A Grecia é o grande drama, mas o problema é a Italia. O yield do titulo de 10 anos, 6.4 e 427 acima do alemão, se aproxima perigosamente dos limites aceitos pelo mercado: 6.5 e 450 pontos acima do alemão. A Italia, ao contrário da Grecia, é grande demais para ser salva e ai entrar-se-ia em um territorio novo em que nada pode ser descartado. Sinceramente, não acho que o impensável vá ocorrer, mas tudo depende da liderança política italiana, que, sabidamente, não é grande coisa.
A jogada era(é) arriscada, mas parece que o primeiro ministro grego conseguiu alcançar o objetivo traçado: colocar contra a parede a oposição e leva-la aceitar o plano de austeridade e participação em alguma forma de governo de unidade nacional que, provavelmente, não será por ele liderado. Não me parece ser uma vitoria de pirro ou tão pouco um trabalho de sisifo.
A ficha finalmente caiu e o Bacen da zona do euro reduziu o juro. Já não era sem tempo, com a recessão na esquina, o corte era inevitável e sinaliza que o italiano a frente do BCE sabe o que faz. Resta saber se conseguira convencer o governo alemão a aceitar que ele cumpra o mesmo papel do seu equivalente americano. Este é um ponto critico para solução da crise da zona do euro e retomada do crescimento econômico. Pode parecer estranho mencionar a última, quando a primeira ainda não foi solucionada, mas o fato é que sem crescimento econômico o máximo que se pode fazer é jogar o problema para o futuro próximo, muito próximo. Dificil crescer, com todos os países seguindo a mesma política de austeridade. Vários não tem alternativa, mas alguns tem e deveriam seguir em outra direção, mas como cordeirinhos caminham juntos para o precipicio. Quem disse que a história nunca se repete?