Apesar de discordar da linha de política econômica, sou obrigado a reconhecer que a atual situação econômica do pais esta muito longe do quadro a la greco pintado pela oposição. Não é seguramente uma brastemp, mas seria o suficiente para, em outro pais, eleger o incumbente. Curiosamente, não é o caso no grande bananão. Ta ai um enigma a ser decifrado pelos colegas sociologos e cientistas políticos.
Um outro enigma é a resistência do candidato a uma serie de acusações em relação ao seu comportamento: suspeita em relação a drogas levantada na famosa edi ção do programa roda viva da tv cultura, a recusa em fazer o teste do bafometro no Rio, construção de aeroporto( segundo a FSP) na propriedade de um familiar que, também, controlava o seu acesso, entre outras. Se esta é uma eleição em que questões de cunho moral tem papel fundamental, porque nada disto cola na imagem do candidato da oposição.
É verdade que acusações da candidata a reeleição tem o problema da credibilidade: o eleitorado as veria como parte do jogo sujo do processo político eleitoral e, portanto, as ignoraria por completo. Mas, não é o caso da maioria das acusações que antecedem ao processo eleitoral e foram feitas por orgãos da imprensa, sabidamente, simpáticos ao candidato da oposição. Aparentemente no caso dele, vale o efeito teflon que, não se mostrou forte no caso da candidata Marina.
O histórico de comportamento moralmente questionaveis por parte do candidato da oposição, em outros países, seria o suficiente para coloca-lo fora do paréo. Aqui não parece ser importante. O motivo, me parece ser o forte discurso de odío contra a Presidente e seu Partido. É algo que ainda nos choca, mas que faz parte da vida politica em paises como os Estados Unidos e Reino Unido por ex. Ele veio pra ficar e tem o aspecto positivo de permitir a saida do armario de intelectuais conservadores que durante muito tempo foram vistos como dignos representantes do pensamento de esquerda.
Sem dúvida é uma eleição emocionante, com dois candidatos disputando cabeça a cabeça.