sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Quantitative easing na zona do euro

O yeild do soberano italiano de 10 anos continua em ascensão, 6.9% ,bem abaixo do record alcançado em 9 de novembro, 7.48%, mais muito acima do nivel sustentável. Esta tendencia altista, depois da aprovação de medidas duras pelo parlamento italiano e "quantitative easing(QE)" pelo porta de serviço, parece confirmar nosso avaliação que o impacto, deste último, deverá ser, no melhor cenário, sobre o yeild dos titulos de maturidade inferior ao prazo de pagamento do emprestimo do BCE, devido ao conhecido carry trade. Se realmente comprovado, já que ainda não é possivel ter uma clara noção do impacto, recolocaria em discussão a questão do "quantitative easing" pela porta da frente que, sabemos, é tema proibido no mundo germanico.

A entrevista do Smaghi, membro demissionário do "executie board"do BCE - ao que consta devido a pressões dos franceses - é uma indicação que o "QE" para a zona do euro já foi discutido e, também, que, aparentemente, há forte argumento jurídico contra a sua implementação. Ele tem uma posição pragmática em relação ao QE: no caso de risco de deflação, na zona do euro, deveria ser implementado. Ele não é o único demissionário, o representante alemão lhe faz companhia e poderá criar um ambiente mais favorável a medidas criativas para resolver a crise da zona do euro.


Janeiro é um mês critico, já que a Italia deverá rolar um volume bem significativo da sua divida soberana e para evitar surpresas, provavelmente deverá colocar dívidas de prazo menor na primeira quinzena de janeiro, aproveitando a queda dos yeilds dos títulos de curto prazo, sem, contudo, alterar a maturidade da sua divida, que atualmente é, em media, de 7 anos.