Como esperado a Irlanda jogou a toalha e esta negociando um pacote de socorro. Confesso que esperava uma resistência maior, mas, aparentemente, a sede de sangue do mercado falou mais alto e o inevitável chegou mais rapido. Melhor assim. A demora estava contaminando Portugal e Espanha, próximos na linha de ataque. Ainda não li/ ouvi detalhes sobre as medidas negociadas que devem ser duras, mas menos drasticas que as da Grecia. É o que se espera. O primeiro resultado já conhecemos: crise política e convocação de eleições e provavelmente um novo governo deverá surgir das urnas. Resta saber se o pacote será o suficiente para descartar de vez a reestruturação da divida. Tenho sérias dúvidas de ser o caso.
É cedo pra avaliar o impacto sobre o futuro de Portugal e Espanha. Não estou otimista, mas me parece que ganharam algum tempo.
Enquanto isto no grande bananão continua a novela Meirelles fica ou sai. Minha aposta é na saída, que considero irrelevante, se o novo indicado possuir reputação de avesso a inflação e conservadorismo em política econômica. Institucionalizar a autonomia do Banco Central me parece a melhor solução. A Presidente eleita é economista, graduada por uma excelente Universidade e o pós incompleto na famosa escola de sociologia econômica do interior de SP não é motivo suficiente para desconfiar de decisões futuras na área econômica.