A reação de alguns setores de esquerda aos rankings internacionais de Universidade é totalmente compreensivel e esperada, principalmente no caso das públicas. Os docentes destas instituições tem carga horária semelhante a das melhores universidades americanas e bem abaixo da médias das europeias; boas bibliotecas e agora com a internet acesso ao melhor da produção mundial. Curiosamente, a produção fica muito a desejar e, mais ainda, a publicação em revistas internacionais de primeira linha. Em que pese o grande número de marxistas e outras jabuticabas exóticas é difícil encontrar um artigo deles em boas revistas internacionais destas linhas de pesquisa.
A baixa produtividade e inserção anemica é dificil de ser justificada, restando o conhecido caminho da desqualificação dos rankings e teorias conspiratórias que ainda fazem sucesso no grande bananão. E para demonstrar quem tem razão usam o batido argumento que é comparar com a produção dos docentes do setor privado. Como se fosse possível comparar a produtividade de alguem que tem uma carga horaria de 20 horas em sala de aula por semana com docentes que tem no maximo 9 horas, não sendo incomum apenas 6 horas. Isto para não mencionar a infra-estrutura: sala individual, secretárias a disposição, recursos para participar de eventos internacionais, etc...
Aparentemente alguns setores da esquerda tem sérios problemas com qualquer forma de avaliação , são visceralmente anti-meritocráticos, o que, alias, explica o pessimo habito de defender com unhas e dentes os seus conhecidos aparelhos, o que esta ficando cada vez mais dificil, devido as mudanças economicas e sociais pelas quais passa o grande bananão.