).
Mas é a uma segunda e mais restrita perspectiva — a dos autores e obras que se propõem a seguir a metodologia e/ou a pauta de reflexões do marxismo — que a análise feita no presente artigo se dirige. Nesse terreno, e a despeito da existência de opiniões ponderáveis em contrário (Konder, 1991; Mantega, 1995), é possível sustentar que a economia política marxista não exerceu um impacto decisivo no pensamento econômico brasileiro (2). O caso foi bem outro: com raras exceções, a obra dos economistas assumidamente marxistas permaneceu imersa no caudal do desenvolvimentismo, raramente se distinguindo e/ou estabelecendo argumentos originais. Estudar as razões dessa falta de identidade e pontuar as raras exceções relevantes, ou seja, identificar sinais de vida no marxismo econômico brasileiro, constitui o objetivo do autor neste trabalho.
Em seu monumental estudo sobre o pensamento econômico brasileiro no ciclo do desenvolvimentismo, Bielschowsky (1988) chamou atenção para a dependência dos economistas socialistas às vicissitudes e aos vaivéns políticos das correntes de esquerda. Posição semelhante foi adotada por Mantega (1987), que propôs até mesmo uma tipologia dos economistas marxistas brasileiros com base na filiação às grandes correntes políticas do marxismo internacional.
As observações destes dois autores apenas confirmam o fato de que, por ser uma doutrina preponderantemente orientada para a ação, o marxismo dificilmente consegue desvincular-se do cenário contingente das lutas políticas e das propostas de transformação social. Nesse particular, no entanto, a diferença entre os autores marxistas e os demais não seria tão marcante, já que os mais proeminentes economistas brasileiros se destacaram justamente pela atenção aos problemas do desenvolvimento nacional e por um certo pragmatismo na reflexão; enfim, por darem importância às circunstâncias políticas.
A característica do pensamento econômico marxista residiria menos no domínio de sua agenda de investigações pelas circunstâncias políticas, do que na existência de uma moldura partidária na reflexão. De fato, especialmente entre as décadas de 40 e 70, a discussão marxista no Brasil foi muito pautada por ideários e formas de ação partidárias (contra e a favor), pelas idas e vindas do movimento comunista e por um imenso apetite em enfrentar controvérsias internas às correntes de esquerda. Menos afetados pelos compromissos partidários e mais comprometidos com a execução da política econômica e/ou com a visão dos organismos internacionais de desenvolvimento econômico, os economistas não-marxistas foram mais pragmáticos na ação.
Mauricio Coutinho
Para ler o resto do artigo clique
A influência do marxismo no pensamento econômico brasileiro é um tema que se pode tratar a partir de duas perspectivas. A primeira e mais difusa diz respeito aos economistas que, mesmo sem estarem identificados com o pensamento de Marx, não deixam de reconhecê-lo ou de sentir sua presença, em particular nas assim chamadas questões sociais e em temas associados ao atraso relativo das nações. Nesse sentido genérico, pode-se afirmar que a influência do marxismo atinge inúmeros economistas brasileiros; entre outros, Celso Furtado fez referências atentas às idéias de Marx sobre o desenvolvimento econômico (1).
Mas é a uma segunda e mais restrita perspectiva — a dos autores e obras que se propõem a seguir a metodologia e/ou a pauta de reflexões do marxismo — que a análise feita no presente artigo se dirige. Nesse terreno, e a despeito da existência de opiniões ponderáveis em contrário (Konder, 1991; Mantega, 1995), é possível sustentar que a economia política marxista não exerceu um impacto decisivo no pensamento econômico brasileiro (2). O caso foi bem outro: com raras exceções, a obra dos economistas assumidamente marxistas permaneceu imersa no caudal do desenvolvimentismo, raramente se distinguindo e/ou estabelecendo argumentos originais. Estudar as razões dessa falta de identidade e pontuar as raras exceções relevantes, ou seja, identificar sinais de vida no marxismo econômico brasileiro, constitui o objetivo do autor neste trabalho.
Em seu monumental estudo sobre o pensamento econômico brasileiro no ciclo do desenvolvimentismo, Bielschowsky (1988) chamou atenção para a dependência dos economistas socialistas às vicissitudes e aos vaivéns políticos das correntes de esquerda. Posição semelhante foi adotada por Mantega (1987), que propôs até mesmo uma tipologia dos economistas marxistas brasileiros com base na filiação às grandes correntes políticas do marxismo internacional.
As observações destes dois autores apenas confirmam o fato de que, por ser uma doutrina preponderantemente orientada para a ação, o marxismo dificilmente consegue desvincular-se do cenário contingente das lutas políticas e das propostas de transformação social. Nesse particular, no entanto, a diferença entre os autores marxistas e os demais não seria tão marcante, já que os mais proeminentes economistas brasileiros se destacaram justamente pela atenção aos problemas do desenvolvimento nacional e por um certo pragmatismo na reflexão; enfim, por darem importância às circunstâncias políticas.
A característica do pensamento econômico marxista residiria menos no domínio de sua agenda de investigações pelas circunstâncias políticas, do que na existência de uma moldura partidária na reflexão. De fato, especialmente entre as décadas de 40 e 70, a discussão marxista no Brasil foi muito pautada por ideários e formas de ação partidárias (contra e a favor), pelas idas e vindas do movimento comunista e por um imenso apetite em enfrentar controvérsias internas às correntes de esquerda. Menos afetados pelos compromissos partidários e mais comprometidos com a execução da política econômica e/ou com a visão dos organismos internacionais de desenvolvimento econômico, os economistas não-marxistas foram mais pragmáticos na ação.
