terça-feira, 22 de abril de 2014

Mudar de rumo é preciso...


A grande novidade no mercado de idéias no grande bananão é a quebra da hegemonia da esquerda  nos grandes jornais, revistas e outras midias. É um dominio  de longa data e exercido em particular, pelos militantes do antigo PCB pró-sovietico, mas  com espaço para  seus adversários historicos: os trotskistas.  Não deixa de ser ironico, encontrar entre os novos cavaleiros da direita  os ex-trotskitas da Libelu(liberdade e Luta) que a revista Isto É, em matéria de capa,  na fase final dos anos de chumbo,  chamou de "esquerda adolescente", Pois é:  envelheceram, mas continuam com o mesmo ardor adolescente e com uma influência que ninguem, absolutamente, ninguem poderia esperar...

Alguns gatos pingados  que seguiam a cartilha de Moscou ou como se dizia à epoca: eram mantidos pelo ouro de moscou, tambem bandearam  para o campo da direita. Neste caso, mantiveram se fieis a cegueira do período sovietico e  continuam com o  odio visceral que tinham dos fundadores do PT que os colocou no seu devido lugar: a lata de lixo da história.

A esquerda, ou melhor o que dela restou está mais perdida que barata tonta e insiste em defender propostas econômicas com prazo de validade expirado bem antes da queda do muro de Berlim. Renovar é preciso, mas nada de construtivo se pode esperar  da geração que  um dia amou a Russia sovietica,  acreditou nas tolices do maoismo  e  acalentou o sonho de transformar a America Latina em uma grande Cuba.

Uma nova esquerda antenada com a realidade do novo seculo e comprometida com a  defesa da democracia e a construção de uma sociedade mais justa deve ter como alicerce  uma  analise econômica que reconheça os aspectos positivos da economia de mercado. Um modelo combinando o que há de melhor na experiência da economia social de mercado e da social democracia europeia parece ser um bom ponto de partida. Esta, alias, era  a rota que estava sendo trilhada pelo Governo Lula, antes da crise econômica de 2008. Ainda não é tarde demais, para reconhecer que o caminho escolhido não nos leva a uma sociedade mais justa...

Quanto a mencionada nova direita ela é muito bem vinda, pois enriquece o debate de idéias e fortalece a democracia brasileira.  É uma grande tolice imaginar uma sociedade plural sem uma direita competitiva no mercado eleitoral e participando ativamente no mercado de idéias. Eu, do meu lado, continuo onde sempre estive: defendendo a construção de uma  sociedade mais justa, sem abrir mão da independência que sempre cultivei...