Os sub-Paulo Francis continuam ocupando um espaço inversamente proporcional a sua relevância intelectual. Aproveitam-se da ausência, no grande bananão, de um pensamento conservador com alguma bagagem intelectual pra apresentar leituras superficiais e equivocadas da rica tradição intelectual conservadora anglo-americana. O resultado é uma infeliz combinação de autores importantes com os panfletários de sempre, vendidos no mercado de idéias com sendo a grande descoberta do século. A melhor opção ainda é ler os textos originais e esquecer a vulgata nacional.
Paulo Francis é um caso único e sua importância é, em parte, explicada pela dificuldade de acesso, no passado, à rica produção disseminada em revistas como New Yorker, The New Republic e New York Review of Books, entre outras. Ele - hoje sabemos - apresentava um resumo/reflexão do que elas publicavam com a sua verve conhecida. Era um serviço importante, mas totalmente sem relevância no mundo da internet e de uma economia mais aberta ao mundo. Qualquer um que domina o inglês pode, hoje, ler os artigos que elas publicam e comprar os livros de autores, antes inacessiveis, na amazon. Este é um aspecto que os sub parecem ignorar...