Mauricio Coutinho
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sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
EUA comemoram o bicentenário de Poe
Cinco grandes cidades norte-americanas preparam celebrações do bicentenário de nascimento do autor americano Edgar Allan Poe, nascido em Boston em 19 de janeiro de 1809. Ele foi criado principalmente em Richmond, no Estado da Virgínia. Adulto, migrou entre Richmond, Baltimore, Filadélfia e Nova York.
Os 200 anos de nascimento do autor -famoso por contos macabros e poemas como "The Raven" (o corvo)- serão festejados nessas cinco cidades. Os eventos começam em janeiro e continuam durante o ano, incluindo performances, novas exposições em museus, leituras, debates acadêmicos e, em Baltimore, uma encenação do funeral de Poe -desta vez para marcar os 160 anos da obscura morte do autor.
Os festejos em torno de Poe incluem um debate sobre os lugares mais importantes de sua vida e obra. Baltimore, onde Poe morreu em 1849 em circunstâncias misteriosas, tem o túmulo do autor e a pequena casa onde ele viveu aos vinte e poucos anos.
Há também casas em Filadélfia, onde Poe escreveu algumas de suas histórias mais conhecidas, e em Nova York, onde o escritor viveu seu grande sucesso literário. Richmond tem um museu sobre ele. Boston não ostenta grandes atrações além de uma placa perto do local de nascimento.
Para promover Poe, nenhuma cidade consegue competir com Baltimore, que batizou seu time de futebol de "Ravens" (corvos) em homenagem ao autor. A cidade também tem uma tradição em torno dele que fascina o público - a cada ano, um visitante misterioso deixa meia garrafa de conhaque e três rosas vermelhas no local original de seu túmulo - os restos de Poe foram levados para outro local do cemitério em 1875.
Ali permanecerão os restos mortais, apesar do pedido de um acadêmico de Filadélfia, Edward Pettit, para que eles fossem transferidos para essa cidade, onde ele escreveu alguns de seus melhores trabalhos. Se os ossos de Poe deveriam ser removidos é uma questão que será debatida no próximo dia 13, durante evento na Free Library, em Filadélfia, com a presença de Pettit.
Eventos
Em Baltimore, uma celebração do aniversário do poeta se estenderá por três dias no Westminster Hall.
Entre os destaques, haverá um tributo a Poe e seu trabalho pelo ator John Astin, conhecido por seu papel como Gomez Addams no seriado de televisão "Família Adams".
O Museu Edgar Allan Poe em Richmond ficará aberto por 24 horas no dia do bicentenário de nascimento. Em Filadélfia, o Sítio Histórico Nacional Edgar Allan Poe, que abriga uma casa alugada pelo autor, vai reabrir com novas exposições após uma renovação.
A Bronx County Historical Society planeja uma festa na chamada Poe Cottage, no Bronx, em Nova York.
O Boston College terá palestras de acadêmicos e a exibição de um novo filme inspirado na vida do autor. Em outubro, Baltimore vai marcar os 160 anos da morte de Poe convidando o público para ver uma réplica do corpo do escritor na Poe House. O "corpo" será levado por carruagem puxada por cavalos até Westminster Hall, dando ao escritor o enterro apropriado que ele jamais teve.
O calendário das comemorações nos Estados Unidos pode ser conferido em sites na internet. Há páginas com as atividades em Baltimore (http://poebicentennial.com e www.nevermore2009.com), Boston (www.bc.edu/schools/cas/english/poe2009.html), Nova York (www.bc.edu/schools/cas/english/poe2009.html), Filadélfia (www.nps.gov/edal) e Richmond (www.poe200th.com).
Mistério
Nada pode competir, porém, com o mistério do homem conhecido apenas como "Poe Toaster" (em tradução livre, o homem que brinda Poe) -aquele que coloca o conhaque e as rosas no túmulo.
Embora seu tributo anual não esteja listado entre os eventos oficiais do bicentenário, é provável que ele atraia centenas de pessoas interessadas em dar uma olhada no visitante misterioso. O túmulo original de Poe não é avistado da rua, e o visitante misterioso sempre aparece quando o cemitério está fechado, nas primeiras horas do dia.
Jeff Jerome, curador da Poe House and Museum, estará em Westminster Hall, a antiga igreja adjacente ao cemitério, com alguns convidados. Ele não vai permitir a entrada do público ou de jornalistas no prédio. Jerome afirma que não conhece a identidade do fã misterioso de Poe e que não faz nada para auxiliá-lo. Ele diz respeitar o tributo e esperar que a multidão que normalmente se aglomera do lado de fora do cemitério faça o mesmo.
Pettit fazia parte da multidão no local em janeiro passado e conseguiu um vislumbre do fã misterioso de Poe enquanto ele entrava no cemitério. Ele não viu como o homem saiu do local. Pettit acredita que o visitante misterioso tentará enganar a multidão aparecendo no local ou mais cedo ou mais tarde do que costuma.
Fonte: FSP
Os 200 anos de nascimento do autor -famoso por contos macabros e poemas como "The Raven" (o corvo)- serão festejados nessas cinco cidades. Os eventos começam em janeiro e continuam durante o ano, incluindo performances, novas exposições em museus, leituras, debates acadêmicos e, em Baltimore, uma encenação do funeral de Poe -desta vez para marcar os 160 anos da obscura morte do autor.
Os festejos em torno de Poe incluem um debate sobre os lugares mais importantes de sua vida e obra. Baltimore, onde Poe morreu em 1849 em circunstâncias misteriosas, tem o túmulo do autor e a pequena casa onde ele viveu aos vinte e poucos anos.
