segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Finalmente....

A semana decisiva, começou muito bem, depois de um longo processo de negociação parece que Franca e Alemanha chegaram a um acordo que será comunicado no dia 9 aos demais membros da zona do euro. O compromisso de não impor perdas forçadas ao setor privado é seguramente o item mais importante da proposta, já que foi o temor de grandes perdas , no caso de de contágio, que levaram os proprietários de divida soberana a sair do mercado e/ou exigir um um alto retorno sobre titulos da divida de países da região do mediterraneo. Sarkozy aceitou a revisão do tratado para fortalecer a disciplina fiscal, com sanções automaticas, sem, contudo coloca-la, como Merkel desejava, sobre a jurisdição da Corte Europeia de Justiça.

É um grande avanço, que somado as fortes medidas orçamentarias anunciadas no domingo pelo Monti, produziram resultados alentadores no mercado de divida soberana, o título italiano de 10 ficou abaixo de 6% e o espanhol próximo de 5%. Porem, é bom lembrar que na Italia propor medidas, não implica necessariamente coloca-las em prática e mercado sabe disto e novas medidas são necessárias, particularmente explicar a origem dos recursos de um robusto Fundo Europeu de Estabilização Financeira(FEEF). Quem vai participar?

Amanha tem reunião do BCE que espera-se não negará sua contribuição ao esforço para salvar o barco do euro e reduzirá a taxa de juros. Assumir o papel de emprestador de ultima instância ainda deverá demorar um pouco e dependerá, fundamente, de como se sair o FEEF.

Enquanto isto a S&P tentar aprontar de novo e apresenta sua última "gracinha, como diria um velho amigo: colocou a nota de 15 páises da zona do euro em revisão para possível rebaixamento. Qual o impacto? Sinceramente pequeno, já que a agência de rating perdeu a reputação com a crise de 2008, mas deverá dar folego as propostas de revisão e papel deste tipo de agência. Em outras palavras, o tiro poderá sair pela culatra...