segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Italia
Depois de ser condenado, Berlusconi resolveu dar mais um show e ameaçou retirar o apoio do seu grupo ao Monti. Ele é um cadaver político e por isto sua ameaça não deveria ser levada a serio, porem no ambiente em que se vive na zona do euro qualquer ruido é suficiente para os conhecidos abutres voltarem ao ataque. Por enquanto nada aconteceu, mas a cenário político italiano pós Monti é, como mencionado em outro post, motivo de preocupação e o melhor seria guinda-lo novamente ao cargo, mas desta vez com a legitimidade das urnas. Por enquanto isto é impróvavel, já que ele não demonstra o menor apetite para o cargo.
A infeliz figura não é a única fonte preocupação: o movimento-partido liderado pelo comediante Beppe Grillo se saiu muito bem nas eleições regionais na Sicilia, obtendo cerca de 15% dos votos, com seu candidato a governador alcançado 18.5% dos votos. A absteção foi alta para os padrões italianos, 47% o que explica, quem sabe, a boa perfonance obtida pelo seu movimento. Nas pesquisas, em nível nacional, ele aparece sempre com 20% o que é suficiente para tornar ainda mais dificil a formação de um governo italiano com maioria estável, caso este venha a ser o número obtido nas eleições. Instabilidade política é algo que o mercado nem quer ouvir falar e por isto devemos ficar atento ao desenrolar da política italiana.
No encontro com Rajoy, Monti mais uma vez defendeu a inicio da operação de compra de titulos no mercado secundário. Como ela já deixou claro, várias vezes, que a Italia não precisa de socorro, parece ter sido mais uma indireta ao Rajoy, que fez de conta que não era com e repenti o mantra conhecido: quando for o momento oportuno e se necessario ele solicitara o socorro. No momento, ele descartado.