"O Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 7,25% a.a., sem viés.
Considerando o balanço de riscos para a inflação, que apresentou piora no curto prazo, a recuperação da atividade doméstica, menos intensa do que o esperado, e a complexidade que ainda envolve o ambiente internacional, o Comitê entende que a estabilidade das condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta"
Aleluia,Aleluia, o Bacen finalmente reconhece os riscos de piora da inflação no curto prazo. Já não era sem tempo, mas não espere, meu caro amigo otimista, mudança de rumo antes da materialização do risco. O foco continua sendo a retomada do crescimento econômico, mesmo que o preço seja uma inflação no limite da meta. É a retomada da velha máxima do velho desenvolvimentismo: crescimento com inflação. É verdade que o cenário é diferente- desta vez ela esta sobre controle, porém é um risco desnecessario e que em nada ajuda a melhorar a situação dos mais pobres que, como sabemos, é quem mais sofre com o aumento dos preços.
O Governo esta correto ao pedir aos prefeitos de SP e RJ, para postergarem o aumento da passagem dos onibus. Ela, no entanto, é uma medida paliativa, no melhor estilo jeitinho brasileiro que já tornou-se a marca registrada do Guido Mantega e reforça a percepção da falta de um plano de ação, de uma proposta consistente de crescimento econômico com inflação convergindo para a meta.