Já havia levantado a bola no post de 08 de setembro, não por acaso o título é "socialismo dos ricos". Intervenção estatal para salvar os deserdados da terra, pobres, aposentados,entre outros, é sempre rotulada de populismo, sem fundamento econômico e por ai vai. Mas, no caso da bolsa dos ricos, tudo muda de figura e eis que aparece a palavra mágica: crise sistêmica e suas consequências danosas sobre o crescimento econômico e, principalmente, sobre o emprego. Naturalmente, a intervenção estatal é transformada em instrumento de defesa da Pátria, Amada, Idolatrada, Salve, Salve. Nenhuma novidade. Esse tem sido o discurso há muitos anos em tantas outras crises no passado, porque deveria ser diferente? Ah! vivemos em uma era de democracia de massas e existe a tal prestação de contas junto ao eleitorado. E claro Papai Noel existe....
Em momentos como o que vivemos, os princípios cedem espaço para o pragmatismo, como nesta passagem do editorial da última edição do "The Economist", o grilo falante do establishment desde os tempos d´antanho “some will argue that the Federal Reserve and the Treasury, nationalising the economy faster than you can say Hugo Chávez, should have left AIG to oblivion. Amid this contagion that would have been reckless. Its contracts—almost $450 billion-worth in the credit-default swaps market alone—underpin the health of the world’s banks and investment funds. The collapse of its insurance arm would hit ordinary policyholders. At the weekend the Fed and the Treasury watched Lehman Brothers go bankrupt sooner than save it. In principle that was admirable—capitalism requires people to pay for their mistakes. But AIG was bigger and the bankruptcy of Lehman had set off vortices and currents that may have contributed to its downfall. With the markets reeling, pragmatism trumped principle. Even though it undermined their own authority, the Fed and the Treasury rightly felt they could not say no again”
Para ler o editorial completo clique aqui