A bolsa americana ganhou algum folego a brasileira e outras seguiram na mesma dança: luz no fim do tunel, diria o mais otimista. Tolices, naturalmente. Não há nada de novo no plano proposto por Obama. É a velha e requentada proposta do governo Bush. Como explicar a boa reação dos mercados? Simples, o subsidio, implicito na proposta, vai deixar feliz os bancos sem problemas. O grande perdedor continua sendo o contribuinte americano.
A proposta não resolve o grande problema: a capitalização dos bancos, apenas tenta resolver o problema de confiança existente no mercado. Como ele não surgiu do nada - é o resultado de uma percepção correta da situação de alguns bancos - dificilmente deixará de existir, no máximo, poderá reduzir, por um período curto de tempo, retomando com mais força. É ai que mora o perigo.
Obama, aparentemente, não tinha outra saida. A solução correta sabemos ser a colocada em pratica na Suecia nos anos 90. Ela contudo implica em grande intervenção no mercado, mas precisamente em alguma forma de estatização, ainda que provisoria, dos bancos com problemas. O clima político, como mencionado em outro post, em relação a maior intervenção do Estado na economia, ainda mantem se prisioneiro do famigerado período da guerra fria e impede qualquer discussão adulta do problema.