segunda-feira, 26 de março de 2012
Bento XVI e o marxismo
Em entrevista ao jornalistas, durante o vôo, para o Mexico, o Papa Bento XVI afirmou que “hoje, é evidente que a ideologia marxista, na forma em que foi concebida, já não corresponde à realidade. Dessa forma, já não podemos construir uma sociedade. Novos modelos devem ser encontrados, com paciência e de forma construtiva.”(Oggi è evidente che l’ideologia marxista com’era concepita, non risponde più alla realtà: così non si può più rispondere e costruire un società; devono essere trovati nuovi modelli, con pazienza e in modo costruttivo). Para os seus detratores é mais uma prova do seu conservadorismo, já para aqueles que acompanham a vida intelectual europeia, não há nenhuma surpresa na observação do Papa, já que ele expressou uma visão praticamente consensual, inclusive no campo da esquerda eleitoralmente competitiva, sobre o marxismo que, apesar de se autodefinir como cientifico, nada mais é que uma ideologia, como tantas outras, do tragico seculo passado. O que havia de importante, do ponto de vista cientifico, já foi incorporado às diferentes áreas de conhecimento, restando, na arena política o discurso ideológico dos inumeros grupelhos de extrema esquerda sem nenhuma expressão eleitoral. Não deixa de ser curioso, o fato do marxismo, enquanto ideologia, ainda ser hegemônico, em algumas unidades, da Católica. Fato este sem precedente, em instituições com prestigio equivalente em outros países, inclusive a venerável Universidade de Notre Dame nos Estados Unidos. Mas, no grande bananão, parece que atar-se aos equivocos do passado, é parte do DNA.