O candidato da Nova Direita resolveu honrar o grande público com suas idéias sobre o Banco Central. A escolhe do meio não poderia ser melhor, mas desta vez ele errou feio. O que deveria ser simplesmente uma fala do trono, transformou-se em uma demonstração da sua já famosa falta de delicadeza no trato com pobres mortais que por acidente se colocam em seu caminho. Na maior parte dos casos, trata-se de jornalistas sem grande influência, mas sua arrogância o levou a atacar um peixe grande. Não que ela tenha grandes conhecimentos de economia, mas seu público cativo tem uma opinião diferente.
Já as idéias dele são bem conhecidas e mostraram serem um grande equivoco, que, para felicidade geral da nação nunca foram levadas ao serio na admistração passada. Elas, é verdade, ainda encantam setores do empresariado saudosos daquilo que o esforçado economista da ditadura chamava de "tetas do Estado". Eles é claro concordam com o fim da autonomia do Bacen e mal podem esperar pelo retorno ao mundo maravilhoso das taxas de juros reais negativas do passado. É claro que isto é impossível com um Bacen comprometido com a defesa da moeda nacional, atuando firmemente contra o retorno do maior inimigo do pobre do assalariado- a inflação.
É verdade que o Bacen as vezes exagera na dose, mas isto não é justificativa para retornar ao passado e retirar-lhe a autonomia operacional.