sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
Deva vu
É dezembro, diz um amigo. Ele tem razão. Fosse Agosto, o mês das tragedias politicas no grande bananão, ficaria mais fácil entender a situação de deja vu desse final de ano. FHC, da mesma escola de política do grande lider da direita brasileira( o velho PCB pró sovietico), Carlos Lacerda, reencena o mesmo papel, que sua falta de carisma e eterno ar professoral, transforma em exercicio da mais pura canastrice. É um ator sem talento, que jamais seria salvo por um bom texto e tão pouco por um diretor talentoso.
Ele não esta sozinho neste bizarro loop temporal. Temer, o eterno canastrão de filme mexicano -ou seria de filmes B das matines dos tempos d'antanho? - faz o papel que na versão original pertenceu a ao Cafe Filho. A sua carta é um exercicio do mais puro machismo anos 50: daquele tempo em que a mulher era sempre a culpada pela traição. Ela me obrigou, era a desculpa padrão. Deverás, deverás....
A maligna UDN dos liberais de orelha de livro, renasce das cinzas liderada - quem diria - pelos antigos comunistas pro sovieticos do PCB. Mui democratas, como sabemos, mestres na arte de conspirar contra a democracia: mudaram de lado, mas velhos habitos são dificeis de perder: o cachimbo deixa a boca torta, já alertava meu saudoso pai.
Nesta opera bufa, aquele que poderia ser o digno representante de uma direita democratica que tanta falta faz a nossa democracia, optou pelo silêncio tumular. Não confia no próprio taco? Logo, ele, o favorito pra levar a faixa em 2018... Mas ao que parece um picole de chuchu está fadado ao rodapé da historia culinaria do país.
Enquanto escrevo, capisbaixo, pela tragica situação do país, observo a deslumbrante florada da lagrima de Cristo do meu jardim, os filhotes da sabia nos galhos do jardim manga, sinais que a vida continua e que é bela, apesar da tempestade criada pelos trairas que nada aprenderam no tempo que passaram no exilio....