Finalidade e origem dos recursos parecem dominar a discussão sobre a criação do fundo soberano. Utilizar recursos de impostos para o fundo não parece ser uma idéia muito feliz. Usar o fundo pra financiar empresas do setor de exportação é transforma-lo em instrumento de politica industrial. É uma proposta polemica e arriscada, mas a preocupação com o financiamento deste setor é correta e pratica corrente entre novos e velhos participantes do comércio internacional. A China, por ex, tem usado e abusado desta pratica no continente africano e parece ter planos para ampliá-la em outros continentes. É, como já mencionado neste blog, uma nova roupagem para o velho imperialismo. Para quem tem dúvidas recomendo reler os clássicos da área: Hobson, Hilferding e Rosa Luxemburg.
Uma outra proposta exótica foi apresentada por um jornalista econômico da Folha de S.Paulo: o estado assumir o papel do “venture capital” que, como sabemos, é muito raro no Brasil. A idéia, aparentemente, atraente ignora as lições que aprendemos com Schumpeter e outros austríacos a respeito do papel da ação individual na vida econômica. O Estado pode cumprir, com algum sucesso, várias funções, mas não, seguramente, a de “venture capital”.