O resultado da eleição não foi o que eu esperava, mas nos últimos dias já havia ficado claro que o segundo turno era provável. Uma curiosa aliança composta basicamente de saudosos do Brasil antes de 1964, estava fazendo uma trabalho eficiente de disseminação do medo e preconceitos. Como era de se esperar contava com o apoio generoso da velha direita e da nova direita, os ex-comunistas do decrepito e extinto PCB.
O poder eleitoral dos evangelicos é um fato novo e fascinante para os estudiosos da religião, particularmente sociologos da religião da linha escolha pública. O pluralismo religioso é algo que veio pra ficar, assim como seu peso eleitoral e manipulação em torno do mesmo. Há quem fale na reprodução no grande bananão da aliança crista conservadora americana. É uma hipotese interessante e com grande possibilidade de ser verdadeira.
Há um outro aspecto a ele ligado, mas focado em um setor especifico e que mais uma vez reproduz a experiencia americana. Trata-se da versão dos tristes trópicos da cultural wars dos campi americanos. Uma reacão controversa à tomada de poder da geração 68 de varios deptos da área de humanidades em importantes universidades americana. Economia não foi um deles, já que no Imperio era e continua a ser basicamente uma fortaleza neoclassica. Aqui, dependendo, da instituição é o último reduto do marxismo talebã e dificilmente passara incólume.