Há também casas em Filadélfia, onde Poe escreveu algumas de suas histórias mais conhecidas, e em Nova York, onde o escritor viveu seu grande sucesso literário. Richmond tem um museu sobre ele. Boston não ostenta grandes atrações além de uma placa perto do local de nascimento.
Para promover Poe, nenhuma cidade consegue competir com Baltimore, que batizou seu time de futebol de "Ravens" (corvos) em homenagem ao autor. A cidade também tem uma tradição em torno dele que fascina o público - a cada ano, um visitante misterioso deixa meia garrafa de conhaque e três rosas vermelhas no local original de seu túmulo - os restos de Poe foram levados para outro local do cemitério em 1875.
Ali permanecerão os restos mortais, apesar do pedido de um acadêmico de Filadélfia, Edward Pettit, para que eles fossem transferidos para essa cidade, onde ele escreveu alguns de seus melhores trabalhos. Se os ossos de Poe deveriam ser removidos é uma questão que será debatida no próximo dia 13, durante evento na Free Library, em Filadélfia, com a presença de Pettit.
Eventos
Em Baltimore, uma celebração do aniversário do poeta se estenderá por três dias no Westminster Hall.
Entre os destaques, haverá um tributo a Poe e seu trabalho pelo ator John Astin, conhecido por seu papel como Gomez Addams no seriado de televisão "Família Adams".
O Museu Edgar Allan Poe em Richmond ficará aberto por 24 horas no dia do bicentenário de nascimento. Em Filadélfia, o Sítio Histórico Nacional Edgar Allan Poe, que abriga uma casa alugada pelo autor, vai reabrir com novas exposições após uma renovação.
A Bronx County Historical Society planeja uma festa na chamada Poe Cottage, no Bronx, em Nova York.
O Boston College terá palestras de acadêmicos e a exibição de um novo filme inspirado na vida do autor. Em outubro, Baltimore vai marcar os 160 anos da morte de Poe convidando o público para ver uma réplica do corpo do escritor na Poe House. O "corpo" será levado por carruagem puxada por cavalos até Westminster Hall, dando ao escritor o enterro apropriado que ele jamais teve.
O calendário das comemorações nos Estados Unidos pode ser conferido em sites na internet. Há páginas com as atividades em Baltimore (http://poebicentennial.com e www.nevermore2009.com), Boston (www.bc.edu/schools/cas/english/poe2009.html), Nova York (www.bc.edu/schools/cas/english/poe2009.html), Filadélfia (www.nps.gov/edal) e Richmond (www.poe200th.com).
Mistério
Nada pode competir, porém, com o mistério do homem conhecido apenas como "Poe Toaster" (em tradução livre, o homem que brinda Poe) -aquele que coloca o conhaque e as rosas no túmulo.
Embora seu tributo anual não esteja listado entre os eventos oficiais do bicentenário, é provável que ele atraia centenas de pessoas interessadas em dar uma olhada no visitante misterioso. O túmulo original de Poe não é avistado da rua, e o visitante misterioso sempre aparece quando o cemitério está fechado, nas primeiras horas do dia.
Jeff Jerome, curador da Poe House and Museum, estará em Westminster Hall, a antiga igreja adjacente ao cemitério, com alguns convidados. Ele não vai permitir a entrada do público ou de jornalistas no prédio. Jerome afirma que não conhece a identidade do fã misterioso de Poe e que não faz nada para auxiliá-lo. Ele diz respeitar o tributo e esperar que a multidão que normalmente se aglomera do lado de fora do cemitério faça o mesmo.
Pettit fazia parte da multidão no local em janeiro passado e conseguiu um vislumbre do fã misterioso de Poe enquanto ele entrava no cemitério. Ele não viu como o homem saiu do local. Pettit acredita que o visitante misterioso tentará enganar a multidão aparecendo no local ou mais cedo ou mais tarde do que costuma.
Fonte: FSP
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
War Profit Litany , Allen Ginsberg
To Ezra Pound
These are the names of the companies that have made
money from this war
nineteenhundredsixtyeight Annodomini fourthousand
eighty Hebraic
These are the Corporations who have profited by merchan-
dising skinburning phosphorous or shells fragmented
to thousands of fleshpiercing needles
and here listed money millions gained by each combine for
manufacture
and here are gains numbered, index'd swelling a decade, set
in order,
here named the Fathers in office in these industries, tele-
phones directing finance,
names of directors, makers of fates, and the names of the
stockholders of these destined Aggregates,
and here are the names of their ambassadors to the Capital,
representatives to legislature, those who sit drinking
in hotel lobbies to persuade,
and separate listed, those who drop Amphetamine with
military, gossip, argue, and persuade
suggesting policy naming language proposing strategy, this
done for fee as ambassadors to Pentagon, consul-
tants to military, paid by their industry:
and these are the names of the generals & captains mili-
tary, who know thus work for war goods manufactur-
ers;
and above these, listed, the names of the banks, combines,
investment trusts that control these industries:
and these are the names of the newspapers owned by these
banks
and these are the names of the airstations owned by these
combines;
and these are the numbers of thousands of citizens em-
ployed by these businesses named;
and the beginning of this accounting is 1958 and the end
1968, that static be contained in orderly mind,
coherent and definite,
and the first form of this litany begun first day December
1967 furthers this poem of these States.
