Depois de quatro semanas acima dos 120 dolares o barril, o petroleo é, como antecipado em post recente, a nova dor de cabeça da economia mundial, principalmente da economia americana, que tem demanda forte no verão e onde os preços não param de subir e tornou-se um cavalo de batalha da oposição republicana que acusa Obama de nada fazer para controlar o aumento do preço da gasolina.Por enquanto ainda não se verifica nenhum impacto econômico significativo, mas se mantido por um período mais longo e principalmente se subir um pouco mais o cenario será bem diferente. A Arabia Saudita prometeu aumentar a oferta e ajudar aestabilizar o preço em torno de 100 dolares o barril. O Irã deixou claro a sua oposição a esta política saudita, cujo objetivo é repor o o petroleo iraniano que, devido as sanções, deixará de ser exportados para vários paises. Sabemos ser retórica pura, já que um conflito entre os dois países está fora de questão. No entanto, o Irã tem condições, caso queira, de tornar a vida dos sauditas um pouco mais dificil, apoiando movimentos de oposição a dinastia reinante o que aumentaria o risco do reino de conhecer a sua própria primavera democrática.
Na opinião do economista do HSBC UK, o preço elevado do barril do petroleo, tem o potencial de ser a nova Grecia e matar no nascedouro a já fragil recuperação da economia americana. Argumento semelhante foi apresentado por Roubini, que lembrou a correlação entre as 3 últimas recessões com a elevação do preço do petroleo.É controverso, mas há serios indicios que se o aumento da oferta de petroleo saudito, não conseguir reduzir o preço do barril de petroleo poderemos, sim, caminhar para um cenário bem pior que o atual...