Com os bancos obrigados a recapitalizarem para atender as novas regras da zona do euro e a crescente dificuldade em levantar o volume necessário, era inevitável uma versão muito peculiar da hora da xepa e, como era de se esperar, um banco italiano é o primeiro a oferecer desconto na subscrição do aumento de capital de 7.5 bilhões de euros: 43%. É o primeiro, e dificilmente será o único a usar esta estratégia... a feira promete.
E o ruido continua: emprestimo de 15bi de euros do "marginal lending facility". Ainda é um misterio, mas não ficaria surpreso se a origem for problemas de bancos da terra do Asterix, não relacionado, como observa o FT, a liquidez, mas ao fechamentos de negócios. Esta me parece ser a melhor explicação, em que pese a dificuldade deles em levantar capital, liquidez não pode ser a causa, haja vista, os emprestimos do BCE a juros de mãe. Por falar nele, o volume depositado no BCE continua a bater record: 453bi de euros... O interbancário continua anemico...
Enquanto isto no Reino de Espanha, o governo aproveita a crise para enquadrar as regiões autonomas e torna-las ainda mais dependentes de Madrid. Não é nenhum segredo o velho sonho, da direita espanhola, de reconstruir o centralismo do passado.