December 1, 1967
These are the names of the companies that have made
money from this war
nineteenhundredsixtyeight Annodomini fourthousand
eighty Hebraic
These are the Corporations who have profited by merchan-
dising skinburning phosphorous or shells fragmented
to thousands of fleshpiercing needles
and here listed money millions gained by each combine for
manufacture
and here are gains numbered, index'd swelling a decade, set
in order,
here named the Fathers in office in these industries, tele-
phones directing finance,
names of directors, makers of fates, and the names of the
stockholders of these destined Aggregates,
and here are the names of their ambassadors to the Capital,
representatives to legislature, those who sit drinking
in hotel lobbies to persuade,
and separate listed, those who drop Amphetamine with
military, gossip, argue, and persuade
suggesting policy naming language proposing strategy, this
done for fee as ambassadors to Pentagon, consul-
tants to military, paid by their industry:
and these are the names of the generals & captains mili-
tary, who know thus work for war goods manufactur-
ers;
and above these, listed, the names of the banks, combines,
investment trusts that control these industries:
and these are the names of the newspapers owned by these
banks
and these are the names of the airstations owned by these
combines;
and these are the numbers of thousands of citizens em-
ployed by these businesses named;
and the beginning of this accounting is 1958 and the end
1968, that static be contained in orderly mind,
coherent and definite,
and the first form of this litany begun first day December
1967 furthers this poem of these States.
December 1, 1967
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Para entender a crise financeira - The Last Laugh - Subprime
Não é, para alguns, politicamente correto, mas é um bom exemplo do humor tipicamente britânico e uma boa exposição do sub-prime americano. É curto,divertido e legendado.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Piadas sobre Economistas e Economia XV
Sete razões para estudar Economia:
1. Economistas são armados e perigosos: "Cuidado com nossas mãos invisíveis !"
2. Economistas podem ofertar quando são demandados.
3. Você pode falar de dinheiro sem sempre ter de fazer dinheiro em alguma coisa.
4. Mick Jagger e Arnold Schwarzenegger estudaram economia e veja no que se tornaram.
5. Quando você está na fila de desempregados, ao menos você sabe porque você está lá.
6.Embora a Ética ensine que a virtude tem sua própria recompensa, na Economia nós aprendemos que a recompensa tem sua própria virtude.
7. Quando você está bêbado você pode falar para todo mundo que você está apenas pesquisando a lei da utilidade marginal decrescente.
1. Economistas são armados e perigosos: "Cuidado com nossas mãos invisíveis !"
2. Economistas podem ofertar quando são demandados.
3. Você pode falar de dinheiro sem sempre ter de fazer dinheiro em alguma coisa.
4. Mick Jagger e Arnold Schwarzenegger estudaram economia e veja no que se tornaram.
5. Quando você está na fila de desempregados, ao menos você sabe porque você está lá.
6.Embora a Ética ensine que a virtude tem sua própria recompensa, na Economia nós aprendemos que a recompensa tem sua própria virtude.
7. Quando você está bêbado você pode falar para todo mundo que você está apenas pesquisando a lei da utilidade marginal decrescente.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Yuletide Cheer Edition
Debates interessantes para o nosso estranho verão paulistano. O tópico do primeiro debate é o último round da chamada "guerra de culturas" americana: é politicamente correto desejar feliz natal?
Merry Christmas or Happy Holidays? (17:09)
Rick Warren and Obama’s base-dissing tendencies (05:25)
Can Rahm and Obama escape Blago’s taint? (07:56)
Detroit bailout pits libertarian Jim against populist Jim (08:13)
Madoff and Blago as sympathetic characters (07:30)
Somali pirates, Chinese imperialists: Get the connection? (10:25
domingo, 4 de janeiro de 2009
sábado, 3 de janeiro de 2009
A grande implosão dos imóveis em 2008
O artigo abaixo é mais um bom exemplo da capacidade de auto-critica dos bons economistas do chamado "mainstream" econômico. O artigo do Luque na Folha e a entrevista recente da Eliana Cardoso indicam que este é, também, o comportamento dos brasileiros alinhados a esta corrente do pensamento econômico. É uma demonstração de apreço e seriedade para com a ciência econômica. Nos, economistas, fazemos diagnósticos errados , com uma frequência maior que a desejada, mas o mesmo ocorre, por exemplo, na medicina e nem por isto, ela deixa de ser útil.
"O que causou o colapso dos preços da habitação em 2008 que serve como raiz à crise financeira que agora assola boa parte do mundo? Os preços das casas nos Estados Unidos, tais como medidos pelo índice de preços residenciais Standard & Poor's/Case-Shiller, caíram mais de 40% em termos reais, ajustados pela inflação, em algumas das principais cidades do país, desde seu pico por volta do início de 2006. Em termos nacionais e incluindo todas as cidades, a queda é da ordem de 25%. O mercado de futuros na Bolsa Mercantil de Chicago agora prevê declínios de cerca de mais 15% antes que os preços cheguem ao final de sua queda, em 2010. Essas são as previsões do mercado -e não se trata de um mercado muito líquido. Mas os responsáveis pelas previsões estão considerando que, em certos mercados, o declínio dos preços, do pico ao ponto mais baixo, superará 50%. Por que estamos vendo quedas de preços tão severas? E por que o mercado de habitação em tantos outros países agora está refletindo condições semelhantes? A resposta tem tanto causas imediatas quanto causas subjacentes. A resposta imediata para os Estados Unidos é que os padrões menos severos de empréstimos ajudaram pessoas a comprar casas por preços cada vez mais elevados, antes de 2006. Os empréstimos menos rigorosos significavam que as pessoas tinham liberdade para fazer propostas que elevavam os preços das casas a níveis ridículos. Barracos estavam sendo vendidos por US$ 1 milhão. Depois do pico, as instituições de crédito adotaram critérios mais rigorosos de empréstimo. Quando os compradores encontram dificuldades para financiar a aquisição de imóveis, os vendedores precisam reduzir os preços. Esse alto e baixo dos empréstimos representa um ciclo de crédito, e ciclos de crédito desempenharam papel importante nas flutuações econômicas por séculos. Em "Lombard Street", livro publicado em 1873, o empresário Walter Bagehot, editor da revista britânica "Economist", descreveu esses ciclos perfeitamente. O boom que antecedeu a depressão dos anos 1870, em sua descrição, se assemelha muito ao que aconteceu antes da atual crise. "Quando o crédito se expande", ele escreveu, "o resultado certo é um salto da prosperidade nacional; o país salta para o progresso como que por mágica. Mas apenas parte dessa prosperidade tem base sólida... Trata-se de uma prosperidade precária." Mas o ciclo de crédito não foi a causa última da depressão dos anos 1870 ou da crise que estamos vendo hoje. É preciso sempre perguntar, em última análise, por que os padrões de empréstimos foram primeiro afrouxados e depois restaurados a uma maior severidade. O ciclo de crédito é um mecanismo de amplificação. A instabilidade do setor de empréstimos está sempre lá, e a crise se manifesta apenas quando algum fator a precipita. Além disso, o afrouxamento excessivo dos padrões de empréstimo, seguido por aperto, parece proeminente apenas nos Estados Unidos, enquanto o ciclo de expansão e contração no setor de habitação é prevalente em boa parte do mundo. O fator de precipitação que levou à atual situação se relaciona à evolução da cultura mundial, difundida rapidamente por veículos de mídia cada vez mais poderosos e pela internet, e de suas percepções sobre os mercados.
