A demanda pelos títulos italiano de 5 anos, superou a oferta em 1,42 vezes, mas o juro foi alto, 6.47%, superior ao valor pago em novembro, 6,29%. Já os juros para o alemão de 2 anos, 2.9% em média, é menor que o de novembro. Resultados que comprovam que a Alemanha continua sendo um porto seguro e que, apesar de tudo, ainda há mercado para os titulos italianos. O retorno seria menor, não fosse a pessima reputação do sistema político italiano, como bem exemplificado, pelo lamentável comportamento, hoje, da Liga Norte. É por isto que o mercado ainda desconfia da capacidade do Monti de colocar em pratica as medidas necessárias para tirar a Italia do buraco.
É possível argumentar, como tem sido o caso do M. Wolf do FT, que medidas na área fiscal não é solução do problema, porem, no caso italiano elas constituem ancora importante para o novo governo. Sem ela as demais medidas perdem credibilidade. Não é muito diferente no caso grego. Este é o drama destes países: a ancora fiscal é fundamental pra se ganhar credibilidade, porem, o preço é crescimento econômico pra lá de anemico no curto prazo que é, politicamente desastroso, ao identifica-lo com a manutenção da moeda única. Em outras palavras, torna-se dificil convencer o eleitorado que manter o euro é a melhor opção, quando se está desempregado e sem perspectivas de alteração para melhor no futuro próximo. Sabemos que não há outra opção, mas isto não torna a rota a ser seguida mais palatavel ao eleitorado dos países atingidos.