A semana começou bem movimentada com a forte participação do governo do Japão no mercado de câmbio para tentar reverter ou pelo menos evitar maior valorização de sua moeda. É uma batalha de resultado incerto, exceto quando há forte determinação como no caso da Suiça. É, no entanto, mais um lance na perigosa guerra cambial, que é surpreendente por ocorrer na semana da reunião do G20. Não é um bom sinal.
Da Grecia mais novidades. O governo vai submeter a um referendo a última proposta de socorro negociado com os parceiros da zona do euro. É uma aposta arriscada, mas não me parece, necessariamente, negativa, haja vista, o déficit democrático das instituições relevantes da zona do euro. Ao faze-lo, o primeiro-ministro grego coloca contra a parede a oposição que tem apresentado comportamento irresponsável diante da grave situação do país e, se vitorioso, terá condições de enfrentar a forte oposição dos movimentos sociais e negociar algum "refresco"com os manda-chuva de Bruxelas.
Na Italia, preocupa - e muito - o retorno exigido pelos seus titulos que se aproxima perigosamente do teto que o obrigaria o governo italiano a passar o pires em Bruxelas. Berlusconi é o grande culpado, porem não é o unico: a incapacidade da elite política italiana à esquerda e à direita em apresentar propostas para resolver os problemas endêmicos da Italia é bem conhecida, mas nos últimos meses tem conseguido se superar e por isto paga o preço.