Para tristeza e desespero das aves agourentas que escrevem em jornais e aparecem nos telejornais, a economia brasileira insiste em apresentar número robustos. É claro que um dia o efeito da crise será sentido, mas não será tão forte quando o desejado por esta estranha aliança entre a turma do Serrágio e os adoradores do Sol. Digo estanha, porque no primeiro grupo há bons economistas, que, aparentemente, andam cegos pela perspectiva de retornarem ao fim do mundo que se passa por capital do grande bananão, enquanto que no segundo encontramos a turma de sempre; desnecessário mencionar que de economia nada sabem...
"O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 6,8% no terceiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.
Na comparação com o segundo trimestre, a expansão foi de 1,8%. No intervalo de 12 meses entre outubro de 2007 e setembro deste ano, o PIB cresceu 6,3%.
Os números foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (veja gráfico no final do texto).
O que você achou do desempenho da economia brasileira?
Crescimento do PIB de 2007 é revisado para cima, a 5,7%
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O desempenho da economia brasileira surpreendeu muitos analistas. A expectativa era de uma alta em torno de 6% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado e pouco mais de 1% em relação ao período de julho a setembro deste ano.
Entre os setores da economia, o destaque foi a indústria, que registrou um crescimento de 7,1% sobre o terceiro trimestre do ano passado. A atividade agropecuária expandiu-se 6,4%, e os serviços, 5,9%.
A construção civil continuou sendo o destaque do setor industrial, com crescimento de 11,7%. A produção de minério de ferro aumentou 10,6%; a de petróleo e gás, 6,2%.
Na área agrícola, destacaram-se o trigo, o café e a cana-de-açúcar, produtos que têm safra relevante no terceiro trimestre. Entre os serviços, os carros-chefes foram as informações (expansão de 10%), o comércio (9,8%) e o ramo de intermediação financeira e seguros (8,8%), sempre na comparação com o terceiro trimestre do ano passado.
Os dados do IBGE mostram que os investimentos das empresas (a chamada "formação bruta de capital fixo") aumentaram 19,7% na comparação com o terceiro trimestre de 2007.
O motivo, segundo o IBGE, foi o aumento da produção interna e da importação de máquinas e equipamentos.
O consumo das famílias aumentou 7,3%, no 20º crescimento consecutivo quando se compara um trimestre com o seu equivalente do ano anterior. Essa evolução é explicada pelo crescimento de 10,6% da massa salarial (total de salários pagos no país), na avaliação do IBGE.
As despesas da administração pública aumentaram 6,4% em relação ao terceiro trimestre de 2007.
No setor externo, as exportações de bens e serviços subiram 2%, bem menos que as importações (22,8%). Desde o primeiro trimestre de 2006, segundo o IBGE, a taxa de crescimento das importações supera a das exportações."
Fonte: uol on line