Admiração profunda
O fator está relacionado à profunda admiração pelos mercados que se desenvolveu ao longo do boom, acompanhando a "teoria dos mercados eficientes" que predomina na economia acadêmica. Surgiu um consenso generalizado de que os mercados financeiros desempenham de maneira tão sublime a aglutinação de informações financeiras que seu julgamento coletivo necessariamente transcende o de qualquer reles mortal. Em 2004, no auge do boom dos imóveis, um livro de James Surowiecki com o afrontoso título "The Wisdom of Crowds" ["A Sabedoria das Multidões"] defendia vigorosamente essa ideia. O boom nos mercados mundiais de habitação e nos mercados de ações entre 2003 e 2006 foi causado por essa ideia incorreta e pela crença em que investimentos em imóveis residenciais e em ações eram um caminho seguro para a riqueza. A ideia de que os valores de ambos os ativos só sobem, no longo prazo, se havia tornado um artigo de fé, acompanhada pela ideia de que tentar calcular os momentos de inflexão do mercado era insensato. Havia uma crença sincera, apoiada por um julgamento intuitivo profundo, de que as interrupções na trajetória ascendente dos preços seriam pequenas e apenas transitórias. As pessoas pareciam pensar que a rápida valorização desses mercados havia se tornado uma constante universal, como a velocidade da luz. Nada mais pode explicar, em última análise, a imensa disposição dos emprestadores, no período de boom até 2006, a reduzir seus padrões de crédito quanto a hipotecas residenciais, a disposição das autoridades regulatórias a permitir que eles o fizessem, a disposição das agências de classificação de crédito a oferecer classificações elevadas para os títulos hipotecários e a disposição dos investidores a adquirir esses títulos. Não há teoria econômica que ofereça uma razão para que pensemos que os preços desses mercados só poderão subir. Ao contrário: os economistas teóricos se sentem intrigados diante da taxa de alta histórica no mercado de ações, que eles denominam "o enigma do ágio acionário". Eles não têm jargão equivalente para o mercado da habitação porque, em termos históricos, os preços (considerada a inflação) não subiram muito em média, até depois da bolha posterior a 2000. Os booms nesses mercados podem ser atribuídos substancialmente ao crescimento da ideia de que os investidores devem reter continuamente o máximo possível desses ativos, da mesma maneira que as pessoas devem beber chá verde ou comer chocolate escuro todos os dias para suprir seus corpos com antioxidantes. Ideias como essas criam demanda artificial -mas apenas por algum tempo. Afinal, nós já deixamos de fumar cigarros como forma de prevenir infecções. As pessoas acreditarão em muita coisa se tiverem a impressão de que os ricos e os famosos também acreditam nelas. Mas essa crença pode ser perturbada subitamente caso eventos claramente visíveis a contrariem. É isso que está acontecendo agora, e 2009 provará ser um ano de desencanto ainda mais profundo."
ROBERT SHILLER é professor de economia na Universidade Yale e economista-chefe da MacroMarkets. Este artigo foi distribuído pelo Project Syndicate.
