As última medidas do governo: aumento na oferta de crédito rural, recursos para construção cívil e empréstimos de dólares com condição que financiem a exportação, são corretas e já deveriam ter sido tomadas.
Com as duas primeiras, retorna-se a uma prática antiga: o uso de instituições públicas como instrumento de política econômica de curto prazo. O resultado, no passado, recomenda cautela. Há , naturalmente, riscos e oportunidades. No caso do primeiro( aumento muito grande de créditos duvidosos) poderá ser usado, no futuro, como argumento em defesa da privatização destas mesmas instituições, que hoje se mostram tão utéis... Esta turma tem memoria seletiva. Se a oportunidade traduzir-se em ampliação significativa da fatia de mercado, não tenho dúvidas que ouviremos a ladainha de sempre: sufocamento do crédito privado, concorrência desleal e vai por ai. Originalidade não é o forte deles.
É bom lembrar que a crise bancária e uso de dinheiro publico, como já mencionado em outro post, recoloca novamente a questão dos bancos públicos. Se bancos são importantes demais para serem submetidos a solução de mercado, então não deveriam ser públicos?
A regulamentação funciona no curtíssimo prazo, mas os agentes tem demonstrado, em um prazo maior, uma grande habilidade para aprender como contorná-la. É bom lembrar, no entanto, neste momento em que são criticados, que o bancos privados não são somente fontes de problemas, mas de inovações financeiras importantes para a dinâmica da economia de mercado.