Ótimo artigo do meu colega Ponde, no jornal da ditabranda, sobre a greve dos policiais e o tratamento que eles recebem da sociedade, principalmente dos bens pensantes. Já havia tocado no tema em comentário no facebook. Policiais, argumentei, são tratados como "capitães do mato" mal pagos e raramente alguem reconhece o valor do seu trabalho. Pior ainda, são obrigados a ouvir velhos discursos legitimos e corretos na ditadura militar, mas totalmente fora de proposito em um regime democrático. A democracia requer lei e ordem e isto não é possível sem uma força da ordem bem remunerada e respeitada pela comunidade. É verdade que há problemas na força policial, herança do período ditatorial, mas há, também - e me parece ser a maioria - bons policiais que fazem um esforço danado para garantir nossa segurança. Reformas, portanto, são necessários, mas também, se faz urgente mudança de comportamento por parte dos bens pensantes em relação a força da ordem. E isto deveria começar pelas Universidades, principalmente por colegas docentes, que insistem em demoniza-los em artigos e comentários em salas de aulas.
Sou favorável ao direito de greve ao policial, já que ele é um trabalhador, não exatamente igual aos demais por andar armado, mas mesmo assim um trabalhador. É errado, no entanto, participar armado das assembleias , ocupar ilegalmente predios públicos e não garantir o funcionamento minimo definido em lei para categorias consideradas essenciais. Isto vale para o policial, assim como para as demais categorias. Seria interessante retirar o adjetivo Militar e retomar o velho nome de Força Pública, mais condizente com o regime democrático.