Fonte: FSP
"O que causou o colapso dos preços da habitação em 2008 que serve como raiz à crise financeira que agora assola boa parte do mundo? Os preços das casas nos Estados Unidos, tais como medidos pelo índice de preços residenciais Standard & Poor's/Case-Shiller, caíram mais de 40% em termos reais, ajustados pela inflação, em algumas das principais cidades do país, desde seu pico por volta do início de 2006. Em termos nacionais e incluindo todas as cidades, a queda é da ordem de 25%. O mercado de futuros na Bolsa Mercantil de Chicago agora prevê declínios de cerca de mais 15% antes que os preços cheguem ao final de sua queda, em 2010. Essas são as previsões do mercado -e não se trata de um mercado muito líquido. Mas os responsáveis pelas previsões estão considerando que, em certos mercados, o declínio dos preços, do pico ao ponto mais baixo, superará 50%. Por que estamos vendo quedas de preços tão severas? E por que o mercado de habitação em tantos outros países agora está refletindo condições semelhantes? A resposta tem tanto causas imediatas quanto causas subjacentes. A resposta imediata para os Estados Unidos é que os padrões menos severos de empréstimos ajudaram pessoas a comprar casas por preços cada vez mais elevados, antes de 2006. Os empréstimos menos rigorosos significavam que as pessoas tinham liberdade para fazer propostas que elevavam os preços das casas a níveis ridículos. Barracos estavam sendo vendidos por US$ 1 milhão. Depois do pico, as instituições de crédito adotaram critérios mais rigorosos de empréstimo. Quando os compradores encontram dificuldades para financiar a aquisição de imóveis, os vendedores precisam reduzir os preços. Esse alto e baixo dos empréstimos representa um ciclo de crédito, e ciclos de crédito desempenharam papel importante nas flutuações econômicas por séculos. Em "Lombard Street", livro publicado em 1873, o empresário Walter Bagehot, editor da revista britânica "Economist", descreveu esses ciclos perfeitamente. O boom que antecedeu a depressão dos anos 1870, em sua descrição, se assemelha muito ao que aconteceu antes da atual crise. "Quando o crédito se expande", ele escreveu, "o resultado certo é um salto da prosperidade nacional; o país salta para o progresso como que por mágica. Mas apenas parte dessa prosperidade tem base sólida... Trata-se de uma prosperidade precária." Mas o ciclo de crédito não foi a causa última da depressão dos anos 1870 ou da crise que estamos vendo hoje. É preciso sempre perguntar, em última análise, por que os padrões de empréstimos foram primeiro afrouxados e depois restaurados a uma maior severidade. O ciclo de crédito é um mecanismo de amplificação. A instabilidade do setor de empréstimos está sempre lá, e a crise se manifesta apenas quando algum fator a precipita. Além disso, o afrouxamento excessivo dos padrões de empréstimo, seguido por aperto, parece proeminente apenas nos Estados Unidos, enquanto o ciclo de expansão e contração no setor de habitação é prevalente em boa parte do mundo. O fator de precipitação que levou à atual situação se relaciona à evolução da cultura mundial, difundida rapidamente por veículos de mídia cada vez mais poderosos e pela internet, e de suas percepções sobre os mercados.
Admiração profunda
O fator está relacionado à profunda admiração pelos mercados que se desenvolveu ao longo do boom, acompanhando a "teoria dos mercados eficientes" que predomina na economia acadêmica. Surgiu um consenso generalizado de que os mercados financeiros desempenham de maneira tão sublime a aglutinação de informações financeiras que seu julgamento coletivo necessariamente transcende o de qualquer reles mortal. Em 2004, no auge do boom dos imóveis, um livro de James Surowiecki com o afrontoso título "The Wisdom of Crowds" ["A Sabedoria das Multidões"] defendia vigorosamente essa ideia. O boom nos mercados mundiais de habitação e nos mercados de ações entre 2003 e 2006 foi causado por essa ideia incorreta e pela crença em que investimentos em imóveis residenciais e em ações eram um caminho seguro para a riqueza. A ideia de que os valores de ambos os ativos só sobem, no longo prazo, se havia tornado um artigo de fé, acompanhada pela ideia de que tentar calcular os momentos de inflexão do mercado era insensato. Havia uma crença sincera, apoiada por um julgamento intuitivo profundo, de que as interrupções na trajetória ascendente dos preços seriam pequenas e apenas transitórias. As pessoas pareciam pensar que a rápida valorização desses mercados havia se tornado uma constante universal, como a velocidade da luz. Nada mais pode explicar, em última análise, a imensa disposição dos emprestadores, no período de boom até 2006, a reduzir seus padrões de crédito quanto a hipotecas residenciais, a disposição das autoridades regulatórias a permitir que eles o fizessem, a disposição das agências de classificação de crédito a oferecer classificações elevadas para os títulos hipotecários e a disposição dos investidores a adquirir esses títulos. Não há teoria econômica que ofereça uma razão para que pensemos que os preços desses mercados só poderão subir. Ao contrário: os economistas teóricos se sentem intrigados diante da taxa de alta histórica no mercado de ações, que eles denominam "o enigma do ágio acionário". Eles não têm jargão equivalente para o mercado da habitação porque, em termos históricos, os preços (considerada a inflação) não subiram muito em média, até depois da bolha posterior a 2000. Os booms nesses mercados podem ser atribuídos substancialmente ao crescimento da ideia de que os investidores devem reter continuamente o máximo possível desses ativos, da mesma maneira que as pessoas devem beber chá verde ou comer chocolate escuro todos os dias para suprir seus corpos com antioxidantes. Ideias como essas criam demanda artificial -mas apenas por algum tempo. Afinal, nós já deixamos de fumar cigarros como forma de prevenir infecções. As pessoas acreditarão em muita coisa se tiverem a impressão de que os ricos e os famosos também acreditam nelas. Mas essa crença pode ser perturbada subitamente caso eventos claramente visíveis a contrariem. É isso que está acontecendo agora, e 2009 provará ser um ano de desencanto ainda mais profundo."
ROBERT SHILLER é professor de economia na Universidade Yale e economista-chefe da MacroMarkets. Este artigo foi distribuído pelo Project Syndicate.
Fonte: FSP
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Diagnosing depression
THE word “depression” is popping up more often than at any time in the past 60 years, but what exactly does it mean? The popular rule of thumb for a recession is two consecutive quarters of falling GDP. America’s National Bureau of Economic Research has officially declared a recession based on a more rigorous analysis of a range of economic indicators. But there is no widely accepted definition of depression. So how severe does this current slump have to get before it warrants the “D” word?
A search on the internet suggests two principal criteria for distinguishing a depression from a recession: a decline in real GDP that exceeds 10%, or one that lasts more than three years. America’s Great Depression qualifies on both counts, with GDP falling by around 30% between 1929 and 1933. Output also fell by 13% during 1937 and 1938. The Great Depression was America’s deepest economic slump (excluding those related to wars), but at 43 months it was not the longest: that dubious honour goes to the one in 1873-79, which lasted 65 months.
