O país foi dormir dividido no domingo pós eleições, argumentam alguns, com o inesperado resultado que tirou a candidata Marina do segundo turno. Esqueceram de mencionar os que optaram pelo voto nulo e branco: em torno de 1/3. Numero alto, mas não muito diferente daqueles paises em que o voto não é obrigatorio. No Brasil, acredito que sem a obrigatoriedade o número dos votantes seria bem menor - 60% no máximo.
Analisando o mapa das eleições, percebe-se que o candidato tucano se saiu muito melhor em regiões com alto nível de renda o que para o principe da sociologia dos tristes trópicos indicaria um menor nível de informação. Não acredito ser o caso. Eleitores, no mercado eleitoral, respondem a respostas dadas as suas demandas no passado ou a expectativas que isto deverá ocorrer no futuro. Há, também, um outro fator: rejeição a políticas de transferencia de rendas dos mais ricos para os mais pobres. Neste caso prevalece o egoismo em detrimento a solidariedade efetiva em relação aos mais pobres. É triste, mas sabemos que somos todos pecadores...
Cada um tem o seu próprio criterio para escolher o candidato para as diferentes esferas da política. O meu é bastante simples: historico de política social comprometida com a construção de um pais socialmente menos injusto. Sem esta política a defesa da vida é apenas e tão somente retórica...