quarta-feira, 8 de abril de 2009

Tentação populista delfiniana

Ingerência política na gestão de uma empresa/banco publico dever ser sempre evitado e tem o efeito inverso do esperado: ao materializar o risco de expropriação, o agente econômico, perde o interesse em ser mais eficiente, já que o resultado será expropriado pelo agente político. No caso de um banco publico, mas com um percentual significativo de acionistas privados, a situação é ainda mais complicada: trata-se de desrespeito aos direitos dos minoritários.

Há, ainda, um outro risco: concessão de emprestimos a quem não tem condições de honra-lo o que levaria a fragilização de uma instituição que já passou por isto no passado recente. É bom lembrar, também, que durante o ditatura militar, principalmente no período do Bruxo, empresas públicas foram usadas como instrumentos de política econômica com os resultados por todos conhecido. Para que repetir o mesmo erro.


Se o Banco/empresa é publica tem que ser tão eficiente quanto uma privada: afinal não se trata de caridade - que, alias também tem que ser eficiente para atender um numero maior de necessitados -, é uma obrigação do gestor da coisa pública.

A demissão não necessariamente implica em abandono dos principios da boa gestão: dependendo da reação o governo poderá ser obrigado a voltar a atras na sua tentação populista delfiniana( ele pode negar, mas o dedo dele é visivel) de usar um banco público como instrumento politico, no pior sentido do termo.