Japan’s “lost decade” in the 1990s was not a depression, according to these criteria, because the largest peak-to-trough decline in real GDP was only 3.4%, over the two years to March 1999. Since the second world war, only one developed economy has suffered a drop in GDP of more than 10%: Finland’s contracted by 11% during the three years to 1993, mainly thanks to the collapse of the Soviet Union, then its biggest trading partner.
Emerging economies, however, have been much more depression-prone. Among the 25 emerging economies covered each week in the back pages of The Economist, there have been no fewer than 13 instances in the past 30 years of a decline in real GDP of more than 10%. Argentina and Poland were afflicted twice. Indonesia, Malaysia and Thailand all suffered double-digit drops in output during the Asian crisis of 1997-98, and Russia’s GDP shrank by a shocking 45% between 1990 and 1998.
The left-hand chart shows The Economist’s ranking of slumps in developed and emerging economies over the past century. It excludes those during wartime (both Germany and Japan, for example, saw output plunge by 50% or more after 1944). The depressions in Germany and France in the 1930s make it into the top 12, but not that in Britain, where GDP fell by a relatively modest 6%
Before the 1930s all economic downturns were commonly called depressions. The term “recession” was coined later to avoid stirring up nasty memories. Even before the Great Depression, downturns were typically much deeper and longer than they are today (see right-hand chart). One reason why recessions have become milder is higher government spending. In recessions governments, unlike firms, do not slash spending and jobs, so they help to stabilise the economy; and income taxes automatically fall and unemployment benefits rise, helping to support incomes. Another reason is that in the late 19th and early 20th centuries, when countries were on the gold standard, the money supply usually shrank during recessions, exacerbating the downturn. Waves of bank failures also often made things worse.
But a recent analysis by Saul Eslake, chief economist at ANZ bank, concludes that the difference between a recession and a depression is more than simply one of size or duration. The cause of the downturn also matters. A standard recession usually follows a period of tight monetary policy, but a depression is the result of a bursting asset and credit bubble, a contraction in credit, and a decline in the general price level. In the Great Depression average prices in America fell by one-quarter, and nominal GDP ended up shrinking by almost half. America’s worst recessions before the second world war were all associated with financial panics and falling prices: in both 1893-94 and 1907-08 real GDP declined by almost 10%; in 1919-21, it fell by 13%.
The economic slumps that followed the collapse of the Soviet Union and those during the Asian crisis were not really depressions, argues Mr Eslake, because inflation increased sharply. On the other hand, Japan’s experience in the late 1990s, when nominal GDP shrank for several years, may qualify. A depression, suggests Mr Eslake, does not have to be “Great” in the 1930s sense. On his definition, depressions, like recessions, can be mild or severe.
Another important implication of this distinction between a recession and a depression is that they call for different policy responses. A recession triggered by tight monetary policy can be cured by lower interest rates, but fiscal policy tends to be less effective because of the lags involved. By contrast, in a depression caused by falling asset prices, a credit crunch and deflation, conventional monetary policy is much less potent than fiscal policy.
Yes, we have no bananas
Where does that leave us today? America’s GDP may have fallen by an annualised 6% in the fourth quarter of 2008, but most economists dismiss the likelihood of a 1930s-style depression or a repeat of Japan in the 1990s, because policymakers are unlikely to repeat the mistakes of the past. In the Great Depression, the Fed let hundreds of banks fail and the money supply shrink by one-third, while the government tried to balance its budget by cutting spending and raising taxes. America’s monetary and fiscal easing this time has been more aggressive than Japan’s in the 1990s.
However, these reassurances come from many of the same economists who said that a nationwide fall in American house prices was impossible and that financial innovation had made the financial system more resilient. Hopefully, they will be right this time. But this crisis was caused by the largest asset-price and credit bubble in history—even bigger than that in Japan in the late 1980s or America in the late 1920s. Policymakers will not make the same mistakes as in the 1930s, but they may make new ones.
In 1978 Alfred Kahn, one of Jimmy Carter’s economic advisers, was chided by the president for scaring people by warning of a looming depression. Mr Kahn, in his next speech, simply replaced the offending word, saying “We’re in danger of having the worst banana in 45 years.” America’s economy once again has a distinct whiff of bananas.
Fonte: The Economist
A search on the internet suggests two principal criteria for distinguishing a depression from a recession: a decline in real GDP that exceeds 10%, or one that lasts more than three years. America’s Great Depression qualifies on both counts, with GDP falling by around 30% between 1929 and 1933. Output also fell by 13% during 1937 and 1938. The Great Depression was America’s deepest economic slump (excluding those related to wars), but at 43 months it was not the longest: that dubious honour goes to the one in 1873-79, which lasted 65 months.
Japan’s “lost decade” in the 1990s was not a depression, according to these criteria, because the largest peak-to-trough decline in real GDP was only 3.4%, over the two years to March 1999. Since the second world war, only one developed economy has suffered a drop in GDP of more than 10%: Finland’s contracted by 11% during the three years to 1993, mainly thanks to the collapse of the Soviet Union, then its biggest trading partner.
Emerging economies, however, have been much more depression-prone. Among the 25 emerging economies covered each week in the back pages of The Economist, there have been no fewer than 13 instances in the past 30 years of a decline in real GDP of more than 10%. Argentina and Poland were afflicted twice. Indonesia, Malaysia and Thailand all suffered double-digit drops in output during the Asian crisis of 1997-98, and Russia’s GDP shrank by a shocking 45% between 1990 and 1998.
