Em post anterior mencionei a experiência sueca, mas sem entrar em detalhes. Assumi ser um fato conhecido. Estava errado. A crise começou em 1991, quando dois dos seis maiores bancos suecos apresentaram problemas.
O controle dos bancos com problemas foi transferido ao Estado, que chegou a possuir 22% de todos os ativos do sistema financeiro sueco.
Os bons ativos ficaram com os bancos que continuaram a funcionar com o mesmo nome. Os ativos tóxicos foram transferidos para duas empresas de Asset Management criadas com o único propósito de administrá-los: Securum e Retrieva. Essas empresas tinham grande independência em relação aos sistemas politico e regulatório. Para se ter uma idéia do volume de recursos necessário para capitalizá-las, basta lembrar que o volume recebido pela Securum, 24 bilhões de krones( 4,5 bilhões de dólares em 1997) era o equivalente ao volume de recursos do orçamento da Defesa.
Desde o inicio assumiu-se que o processo de limpeza do sistema, ou seja, a venda dos ativos tóxicos não seria realizado no curto prazo, mas durante um longo processo, medido em anos, não, em meses. O processo de liquidação foi concluído em 1997.A Securum devolveu ao Tesouro 14 bilhões de krones (1,8 bilhões de dólares em 1997) do capital acima mencionado.
Em síntese a experiência sueca pode ser resumida em estatização dos bancos seguida de capitalização dos mesmos bancos.
A experiência é considerada um sucesso, mas, como observei em outro post, implicou em perda de produto e renda.
Fonte: Ergungor(2007)