segunda-feira, 20 de abril de 2009

Bento XVI: 82 anos de vida e quatro de pontificado

Um grande Papa e um intelectual do primeiro time e, por isto mesmo, a tantos incomoda, principalmente aqueles católicos descritos com maestria pelo Cony, como sendo os " católicos censitários, que se declaram como tal quando indagados formalmente, mas que nem sabem o que isso representa. É um catolicismo social, reduzido a missas de sétimo dia, a casamentos na igreja, a batizados festivos e até a festivas primeiras comunhões, dessas que dão direito a vestidos de noiva para as comunga."


"Ao meio-dia desse segundo Domingo de Páscoa, 19, em Castelgandolfo, o papa Bento XVI deu graças a Deus pelos seus 82 anos de vida, que ocorreu no último dia 16. O pontífice afirmou ser sustentado pela comunhão e oração e que nunca se sente só. “Dou graças, sobretudo ao Senhor pela coralidade de tanto afeto. Como tive ocasião de afirmar recentemente, nunca me sinto só. Mais ainda nesta semana especial, que para a liturgia constitui um único dia, experimentei a comunhão que me rodeia e me sustenta: uma solidariedade espiritual, alimentada essencialmente de oração, que se manifesta em mil modos”.

Bento XVI também frisou a unidade da Igreja e sua centralidade em Cristo. Ele ainda mencionou a riqueza da humanidade em se fazer forte junto a Cristo ressuscitado. Para o papa esses fatores diminuem as distâncias na família católica. “Nós católicos formamos e devemos sentir-nos uma única família, animada pelos mesmos sentimentos da primeira comunidade cristã”, uma unidade e comunhão que “tinha como verdadeiro centro e fundamento Cristo ressuscitado”. “Ressuscitado, Jesus doou aos seus uma nova unidade, mais forte de antes, invencível, porque fundamentada não sobre recursos humanos, mas sobre a misericórdia divina, que os fez sentir todos amados e perdoados por Ele”.

Durante sua fala, Bento XVI lembrou do seu antecessor, o então papa João Paulo II, ao afirmar que o mesmo quis se dedicar à misericórdia divina este segundo domingo de Páscoa, propondo a todos, Cristo ressuscitado como manancial de confiança e de esperança.
Ao encerrar, ele dirigiu seus votos aos delegados presentes em Genebra, que participam da Conferência Durban 2, a partir de hoje, para que “colaborem em espírito de diálogo e de acolhimento recíproco, para pôr termo a qualquer forma de racismo, discriminação e intolerância, assinalando assim um passo fundamental em direção à afirmação do valor universal da dignidade do homem e dos seus direitos, num horizonte de respeito e de justiça para cada pessoa e povo”.


Quatro anos de Pontificado

No editorial da Rádio Vaticano deste sábado, véspera do quarto aniversário de pontificado do papa Bento XVI, o diretor da emissora, padre Frederico Lombardi, lembrou da missão desempenhada pelo pontífice até agora. “Quatro viagens, quatro continentes; e dentro de menos de um mês, o quinto – a Ásia, para peregrinas na fé aos lugares da Terra Santa e para falar de reconciliação numa terra crucial para o diálogo entre as grandes religiões e a paz no mundo. (…) Levar Deus aos homens e os homens a Deus, o Deus que se manifestou no rosto de Cristo, e traduzir a fé em diálogo, em força de unidade e de testemunho de caridade ativa”, sublinhou o diretor. Ainda segundo ele, “este o sentido do pontificado de Bento XVI, como ele próprio reafirmou com vigor e paixão na recente Carta ao episcopado mundial, para que um breve período de tensões na Igreja e à volta dela não faça perder de vista o centro, ou seja, o que verdadeiramente essencial, e não faça esquecer a vastidão da tarefa e as fronteiras históricas, culturais e espirituais a que se dirige”, completou."



Fonte: CNBB