The left-hand chart shows The Economist’s ranking of slumps in developed and emerging economies over the past century. It excludes those during wartime (both Germany and Japan, for example, saw output plunge by 50% or more after 1944). The depressions in Germany and France in the 1930s make it into the top 12, but not that in Britain, where GDP fell by a relatively modest 6%
Before the 1930s all economic downturns were commonly called depressions. The term “recession” was coined later to avoid stirring up nasty memories. Even before the Great Depression, downturns were typically much deeper and longer than they are today (see right-hand chart). One reason why recessions have become milder is higher government spending. In recessions governments, unlike firms, do not slash spending and jobs, so they help to stabilise the economy; and income taxes automatically fall and unemployment benefits rise, helping to support incomes. Another reason is that in the late 19th and early 20th centuries, when countries were on the gold standard, the money supply usually shrank during recessions, exacerbating the downturn. Waves of bank failures also often made things worse.
But a recent analysis by Saul Eslake, chief economist at ANZ bank, concludes that the difference between a recession and a depression is more than simply one of size or duration. The cause of the downturn also matters. A standard recession usually follows a period of tight monetary policy, but a depression is the result of a bursting asset and credit bubble, a contraction in credit, and a decline in the general price level. In the Great Depression average prices in America fell by one-quarter, and nominal GDP ended up shrinking by almost half. America’s worst recessions before the second world war were all associated with financial panics and falling prices: in both 1893-94 and 1907-08 real GDP declined by almost 10%; in 1919-21, it fell by 13%.
The economic slumps that followed the collapse of the Soviet Union and those during the Asian crisis were not really depressions, argues Mr Eslake, because inflation increased sharply. On the other hand, Japan’s experience in the late 1990s, when nominal GDP shrank for several years, may qualify. A depression, suggests Mr Eslake, does not have to be “Great” in the 1930s sense. On his definition, depressions, like recessions, can be mild or severe.
Another important implication of this distinction between a recession and a depression is that they call for different policy responses. A recession triggered by tight monetary policy can be cured by lower interest rates, but fiscal policy tends to be less effective because of the lags involved. By contrast, in a depression caused by falling asset prices, a credit crunch and deflation, conventional monetary policy is much less potent than fiscal policy.
Yes, we have no bananas
Where does that leave us today? America’s GDP may have fallen by an annualised 6% in the fourth quarter of 2008, but most economists dismiss the likelihood of a 1930s-style depression or a repeat of Japan in the 1990s, because policymakers are unlikely to repeat the mistakes of the past. In the Great Depression, the Fed let hundreds of banks fail and the money supply shrink by one-third, while the government tried to balance its budget by cutting spending and raising taxes. America’s monetary and fiscal easing this time has been more aggressive than Japan’s in the 1990s.
However, these reassurances come from many of the same economists who said that a nationwide fall in American house prices was impossible and that financial innovation had made the financial system more resilient. Hopefully, they will be right this time. But this crisis was caused by the largest asset-price and credit bubble in history—even bigger than that in Japan in the late 1980s or America in the late 1920s. Policymakers will not make the same mistakes as in the 1930s, but they may make new ones.
In 1978 Alfred Kahn, one of Jimmy Carter’s economic advisers, was chided by the president for scaring people by warning of a looming depression. Mr Kahn, in his next speech, simply replaced the offending word, saying “We’re in danger of having the worst banana in 45 years.” America’s economy once again has a distinct whiff of bananas.
Fonte: The Economist
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
In Memoriam, Lord Alfred Thennyson
Ring out, wild bells, to the wild sky,
The flying cloud, the frosty light:
The year is dying in the night;
Ring out, wild bells, and let him die.
Ring out the old, ring in the new,
Ring, happy bells, across the snow:
The year is going, let him go;
Ring out the false, ring in the true.
Ring out the grief that saps the mind
For those that here we see no more;
Ring out the feud of rich and poor,
Ring in redress to all mankind.
Ring out a slowly dying cause,
And ancient forms of party strife;
Ring in the nobler modes of life,
With sweeter manners, purer laws.
Ring out the want, the care, the sin,
The faithless coldness of the times;
Ring out, ring out my mournful rhymes
But ring the fuller minstrel in.
Ring out false pride in place and blood,
The civic slander and the spite;
Ring in the love of truth and right,
Ring in the common love of good.
Ring out old shapes of foul disease;
Ring out the narrowing lust of gold;
Ring out the thousand wars of old,
Ring in the thousand years of peace.
Ring in the valiant man and free,
The larger heart, the kindlier hand;
Ring out the darkness of the land,
Ring in the Christ that is to be.
The flying cloud, the frosty light:
The year is dying in the night;
Ring out, wild bells, and let him die.
Ring out the old, ring in the new,
Ring, happy bells, across the snow:
The year is going, let him go;
Ring out the false, ring in the true.
Ring out the grief that saps the mind
For those that here we see no more;
Ring out the feud of rich and poor,
Ring in redress to all mankind.
Ring out a slowly dying cause,
And ancient forms of party strife;
Ring in the nobler modes of life,
With sweeter manners, purer laws.
Ring out the want, the care, the sin,
The faithless coldness of the times;
Ring out, ring out my mournful rhymes
But ring the fuller minstrel in.
Ring out false pride in place and blood,
The civic slander and the spite;
Ring in the love of truth and right,
Ring in the common love of good.
Ring out old shapes of foul disease;
Ring out the narrowing lust of gold;
Ring out the thousand wars of old,
Ring in the thousand years of peace.
Ring in the valiant man and free,
The larger heart, the kindlier hand;
Ring out the darkness of the land,
Ring in the Christ that is to be.
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