O engenheiro Mendonça de Barros, esta otimista, falando em um circulo virtuoso de crescimento econômico, que somente um desastre mundial conseguiria parar. Na entrevista a jornalista que menos entende de economia na mídia nacional, ele deu um exemplo de lucidez e capacidade analítica. É bom lembrar que ele é do PSDB, mas sua filiação partidária não, parece, interferir em suas análises. Este é um comportamento que deveria ser adotado por todos.
O argumento central dele e, em parte, do José Camargo, que não concorda com o seu otimismo, parte do reconhecimento da importância das mudanças estruturais pelas quais vem passando a economia brasileira, desde o Governo Collor. Os frutos delas estariam começando a aparecer agora e seriam o início de um longo processo de crescimento sustentável, ou seja ótimas taxas de crescimento com estabilidade macroeconômica.
É um bom argumento e me parece correto. Alias, venho apresentando, há um bom tempo, esta tese aos meus alunos que, influenciados, pelo discurso pobre, mas cativante, da extrema esquerda demonstram uma queda por cenários catastróficos. A importância das mudanças estruturais, assim como o lag existente, é um dos ensinamentos da experiência chilena dos anos 80, que, aparentemente, ainda continua sendo ignorada por nossos colegas diletantes apaixonados pela economia, mas sem tempo de aprender o essencial sobre ela.