quarta-feira, 6 de julho de 2011
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O papel desempenhado pelas agências de rating no processo que levou a recente crise econômica é bem conhecido, mas nem por isto aprenderam a lição. No cenário atual optaram por uma rigidez que contrasta fortemente com o comportamento anterior, mas que pode, se mantido, produzir o mesmo resultado: uma nova crise econômica. A avaliação da divida portuguesa e, principalmente, à ameaça em relação a solução franco-germana para o caso grego, é totalmente irresponsável e perigosa e, novamente, recoloca em discussão o papel e o poder destas agências. Que elas são importantes, não se disputa, porém, isto não parece justificar o seu poder e tão pouco serem tratadas como um terceiro ator acima da lei e do bem comum. É preciso pensar em uma legislação que garante o grau de liberdade necessária para seu bom funcionamento, mas que, preserva, também o interesse público.