Relações internacionais é um tópico novo e ainda discutido por poucos no grande bananão. Conceitos como " Política de Estado" e " Interesse Nacional" ainda não fazem parte do vocabulário da elite bem pensante brasileira. O "debate" sobre a entrada da Venezuela no Mercosul é um bom exemplo desse estado de indigência intelectual na discussão sobre a política externa brasileira. A admissão da Venezuela deve ser vista como parte da estratégia de afirmação da liderança brasileira na área abaixo do Mexico e demonstração que o Brasil consegue colocar ordem no seu próprio quintal. A inclusão no Mercosul é o melhor meio para resolver o problema. Achar que isto implica em afirmação do poder do Chaves é mais um desejo, que o resultado de uma análise bem fundamentada da longa tradição de excelência da diplomacia brasileira.
A reação da Folha é mais uma prova da existência do complexo de "patinho feio" da elite do grande bananão que, devido a ausência de uma boa formação academica na área, insiste em jogar contra os interesses do país. Ela tem muito a aprender com as elites do outro lado do Rio Grande e da Velha Europa. Uma temporada de estudos em instituições onde são treinadas as elites da diplomacia mundial parece ser o melhor caminho para a superação desse complexo. St Antony´s College,Oxford, por experiência própria, seria uma boa opção.